A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

sábado, 13 de agosto de 2011

Diga não às Drogas

Oi meu nome é Aldeia e já faz 2h que estou longe do vício.
Minha história não é diferente da de outras viciadas, eu comecei por intermédio de uma pessoa com quem eu fiquei por um tempo, ele me contou coisas que me deixaram curiosa, ele comparou com drogas que eu já conhecia, explicou as principais diferenças, e a meu ver, foi a euforia, a ansiedade na voz dele que me conduziu a esse vício, sem saber eu já estava lidando com um viciado. Conforme ele contava, eu imaginava quão magnífico seria conhecer esse outro universo, assim despretensiosamente fui me interessando. Um dia me rendi à curiosidade e pedi que ele levasse pra eu experimentar. Isso ocorreu pouco antes das férias, ele pegou em algum lugar, levou para curtirmos juntos e no começo, como toda droga, não era nada de mais. A quantidade era mínima, ele sempre ia à minha casa e levava mais, e assim às vezes com ele às vezes sozinha, fui pegando gosto pela coisa, fui procurando informações, descobrindo quem mais já conhecia. O affair passou, mas não levou com ele a minha vontade de mais. Fiquei sem nada por um tempo pois não tinha com quem pegar, mas a vontade nos impulsiona a superar nossos meios e eu descobri alguns fornecedores, de início peguei uma grande quantidade para poder passar a semana, consumi tudo em três dias, peguei novamente e eu já não conseguia controlar a quantidade, era um atrás do outro, só parava quando a cabeça não conseguia mais ficar ligada. As últimas semanas me preocuparam, não consigo parar de pensar , quero sempre mais, no trabalho me pego ansiosa buscando informações na internet, as aulas voltaram eu não tenho vontade de ir à escola e embora tenha ido, quando estou na sala só quero estar em casa, recusei 90% dos convites para sair e beber, e outras coisas que eu adoro fazer pra ficar em casa totalmente imersa. Devido a estimulante e viciante sensação que sinto, acabei induzindo outras pessoas da mesma maneira com que fui induzida e eu até tenho bastante em casa mas ainda não apadrinhei ninguém, quero tudo só pra mim.
Cheguei ao ponto de perceber que eu preciso parar e voltar a minha vida antisocial, já procurei ajuda e estou me tratando, em breve I’ll be back. Não tenho postado no blog acho que está claro o motivo e solicito encarecidamente que desculpem a minha ausência.
Aprendi que quem quer se livrar da bebida frequenta o A.A., quem quer se livras das drogas em geral frequenta o N.A., pra minha droga o tratamento ainda não conheço, mas uso a técnica deles que costuma ser eficiente.
Se para eles um dos lemas é: Evite o primeiro copo. O adaptado pro meu caso é: Evite a primeira temporada.

Só por hoje...


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Insubstituível

Vai fazer muita falta, sem dúvida, apesar da vida loca, era uma pessoa de alma incrível e deixava isso bem claro em suas músicas, maravilhosas by the way. Singela homenagem perto do que ela significa pra mim como naquela música dos Beatles cuja a própria fez uma versão To Know Her is to Love Her.  
Se as boas garotas vão para o céu e as más pra onde quiserem, qualquer que seja o destino, bon voyage Amy.

Hoje e sempre.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aprecie com moderação...

Dias atrás começou o remake de uma novela/minissérie O Astro, eu vi o comercial um pouco antes e teve uma cena de beijo lá que me deixou até com sede, pensei em assistir até porque coincide com meus horários e eu gosto bastante de minissérie (principalmente as que contam historia reais, mas não é o caso desta) por ser mais curta que uma novela as coisas acontecem mais rapidamente, os diálogos são melhores, mais sucintos enfim, enrola menos. Semana passada vi o primeiro e segundo capítulo e nada do beijo, o terceiro e o quarto eu perdi, ontem a noite consegui pegar o comecinho do episódio, engraçado que eu nem entendi direito começou com a Carolina Ferraz e o Raj de frente um para o outro, ele já tirando a roupa dela, e beijando (põe beijo nisso), e jogando na cama e mostrando as costas de um, pernas de outro,  um quarto lindo, uma cama enorme, lençol branco, vários travesseiros enfim um sonho, cenas bem fortes pra uma pacata noite de terça, e já estou sabendo que é só o começo rs. Lembrei dos comentários que ouvia da outra novela quando esse ator Rodrigo Lombardi era o Raj e "pegava" o elenco inteiro, deixava a mulherada viajando, se for ver, eu não acho ele tão bonito, o lance dele é a química que tem com todas, ele é tão bom, tão intenso nessas horas que não tem como não mexer com a libido feminina. Minissérie apelativa é assim aproveita o horário permissivo e é cena após cena, logo já mostrou o Marco Ricca deitado numa cama de cueca boxer preta, e ai simmmm... Esse ta com tudo em cima, que pernas, que corpo, que barba e a pinta de cafajeste, coroa lindo um je ne sais quoi de Empório Armani, meu numero, paguei pau. Achei interessante também a igualdade dos sexos, acho que o povão ta abrindo a mente agora os homens também estão aparecendo com muito pouca ou nenhuma roupa, está na média de um por episódio. E dalhe 23h. Agora a trilha sonora é um fiasco, a de abertura é o fim da picada, é tristeza pra vida toda ouvir aquilo, meu deus, fala de dentista, de vertigem, não sei o que é pior a letra ou a interpretação, dá vontade de por a TV no mudo até acabar. Tem a música tema do Raj com a Ferraz que é antiquíssima se bobear acha naqueles DVDs de flashback, mas é boa, só num lembro o nome agora. O professor Abobrinha de mordomo foi o pior da noite, não consegui ainda desassociar a imagem dele à do Castelo Ratimbum, to tentando. Se a inauguração do novo horário de novelas globais vai dar certo, se a minissérie vai render, não sei e pouco me importa, vou assistir enquanto puder, que estou me divertindo, isso eu to...

Só por hoje...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Absoluto...

Eu acho difícil um treinador ídolo ou não, arrumar/levantar um time como está o Inter, os garotos de confiança do treinador estavam todos de fora Juan, Oscar na seleção sub vinte, Tinga e Andrezinho machucados e nada de reforços, assim o Falcão não conseguiria ir muito longe mesmo, achei injusto só contratarem depois da demissão dele. Por que não contratou antes? Por que não trouxe os reforços prometidos? Anunciarem as contratações junto com a demissão dele não cheira à armação? O Sr. Luigi  que assina os cheques não contratou ninguém, fez o Falcão se virar com o que tinha e se tratando de Nei, Bolívar e jovens da base me admira não termos tomado de 5 ou 6. O Falcão não foi ruim como dizem, vejam que com o time completo e ainda sem grandes estrelas mandamos 2 goleadas e contra o líder do campeonato jogamos páreo a páreo, a vantagem deles foi a qualidade de um único jogador. Pra mim o Falcão com respaldo necessário poderia ter feito o Inter jogar bonito como o Barça que era a intenção inicial dele, mas com esse time nem o Muricy top of mind do Brasil no momento não duraria muito. E me dizem que não adianta chorar o leite derramado, então só nos resta esperar que venham os reforços, o novo treinador e que nosso INTER conquiste uma vaga pra libertadores 2012. Vamo Vamo INTER...

Só por hoje...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tarantino me entenderia...

Seria preciso mudar de estado/país para perder o vínculo com certos entes “queridos”? Caso fosse, minha avó seria a única da qual eu sentiria falta, os outros cada dia que passa, mais se fortalecem no titulo de persona non grata em minha vida, resolvi declarar meu ódio publicamente, escrever para não matar ninguém, pelo menos não esse semana, anos após meu nascimento minha mãe casou-se e teve um filho, na época eu adorei, pois era novidade um bebê em casa, mas esse animal que minha mãe pariu aos poucos foi tomando conta de tudo e todos, pra mim sobrava só a culpa, o moleque caía a culpa era minha, o moleque se machucava a culpa era minha, roubava meu dinheiro a culpa era minha, se perdeu uma vez no parque da festa mencionada no post anterior eu que apanhei por perdê-lo e o desgraçado era grudado em mim, lembro que eu não podia sair pra brincar sem que ele fosse atrás, eu fazia aula de natação quando tinha uns 14 anos, as amigas passavam em casa pra irmos juntas e o fidumaputa começava com as crises, chorava, esperneava, grudava na bicicleta, corria atrás berrando pela rua e minha mãe ridícula caía nas armações dele, resultado eu não sei nadar até hoje. Minha mãe prova viva do complexo edipiano que Freud já explicou idolatrava o aprendizducão e fez de mim a terrorista da família (até hoje), o colocava antes e acima de mim sempre, lembro até hoje dos gritos e olhares de desaprovação, mas eu já havia me conformado já que a única frase que eu ouvia era você é a mais velha tem que entender, tive uma irmã depois, mas com ela os problemas foram infinitas vezes menor talvez devido à idade ou personalidade sei lá. Como já era previsto ele dominou tudo sempre fez o que quis como quis com apoio/omissão de todos, penso que o problema era inveja, ele sempre teve tudo de bandeja, menos capacidade de me superar, quando não podia ter o que eu tinha quebrava minhas coisas, fez isso com minha televisão, meu radio e meu computador, todos comprados com meu dinheiro e o que eu ouvia da minha mãe quando isso acontecia? Não devia deixar a TV ligada. Sobre o computador? Deve ter sido um rato. E a inveja não se limitava a coisas materiais ele queria sim minha bicicleta, meus livros, queria meus amigos, meus cursos, desde criança a aptidão o abandonara, a burrice sempre o dominou, uma vez minha irmã veio me pedir ajuda para fazer um trabalho da escola sobre Carlos Drummond de Andrade, minha resposta foi a que ouvira a vida inteira “SE VIRA”. Ela, sem recursos pediu ajuda a Sua Excelência A Mula e eis que após rir e menosprezar a falta de informação da garota, expressou sua superioridade diante os demais da maneira mais honrosa possível dizendo “Menina o que você faz na escola que não sabe que ele inventou o avião?”. A frase entrou como um tiro na minha cabeça e mesmo que inclinada a calar-me e deixar o ambiente inundado de orgulho paterno mediante o ato de boa vontade e sabedoria do filho pródigo, pensei em me calar deixando o próprio Drummond ressuscitar só pra poder se matar de novo, não poderia permitir que a minha irmã entregasse tal asneira devido à burrice alheia. Pedi a ela que me acompanhasse até o quarto enquanto explicava em bom tom e de fronte aos pais orgulhosos que Carlos Drummond de Andrade o ilustre poeta e Alberto Santos Dumont o inventor do avião não eram a mesma pessoa, um silêncio perturbador paira até hoje naquele cômodo. O tempo passou meus planos de matá-lo também, até bati nele, mas por incrível que pareça não era pra valer, algo me impedia de me empenhar realmente, ARREPENDIMENTO mortal talvez se eu tivesse arrancado dentes, quebrado partes do corpo, mostrado na época como devia ser a convivência, hoje seriamos amigos, mas eu não fiz. Anos atrás a coisa ficou insuportável e eu chutei o balde, saí de casa, fui morar com minha avó temporariamente, hoje moro no meu AP e apesar das desvantagens financeiras de morar sozinha, há muitas vantagens, saber que ao chegar em casa tudo estará como eu deixei, nada quebrado, nada riscado e um pouco da paz que eu sempre busquei pra minha vida, um pouco pois aquele jumento em forma de gente não consegue sequer fazer uma recarga de telefone pelo celular, ai minha mãe me liga pra eu por créditos pra ele pelo meu celular, eu lógico não faria isso nem sob pena de esquartejamento, informei isso a ela e, como recusar algo ao god in earth dela é declarar guerra, eu o fiz. Ela como sempre me esculachou e o problema maior é que não volta só uma coisa, em poucos segundos minha cabeça traz um turbilhão de lembranças de toda injustiça e privação pelo qual passei e a raiva só aumenta. Pensei em falar as coisas que estão presas na minha garganta e mandar os dois para “um lugar bem divertido”, mas como eu estava no serviço não é de bom tom rasgar o verbo mostrando o meu vasto e adorável vocabulário, mais uma vez calei-me.

Só por hoje...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Semana de festa na Aldeia...


Domingo, acordei às 8h para assistir ao desfile de abertura da festa tão tradicional quanto ela mesma, tive a impressão de ter chegado tarde, pois o ambiente já estava lotado. Minha amiga “T” com quem marquei de ir, mora muito perto da avenida do desfile e disse que tinha pessoas acampadas nas praças ao redor para guardar lugar, fora os que já saíam da festa e lá ficavam bebendo “virados”, tiro o chapéu pra esse pessoal muito mais animado que eu, porém hoje já não dou conta de tal peripécia rs. Enfim cheguei passei protetor solar, sou consciente nesses casos, sei o quanto o sol maltrata a pele, como o resto num vale muito comi um kibe e já comecei a beber, “T” tirou duas latas da geladeira e fomos pra rua, praças e ruas lotadas de carros (verdadeiros trios elétricos), tendas armadas para esconder do sol, churrasqueiras fumegantes rapazes de chapéu e biscates de xadrez e bota (essa ultima segundo “J” outra amiga minha) detalhe, eu estava de xadrez e bota, mas fingi que não ouvi pra não causar conflito, eu não criaria caso a essa hora da manhã. Fomos encontrando um e outro conhecido, a mãe da “T” estava estralando um churras na casa dela com alguns amigos e parentes, ou seja, bebida e comida pro dia todo, as tropas passaram, os carros-propaganda e caminhões de empresas como já é de praxe fazendo o buzinaço, o desfile em si deve ter durado no máximo até as 14h, mas nós fomos até o talo, fui embora era umas 18h, a “T” disse que ficou até as 20h não agüentou e desmaiou em casa. No meu Ap. comi resto de macarrão, pois estava sem coragem de fazer outra coisa, cansada e ainda entorpecida, estendida no sofá não esperava nada além do Pânico na TV pro meu domingo e mudando de canais vi na TV local o povão chegando na festa e as entrevistas comédia lá dentro, comecei a me desesperar (literalmente) imaginando que algo muito importante  podia acontecer e se eu ficasse em casa perderia tudo, caí em tentação liguei para “N” e “L” minha dupla sertaneja de amigas que estão em todas rs, “N” pé de cana também não agüentou o batidão do desfile, desligou o celular e provavelmente morreu. Eu em 40 minutos já estava na “L” onde a irmã e outra amiga dela também me esperavam. Entramos na festa, de cara pensei que seria pisoteada, creio que todas as pessoas do mundo estavam naquele local era show do Victor e Léo, mas eu não estava lá para vê-los ainda bem, pois caso fosse, melhor seria ter levado minha cama, nunca senti tanto sono em um só show, mas as meninas queriam sim vê-los e me arrastaram com elas, as musicas são conhecidas e muito Muito MUITO românticas, casais se beijando e se declarando era só o que se via, um rapaz veio falar comigo cantadinhas óbvias e desinteressantes, disse que era gaúcho, mas morava em Sampa, pra não ser mal educada falei gaúcho de INTER ou grêmio, respondeu INTER (ponto dentro), falei que eu sou paulista e torço pro INTER também, ele não se conteve disse nossa então vamos dar um beijo Colorado (ponto fora), quase caí pra traz e fui saindo à francesa, ele não desistiu deve ter achado que eu falei aquilo pra pagar pau (ponto fora otravêis), quando falei um NÃO descaradamente, ele disse mas você não é Colorada então me dá um beijo, deixei ele falando sozinho e saí pensando que, pela lógica dele, imagina se eu torcesse pro Corinthians, tava no sal. Já que amar tava difícil o jeito era beber e assim fizemos, depois de umas latinhas e vários gritos de “Xuxa divide esse homem comigo”, fiquei sem voz, a poeira e o frio fdp contribuiram e eis que estou como se tivesse engolido um sabugo de milho, o  mantra show acabou o povão tomou o rumo de casa e nós também, duas das meninas ficaram lá, eu e mais duas paramos na saída para comer alguma coisa, amenizar o efeito do álcool e quando achei que nada mais fosse acontecer, enquanto esperávamos na barraquinha do lanche um senhorzinho muito bêbado puxou conversa, disse que estava comprando lanches para os cachorros dele, oito cães, eu lógico duvidei e devido a minha língua grande tomei um toco, ele disse e sabe que você parece uma cachorrinha minha, pequenininha mas lindinha Nem precisa falar que as meninas perderam o fôlego de rir né, mas a alegria delas durou pouquíssimo, ele logo falou que a “L” também parecia uma cachorra a maiorzinha zóiuda, ele não poderia ser mais específico bateu bem no ponto fraco dela, eu achei merecido. Como a terceira que estava conosco não se pronunciou puxei o assunto, perguntei se ela não parecia com nenhuma das cachorras, ele respondeu não, ela parece com uma namorada que eu tive na mocidade... Achei que pra uma só noite já estava de bom tamanho, um show depressivo, eu falando igual o pato Donald, uma cantada absurda e dois tocos de um bêbado. Voltei pro meu aconchego.

Só por hoje..


PS: Mesmo com tudo isso, minha cara seria a da foto se eu não tivesse ido...  =S

quarta-feira, 6 de julho de 2011

E por falar nele...




O frio me afeta, fico chorona e emotiva, esse frio romântico me incomoda, prefiro o verão com paixões avassaladoras e desajuizadas. Se bem que to querendo sossego ultimamente, querendo distância de amores loucos que chegam sorrateiros como um cavalo de tróia atiçam a curiosidade e dissimulados entram, iludem, manipulam, usam, prendem e quando menos se espera eles mostram as garras, acabam com tudo devastam, em meio a brigas ele vai e vêm por vezes incontáveis e até por não ter mais força para levá-los, deixo-os ir, doa a quem doer, serão dias de choro, noites sem sono, meses inconsoláveis em casa, é desolador eu sei, mas antes assim, vir e deixar sua marca pois pior são os insossos, amores que vem, vão e não causam reação alguma, o frio na barriga não dura muito, a vontade de estar por perto logo se finda, como já disse Zeca Baleiro “antes o atrito que o contrato”. 
Só pra reafirmar eu não quero nada just for while, mas se tiver que vir, venha com tudo pra marcar e arrasar.

Só hoje...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exatamente há um ano..

Todo ano nessa época temos na cidade uma festa muito importante pro pessoal daqui, algumas dessas pessoas guardam economias o ano todo pra torrar nessa festa, no ano passado fazia pouco tempo que eu ficava com o “A” e como ele não podia ir, pois a ex ainda estava distribuindo tapas e barracos gratuitos a quem estivesse perto dele, ele me chamou para ir a um churrasco em comemoração ao niver de um amigo, ficamos a tarde toda enchendo a cara e avisei que eu iria à festa com meu primo “D” que abandonou a Aldeia há alguns anos e só veio pra isso, meu primo coitado foi bem antes de mim com a parentaiada, minha tia, minha mãe, alguns priminhos, e o filho dele passearam, viram as vacas, andaram no parque de diversões e essas coisas de criança, marcamos que quando ele despachasse a turma me ligaria para a hora dos adultos rs. O lindo “A” fez questão de me levar em casa pra tomar banho e depois ainda me deixou na festa apesar de não entrar, pela amizade que tenho com meu primo eu sabia que valeria a pena mesmo sem ele, adentrei ao recinto encontrei meu primo demos umas voltas, quando acabou o show sei lá de quem fomos a melhor parte, a festa dentro da festa, é o camarote de um rancho muito tradicional aqui na Aldeia, onde a galera é mais jovem, as pessoas mais interessantes se bem que infelizmente oferece mais do mesmo sempre caras fortinhos metidos a  milionários e as meninas aspirantes a panicats, como fui pra beber e dar risada com meu primo nem dei moral pra esse povinho. Eu reforço que já tinha bebido muito durante a tarde e retornamos a ativa lá dentro, mas dessa vez no red-red (whisky com energético) foi um, dois, três, ai um de novo, dois de novo e eu já não sabia mais fazer conta, rolei de rir do “D” que contava que quando criança/adolescente não tinha dinheiro pra ir, ia a pé nos dias que não pagava entrada e que comia bastante em casa pra não sentir fome na festa, hoje ele vai no camarote come e bebe o quanto quiser, ficou até emocionado, e ele merece o lugar que está hoje. Como sertanejo é o que predomina no interior de São Paulo, não poderia dar outro ritmo, eu não gosto, and I swear of god que não tenho nenhum cd ou DVD disso em casa, mas não ligo quando rola isso nos lugares, afinal tá no inferno abraça o capeta e na balada eu não to nem vendo, visto a bota, chapéu, cinturão (metaforicamente) e caio na pista. Encontrava umas amigas minhas e logo me perdia delas novamente pois ao contrário de mim elas ficavam explorando o ambiente, em um desses encontros deixei meu primo conversando com uma pseudopanicat e dei uma volta com elas, em meio aos fortudos encontrávamos sempre um povim de fora, de cidades da região alguns até bem afeiçoados, assim, um ou outro chamava pra dançar eu já lançava que não sabia, mas eles sempre insistem e eu não me fazia de rogada, uma hora fiquei até com vergonha de tão bonito que era rapaz e pior, que poderia insistir tanto para dançar comigo, tava na cara que ele não era daqui enquanto conversamos percebi a fatídica iniciativa dele em me beijar, tive de recusar, chorando mas o fiz não poderia beijá-lo sabia que a culpa me perseguiria e o “A” não merecia tal adorno. Resolvi voltar à presença do meu primo que, primo ou não, espantava investidas masculinas, mas não durou muito, as meninas vieram ao meu encontro e junto delas os rapazes. Em partes foi bom, pois conversar não mata e não gera chifre, se bem que intenções sim e pensando nisso eu fiz uma besteira, to confessando agora no meu blog quase anônimo, pois já não tenho esperança alguma com o “A” e depois dessa não devia ter mesmo, mas tínhamos acabado de nos conhecer, a ex dele estava perturbando, não tínhamos assumido um namoro ou coisas do gênero e a festa é uma vez ao ano, muita gente de fora, não querendo me justificar mas já o fazendo, são bons motivos concordam? Não né? Eu sei, eu não presto, mas sou assim, impulsiva e como diria Vanessa da Matta, “não me deixe só”, by the way acho que essa música foi feita pra mim, mas voltemos ao assunto, encontrei novamente o rapaz bonito que dançou comigo ele disse que conversamos tanto e ele ainda não sabia meu nome, sem pensar duas vezes respondi Ana (mesmo não sendo, jamais falaria meu nome pra um estranho e de outra cidade) ele não questionou, eu perguntei o dele que prontamente respondeu Jason no inglês mesmo (dieison) eu rolei, falei você ta mentindo pra mim, ninguém pode chamar Jason, isso é nome de assassino de filme, você está me zuando não quer falar não precisa, mas eu não acredito que seja esse. Ele tirou a CNH me mostrou e era isso mesmo, me senti até mau, vejam só eu que não me chamo Ana duvidando do nome do rapaz, o tempo passou e mais um copo e outro e beijos e tal, me “lembrei” que até então não havia sequer perguntado o nome dele, e ainda disse isso assim super espantada na maior ingenuidade me fazendo de distraída, ele sem entender direito disse lógico que já, você me perguntou sim. Eu reafirmei, imagina só, não perguntei não, como eu não lembraria? Ele começou a rir, achou que eu estivesse brincando e falou meu nome é Jason. Eu olhei pra ele e juro falei, mentira ninguém chama Jason. Voltamos às discussões sobre o nome, por fim ele disse que tinha até me mostrado o documento e disfarçou, eu sorri e disfarcei também, achei que resolvera a situação mas o pior ainda estava por vir, minhas amigas me gritaram pra dizer que iam dar uma volta, elas gritaram o meu nome, o VERDADEIRO e eu atendi, imaginem a reação do moço ao saber que após tudo isso eu não era a Ana, ele acabou a bebida disse que ia procurar um amigo. Eu, com o copo e o coração na mão fiquei parada vendo ele se perder na multidão. Realmente esqueci que já havia perguntado o nome do rapaz e por duas vezes, só me lembrei quando ele disse que tinha me mostrado a identidade, mas já era tarde. Só pude temer pela minha alma.

Só por hoje.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Inclassificáveis (Arnaldo Antunes)



 que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs

somos o que somos
inclassificáveis

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,

não há sol a sós
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.

somos o que somos
inclassificáveis

que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?

não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores,

não há sol a sós
egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol


Uma música antiga que diz muito, aconselho ouví-la, é de uma sonoridade impar e o show do Arnaldo é ótimo, uma viagem, tanto que pouco me lembro rs. 
Só por hoje...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Agora só o copo!!!



Sábado passado tive a oportunidade de ver o jogo de vôlei da seleção brasileira (pela tv lógico), falo oportunidade pois raramente consigo ou mesmo tento levantar antes das 11h nesses dias, enfim não sei como, mas fiz essa proeza e quando liguei a tela, lá estavam eles em quadra contra o time de Porto Rico, decidi acompanhar pois o vôlei foi o esporte que mais me cativou na época da escola. Quem me vê hoje, sem coragem de atravessara rua à pé, chora de rir quando digo que já fui esportista e é a mais pura verdade, eu era muito ativa e devido ao pouco peso e grande agilidade me destaquei em vários esportes, após tentar basquete que é uma comédia pra quem sabe minha altura, atletismo onde eu mais ganhei medalhas e futsal que eu joguei também e apanhei tanto que desisti, um dia tomei uma cotovelada no peito que quase me fez cometer meu primeiro assassinato e, finalmente descobri a beleza do vôlei, comecei na escola em interclasses e modéstia a parte eu jogava muito, arrasava na minha sala, lembro que na 6ª serie nós levamos as cobiçadas medalhas douradas e quando faltava alguém nas outras salas ou séries  eu ficava toda orgulhosa por ser sempre uma das convidadas a substituir, meu forte era a defesa e o levantamento, na defesa eu caprichava nas mergulhadas, salvava bolas inacreditáveis e não tinha medo de cortadas, já no levantamento eu me destacava pelas jogadas perfeitas em que só não cortava quem não quisesse, os pontos fracos eram ataque e saque, no ataque como não tinha altura não fazia cortadas maravilhosas, mas conseguia alguns pontos, já meu saque era triste, não fazia feio mas nunca consegui mandar um saque viagem aqueles de jogo mesmo, essa era minha missão, infelizmente falhei. Como na época eu morava bem perto da escola, as meninas do bairro eram também as meninas da sala e juntávamos todas para treinar na quadra, quando não, na rua de casa mesmo, aquela era a rua do vôlei, esticávamos uma corda do portão da minha casa até a árvore da casa de frente que também era de uma dessas meninas e ficávamos a tarde toda acertando boladas nos carros dos vizinhos, lembro do trabalho que dava desencardir os braços devido à sujeira da bola que molhava e rolava pela rua. Passado um tempo conheci uma galerinha que treinava no ginásio da cidade e jogava nos campeonatos da região, o time era masculino, mas como são poucos os homens que gostam de vôlei, sempre precisava de alguém pra completar o time, nós meninas éramos as vítimas opções nesses casos, o que não era de todo ruim pois treinando com meninos, não tinha time feminino páreo pra nós, e assim fui convidada junto com umas amigas à jogar no time do bairro, jogamos duas temporadas e minha carreira acabou ai, apareceu um convite para treinar no time feminino da cidade e jogar na região, para isso eu teria de viajar com o time e ai sim acabou minha festa, o marido da minha mãe deu a palavra final que era NÃO e minha mãe não fez nada por mim. A partir daí não joguei mais, hoje eu até entendo que não teria ido muito além do time da cidade, mas não foi certo me impedir de tentar.  Depois de muitas brigas acabei desistindo de jogar, mas guardo na lembrança o quão divertido era o vôlei, quanta bolada na cabeça, hematomas, pontos suados e sofridos e a emoção que o esporte no incita. Mal vejo as meninas que jogavam comigo, mas a amizade ainda existe mesmo que nostálgica. A última vez que joguei foi há uns dois anos, mas foi numa quadra de areia, com time misto e bem bêbado rs. Do vôlei só sobrou lembranças, sempre que posso assisto aos jogos e prefiro o vôlei masculino tanto pela força e velocidade com que eles jogam, quanto pela beleza dos meninos, meu preferido/sonho de consumo é o Murilo e meu único esporte hoje é o álcool.

Só por hoje.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Transição

O amanhecer e o anoitecer
parece deixarem-me intacta
Mas os meus olhos estão vendo o que há de mim,
De mesma e exata.


Uma tristeza e uma alegria
O meu pensamento entrelaça:
Na que estou sendo cada instante,
Outra imagem se despedaça.


Este mistério me pertence:
Que ninguém de fora repara
Nos turvos rostos sucedidos,
No tanque da memória clara.


Ninguém distingue a leve sombra
Que o autêntico desenho mata.
E para os outros vou ficando,
A mesma. Continuada e exata.


Chorai oh, olhos de mil figuras!
Pelas mil figuras passadas
E pelas mil que vão chegando
Noite e dia.
Não consentidas, mas recebidas e esperadas!



(Cecília Meireles)

sábado, 11 de junho de 2011

Livros pra inguinorantes, por Carlos Eduardo Novaes


 
Carlos Eduardo Novaes
Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!
A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.
A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.
Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer?  Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.

REPACEM ATÉ CHEGAR NO  MENISTERIO DO DR. FERNANDO  ADAD
*Recebi num email, colei na íntegra. Minha pergunta é: 
O quê esse MEC está arrumando? É kit gay, material didático com linguagem coloquial, o errado a gente já sabe, quero ver saber o certo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tô tentando..

Hare hare pessoas da Aldeia, what’s up?
Estou meio sumida confesso e não gosto de colocar sempre a culpa no tempo, pois o tempo quem faz somos nós, esclareço-vos que idéias para postagens não faltaram, quanto a coragem infelizmente não digo o mesmo. Ando tão dispersa que estou fazendo trabalhos de escola em dupla pra dividir o problema, eu faço um, o colega outro, assim só me preocupo com pesquisas e prazos na minha vez, feio né? É, dá um pouco de vergonha, mas eu sou forte eu aguento.  
Essa semana reafirmei minha opinião de que o destino é mesmo um fanfarrão, brinca conosco como se fossemos fantoches, meros coadjuvantes numa grande peça teatral, vejam vocês que exatamente após a ultima postagem “E agora José” tivemos as finais de alguns campeonatos estaduais, minha amiga sendo corintiana, me ligou implorando pra eu sair do meu jejum de rua e ir com ela à um barzinho assistir a tão esperada final, como eu queria ver a final do gauchão cujo meu adorado Internacional tinha chances de sair vitorioso, não resisti ao convite, coloquei minha linda camisa colorada e fomos ao costumeiro bar de assistir jogos, chegamos cinco minutos antes do inicio da partida e advinhem... estava LOTADO não cabia mais uma cadeira, o dono do estabelecimento acostumado a nos ver por lá frequentemente, pediu mil desculpas e disse que se quiséssemos entrar teríamos de ficar em pé, minha preguiça falou mais alto e passamos a procurar uma segunda opção, minutos depois chegamos a outro bar que também não tinha mesas vagas, mas tinha cadeiras e sendo a Aldeia do tamanho de uma aldeia, nós conhecíamos algumas pessoas e descaradamente nos achegamos. Os “curintias gambás” perderam aqui, meu Inter foi campeão lá no sul e a tarde já tinha me rendido algumas alegrias, apesar do tanto que fui zuada no boteco, no gol dos azuis todos me olharam pra ver a reação e foi assustadora mesmo, os mais íntimos berraram umas coisas feias na minha orelha, porque sinceramente, vai torcer pro Inter morando em São Paulo, não tem pra onde correr, são TODOS contra mim, mas no fim eu e os não-corinthianos rimos por último e rimos melhor. Para “matar” o restinho de tarde descemos no posto de gasolina (super badalado) aff... e pegamos a saideira, ou pelo menos pensávamos ser, neste momento chegaram dois amigos da “M” minha amiga corintiana, um deles nascido na Aldeia porém não mora mais aqui, o outro um amigo que andava sumido, perdido nas academias da vida. Enquanto conversávamos e bebíamos algumas cevas, trocamos telefones, depois saímos algumas vezes, agora nos vemos quase todos os dias e meu medo se concretizou, se eu não tivesse falado, ou pior, postado que não queria nem sair pra não correr o risco de perder as festas da temporada nada teria acontecido, mas como eu o fiz, to beijando, to curtindo, ele é engraçado, tatuado, ama seriados e hoje tem Forró da Lua Cheia, acampar já sei que não vou, vamos ver se pelo menos consigo ir no sábado porque minha lição eu aprendi, não vou devo mais trocar pessoas legais por baladas nonsense, pelo menos tô tentando, isto é, só por hoje. =)

sábado, 14 de maio de 2011

E agora José?

Salve galera blogueira, to sumida sim, peço desculpas aos meus... 5 leitores, rs, mas num tive muita escolha , tava em semana de provas, semana de apresentação de trabalhos enfim, tava sem tempo de escrever, mas não pensem que desisti da minha Aldeia, to aqui ainda só observando e me f@$#%¨&* (não literalmente, infelizmente) desculpem meu humor também, ando um pouco estressada, vocês podem imaginar porque, e por falar nisso acabei vendo o comercial da Cacau Show para o dia dos namorados e... bingo, estou “alone in the dark” novamente, pois não tive coragem de fazer aquela proposta indecente pro ex, apesar de ter ligado pra ele, conversamos umas duas vezes, mas não virou nada, ele ainda não assumiu o novo namoro e fica me dando esperanças, fora que um dia desses pra ajudar, eu estava saindo de uma loja com minha mãe e eis que parado no transito com seu carro estava ele, o próprio “A”, ali, de óculos escuros, sorriso enorme na cara, me olhando, graças a deus eu também estava de óculos escuros (imensos por sinal) cobria grande parte da minha cara de sono, a primeira coisa que pensei  foi: meu deus, como está meu cabelo? O susto passou o cabelo estava limpo e liso, eu não deixei barato mostrei também  todos os dentes da minha boca (afinal estou gastando uma fortuna em clareamento) e falei um “oi”, simples, singelo, como uma menina tímida, um pouco envergonhada,  ele encarou puxou um assunto bobo, tipo nossa que coincidência, e aquela é a “principal” rua da Aldeia, é logico que um dia a gente se encontraria nela, mas o pior ainda estava por vir, minha querida mãe que estava exatamente ao meu lado proferiu em alto e bom tom:  Nossaaaaaaa como ele está bonito... É gente minha reação foi a mais previsível possível, chapei... mas num ia descontar na minha mãe, que num teve nada a ver com meus “erros”, olhei pra ela e disse em ares de premonição: Ele vai voltar. Depois pensei um pouco e vi que talvez não seja verdade e nem sei se ainda quero isso, tanta gente no mundo e eu encanada com um só, vê se pode...Bom, o dia dos namorados está chegando, eu num quero nem sair de casa, vou ficar ausente até o Forró da Lua Cheia chegar (um festival de inverno famoso na região) e depois volto à ativa, não posso correr o risco de não ir por causa de namoro, ano retrasado eu tava namorando mas nós largamos na véspera do Forró e por incrível que pareça, foi ele quem largou (não o “A”, foi um anterior) e eu devido a isso, descolei um ingresso de última hora e fui pra lá, até voltei com ele depois da festa, mas já era o início do fim e daquele encosto eu me livrei, dizem que ele vai até se casar, “deus abençoe”. Ano passado que eu estava solteira, juntamos todas as amigas que estavam no mesmo barco, compramos muuuuito álcool, enchemos a cara falando mal dos casais e dos ex, essa nossa festinha foi tão proveitosa que no outro dia, ainda na ressaca, uma das solteiras já nos abandonava e aos poucos fomos todas nos encaminhando, eu numa noite muito fria, em uma festinha de chácara aqui nas redondezas conheci  o “A”, ele perguntou de mim pra um amigo que estava com a gente, o amigo me contou o ocorrido e eu na influência do álcool falei fazendo um charme: Ah capaz que rola... E rolou mesmo, rolou muito, ele não queria me beijar em meio à multidão, tinha uma menina lá que poderia dar barraco e não seria uma boa primeira impressão, me explicou ele, mas eu desconfiei, não sairia dali com um estranho, foi quando eu vi a primeira atitude adulta dele, que mandou tudo à “pqp” e me agarrou no meio do povo, a tal menina acabou vendo e saiu da festa chorando (mas eu não vi, soube só depois), nós ficamos e ele me contou que já me conhecia de vista, sabia algumas coisas sobre mim pelos amigos em comum e eram muitos, ai perguntei por que eu não o conhecia, e ele respondeu que esteve casado nos últimos anos e havia largado a seis meses.  No outro dia ele me chamou pra voltar à chácara, dessa vez não era exatamente uma festa, era uma coisa mais entre amigos, não fui, lógico, e dali em diante ele me ligava todos os dias, eu ia à casa dele e ele à minha, a coisa foi ficando séria, mas havia ainda a Festa do Leite (outra festa imperdível) e eu não poderia estar comprometida nessa época , então fui levando com a barriga, ele não quis ir à festa devido ao novo emprego, estava receoso de chegar com "cara de ontem", mas me levou e me buscou algumas vezes, lá eu encontrava as amigas e enchia a cara, dançávamos horrores e íamos embora, no outro dia ele me ligava, mandava mensagem me encontrava em algum momento vago, acabei me rendendo ao relacionamento e passamos a fazer coisas de casal, churrascos aos domingos, pizza e filmes a noite, ficaram muitas lembranças de muitas conversas , aprendi muito com ele mas, em todos os sentidos e o motivo do término, ao meu ver, infantilidade de minha parte,  quis ser adulta, fingia não ter ciúme mas ficava me matando por dentro, deixei de falar as coisas que devia, acabei desistindo de nós e tentei sair por cima. Ahahahahah me f*#% (ou não, rs).
Eis a minha última estória de amor... Até então.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Só me restou eles...

Desde a infância minha mãe já conhecia uma tática infalível pra me manter em casa e quieta, comida e televisão com isso nada mais me importava, a programação própria para a fase pueril não me atrai mais, porém meu amor incondicional não foi alterado, me lembro de várias das minisséries antigas como Hilda Furacão, A Muralha, Memorial de Maria Moura, Os Maias, sinto muita saudade dos programas de comédia Os Normais, Os Aspones, Minha Nada Mole Vida, enfim programas irônicos de vocabulário esdrúxulo que me matavam de rir nas noites e madrugadas, cansei da programação comum já faz um tempo e ter TV por assinatura é bom, mas não me convence, é repetitiva, os melhores programas são difíceis de seguir, trabalhando e estudando sobra menos tempo ainda, eu gostava muito do Ponto P (MTV) e do IFY (GNT), uma vez a Fernanda Young disse que ela era fruto da TV, e que tudo o que ela é foi moldado pela TV, naquele momento eu tinha me encontrado pois me sentia exatamente assim, mas hoje a TV aberta não me basta, o IFY nem sei porque parou de passar, era um programa inovador, até então nunca tinha visto nada parecido, ela como apresentadora deixava Angélica, Eliana, Ana Hickmann (Faustão fêmea) e qualquer outra no chinelo, se bem que é outro nível né, pra começar Fernanda Young não é loira (nada contra e não me refiro a inteligência, se bem que nessa comparação caiu muito bem) mas citei por que já foge do estereótipo das apresentadoras, todas com cara de Barbie, ela também é roteirista e escritora, li vários textos e adorei, já os livros, comecei a ler um e desisti, achei desnecessário rs. Fora esses raros programas me sobraram os seriados, não tenho palavras pra descrever, já deixei baladas, jantares, bebedeiras só pra ficar em casa curtindo uma temporada.
Pontos contra, vários: acredito e assumo que são massificadores, instigam um mundo ilusório, de dinheiro, moda, amizades, os que não são americanos são americanizados, fico louca em pensar que terei de esperar uma semana pra ver um episodio inédito e o fato de eu gostar de vários, em todos os seguimentos, comédia (não pastelão), ficção, drama, policial, implica em não conseguir acompanhá-los e acabar perdendo alguns episódios. 
Pontos a favor só um: Eu amo, sempre amei, e foda-se, comecei desde cedo quando via Punk a levada da breca, Alf na Band aos domingos, Blossom que eu chorava pra minha mãe gravar, pois no horário que passava eu estava na escola, o Barrados no Baile eu nunca entendia, era “adulto” demais pra mim, teve um chamado A Família Twist passava na Cultura, nossa eram tantos, não me lembraria de todos, mas o primeiro que marcou de verdade foi o Dawson’s Creek, esse pegou minha transição para a adolescência, tudo tinha a ver comigo, o bairro, a escola, os amigos, primeiras paqueras, depois dele tiveram Sex and the City, Gossip Girl, One Tree Hill, Prison Break, O.C, não necessariamente nessa ordem, e certamente terão outros que me prenderão por horas no sofá, mas como já dizia o poeta o primeiro a gente nunca esquece.
Considero os seriados muito melhor que qualquer novela, aliás, qualquer coisa é melhor que novela, pra mim tudo depende do quê você procura num seriado, eu procuro diversão, e nesse quesito eles arrasam, lógico que em algum momento a casa cai e você sente que aquela frase, ou aquela musica do final do episódio é para você, e como nós sempre esperamos um sinal de tudo na vida, um sinal pra poder ligar para aquele cara, um sinal pra pedir perdão a quem você magoou, um sinal pra você chutar o balde e mandar tudo a merda, pode ser que tiremos algo de bom dessas séries, eu, por exemplo, já aprendi muito com alguns episódios e não convém entrar em detalhes, conheço pessoas que também tem esse vício desmedido, mas comigo é mais forte, fico horas e horas em frente a telinha, quando peguei emprestado o box do Prison Break que nem achava tão promissor assim, eu quase morri, sofri, sorri, chorei, amei e me emocionei com a história e a química do Michael e da Sarah, sem falar da sensação horrível que senti nos últimos episódios, parecia que era comigo, um nó na garganta que só havia sentido antes com os pés na bunda por essa vida afora. Quando comentei com minhas amigas que eu estava de luto pelo Michael, quase apanhei, povão insensível, não tem respeito pela dor dos outros, final de temporada pra mim é sempre triste, eu sei que vou sentir saudade, sempre alguém vai morrer ou não vai acabar como eu gostaria e, invariavelmente eu choro. Chorei com o final do Dawson’s Creek, com o Sex and the City, O.C, Friends, com Prison então... Eu fiquei tocada mesmo, eles sofreram tanto pra ficar junto, o Michael era o homem que todas as mulheres esperam na vida e depois de “salvar o mundo” ele morre? Chorei mesmo, that was unfair. E daí que às vezes eu viaje um pouco imaginando o que eu faria se fosse comigo, afinal, não é essa a intenção? E tem mais, dependendo do episódio consegue até mudar meu humor, sabe quando a gente se prepara pra sair ouvindo aquela música que pode dar um rumo diferente à nossa noite? Caso eu opte por sair, o seriado tem a mesma função, já escolho um que tenha a ver com o momento e vejo na sexta ou sabadão antes de sair de casa, só num pode errar o tema. Então fica a dica, se você está indo pra gandaia é Sex and the City, se quiser cometer uma loucura na vida é Gossip Girl, se pretende salvar o mundo Heroes, se quer que o mundo se exploda House, momentos entre amigos/amigas Friends, questões adolecentes Dawson’s Creek, momento Amy Winehouse é Dexter, a beira do suicídio Desperate Housewives, a beira de um assassinato CSI dá ótimas dicas e é de graça na Record, enfim com musica ou seriado, aperte o play e divirta-se.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Extra, extra, mais uma na Aldeia.

Eu amo minha cidade, amo mesmo, mas acho triste permitirem que um jornalzinho ponta de vila seja um representante oficial das notícias da Aldeia, o “ponta de vila” perdoem-me a comparação, não é a localização do dito cujo, refiro-me às notícias que são veiculadas por ele.
Às vezes parece que os textos são feitos por crianças de dez anos, pois a minha irmã de treze consegue ser mais clara e concisa em suas redações escolares, ou quem sabe são feitos por uma daquelas pessoas que todos conhecemos cuja única atividade em sua amarga vida é ficar sentada, na porta de sua humilde residência criando/disseminando estórias da vida alheia.
Desconfio que a pessoal que escreve, não tenha feito sequer um cursinho de português, vejam uma das pérolas e façam suas apostas:

“No interior do local a dupla de veterinários encontraram grande quantidade de galinhas e um galo, (esses não foi possível capturá-los), galinhas correm muito, voam, fazem muito barulho, é pena para todo lado”.

A notícia falava que a vigilância sanitária encontrou porcos e galinhas num centro comunitário abandonado de um conjunto habitacional aqui na cidade. Creio que o dono dos animais deve tê-los comprado por aqueles dias e estava só aguardando o Natal pra passar os bichinhos na faca, pois o fato ocorreu no final do ano passado.
O problema não é o fato em si, eu também concordo que esses animais não deviam estar lá, mas a “matéria” completa é agressiva, preconceituosa e finaliza ofendendo os moradores com o ditado “quem se mistura aos porcos, farelo come”. Merecia um processo só por ter generalizado chamando os 300 moradores de porcos, fora que manifestou opinião própria sobre o assunto. Como assim??? Se eu quiser saber a opinião de alguém não vou ler jornal e sim blog, Orkut, twitter e derivados.
Um amigo meu tentou emprego nesse jornal um tempo atrás (se é que podemos chamar de jornal), mas desistiu do cargo ainda na entrevista, pois ao conhecer a política da “empresa” rs, a redação, os redatores, e os donos, percebeu que as tais notícias não merecem os papéis onde são impressas.
Esse é só mais um jornal que aproveita da humildade e falta de informação da população para falar e fazer o que bem entende com suas matérias, falando mal, usando termos que dão margem a interpretações propositalmente, não é nada imparcial, tem como única finalidade ofender, apoiando se na liberdade de imprensa.
Acho feio uma cidade ter somente dois jornais e ambos serem tão depreciativos, poderiamos ter um só, mas que fosse sério, bem feito e, se possível condizente com as funções de um jornal. Tenho a seguinte opinião, se não sabe transmitir a notícia, pague alguém que saiba ou, simplesmente não o faça. E os leitores desses jornais ridículos (aproveitando a páscoa, fica a dica) merecem um livro de presente. Vamos ler gibi, bula de remédio, manual de instruções, mas não gastem dinheiro e tempo com esse povo, pra se interar das noticias, se for algo que valha a pena, existem na internet ou mesmo nas bancas de jornais, veículos mais confiáveis, que não precisam ofender nem explorar ninguém pra vender. Assim, quem sabe eles se disponibilizarão a fazer matérias da maneira como devem ser feitas e tratar o povo dessa terra com mais respeito.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

E ta só piorando!!!

A educação no Brasil sempre foi tratada de acordo com a necessidade, inicialmente os jesuítas chegavam ao Brasil com o intuito de evangelizar, firmar o idioma e essa foi a única forma de educação por muitos anos, pessoas que tinham dinheiro se quisessem que seus filhos estudassem teriam que mandá-los para o exterior. Na época da revolução industrial o país sentiu necessidade de formar mão de obra especializada para lidar com os aparelhos das indústrias, assim foram criadas escolas técnicas (como SENAI, SENAC) para preparar esses funcionários. No período militar o governo vendo (lê-se sendo cobrado) que o numero de vagas para universidade era insuficiente, elaborou um critério de seleção que limitou o ingresso dos alunos à universidade federal (o vestibular) e incentivou a iniciativa privada o que fez surgir e se firmar varias faculdades particulares.
Hoje em dia o Brasil é um país emergente e a ação educacional do governo para alavancar de vez esse processo (pelo menos no papel) é erradicar o analfabetismo e incluir o máximo de pessoas no ensino superior, fato esse que o EAD contribuiu e muito, passamos por descentralização (municipalização do ensino) e centralização (todas as escolas devem seguir os parâmetros curriculares nacionais PCN, uma forma de regulamentar o que deve ser ensinado).
Os índices de inclusão e frequência nas escolas vêm aumentando desde então, graças à progressão continuada, mas visando somente esses números, o ensino atualmente é considerado crítico, escolas destruídas, sem professores, falta de segurança e ensino pífio. Os papéis se invertem, as vagas em universidades públicas que são mantidas com recursos federais e teoricamente seriam para quem não pode pagar, são disputadas por alunos que estudaram em escola particular e, as faculdades particulares são sustentadas em sua maioria por pessoas que trabalham para pagar os estudos, pois não tiveram ensino de qualidade nas escolas públicas ou sequer o mínimo exigido nos vestibulares.
Acho que o principal passo agora é equiparar os ensinos públicos e particulares, já que o acesso as escolas é comum a tantas pessoas, o certo seria elevar a qualidade desse ensino, lógico levando em consideração, melhores condições de trabalho aos professores, mais incentivos aos alunos e segurança a todos. 

Segurança, minha gente. O resto a gente corre atrás.

sábado, 2 de abril de 2011

E eu vou beber aqui mesmo!!!


Os nomes dos estabelecimentos por aqui são engraçados, todos sempre seguem a mesma linha, onde mais você encontra um lugar chamado Quintal? Só aqui mesmo e tem história viu, nos anos 90, era o principal point da cidade, localizado perto da faculdade nem precisa explicar o motivo da fama, todos meus tios, primos, amigos mais antigos, alguns hoje estão casados, eram assíduos no peculiar e até então “Bar e Lanchonete Quintal” ah se o nome fosse determinante para o sucesso do buteco... Bem na verdade alguns nomes são, tem coisa por ai que é melhor nem ler, nomes em inglês é um dos casos (aff) já perde o crédito comigo por causa disso. Esse Quintal sempre foi lotado de estudantes, vinham pessoas de toda a região para curtir as noites de azaração na caliente Aldeia e não é difícil encontrar pelas cidades vizinhas, pessoas que ainda lembram saudosamente desse bar, eu como era criança, não me lembro de frequentá-lo na velha guarda, mas devido à trajetória do dito cujo e as histórias que ouvia, fui uma das primeiras a apreciar a idéia da reinauguração, ele hoje está aberto sob nova direção, uma leve alteração no nome que agora é “Quintal Bar” e está bombando novamente, não que seja o melhor barzinho do mundo pra sentar e beber, pois tem de chegar cedo para pegar mesa, o espaço é pequeno e a grande quantidade de pessoas dificulta a locomoção, musicalmente também não é o paraíso, mas sempre tem um showzinho ao vivo e uma quase boate que atravessa a madrugada (para os mais animados), agora, considerando os quatro ou cinco lugares frenquentáveis na cidade, pode-se dizer que o Quintal alcança o pódio, assumo que as noites por aqui não nos dão mesmo muitas opções, algumas são os famosos postos de gasolina onde o povão junta pra beber, boteco pra jogar bilhar até de madrugada, churrascos e festas na casa dos outros e por último o lago, apelidado de Gôla, Lake, e outros nomes desprovidos de criatividade, é um cercado de água que já deu muito problema por aqui, e como costuma ser a última parada de todos que não querem dormir, merecia até um documentário, eu mesma já perdi a conta de quantas vezes já fiquei até o sol nascer. Sei que essa não é a cidade que eu queria que fosse, nem tem todas as baladas e a diversidade cultural que eu gostaria que tivesse, eu moro a 45km e um pedágio de tudo isso, ou seja, com algum esforço dá pra chegar, quando trabalhei por lá, ia de busão e tudo continuava longe. A minha Aldeia é sim cidade pequena, turística, de gente antiga e sistemática, de bairros tradicionais onde ninguém consegue abrir e manter aberto um barzinho até de madrugada, comandada por uns poucos e influentes delegados e donos de comércio, pensam que a cidade é só deles e lógico propiciam que seus filhos ricos divirtam-se em lugares mais variados, o filho do delegado, por exemplo, estava/está na Argentina e a nova direção do Quintal só conseguiu reabri-lo no tal bairro tradicional devido aos parentescos e ligações com esses influentes da cidade. Nessas horas eu faço igual o Simão, pingo meu colírio alucinógeno e chamo a galera pra beber assim mesmo, porque com certeza, não muito longe daqui tem cidade pior.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Reflexões para uma proposta indecente!!!

Ontem antes de dormir vi um pedaço da final do BBB e o Cristiano estava mais lindo que nunca, sempre achei que ele tinha o jeito de um cara que eu conheci, não tão bonito lógico, mas lembra bastante, estava pensando e se eu mandasse uma mensagem pra ele, o que eu escreveria, o que ele gostaria que estivesse escrito, pensei em primeiro dizer:
- Será que não vou ter uma segunda chance mesmo?
Lembrei que amanhã acaba o mês e eu perderei os bônus do celular se não usá-los, que eu poderia ligar pra bater um papo despretensioso, eu diria que pensava em ligar já faz um tempo, mas não sabia se devia, se ele realmente esta namorando, se está feliz e quer que eu exploda ou quando me disse que estava namorando estava só testando meu afinco em reconquistá-lo, caso fosse a segunda opção eu deveria ser bem convincente nas minhas palavras e talvez seriam essas:
- Quando te conheci tinha acabado de me recuperar de um pseudonamoro ridículo, eu queria ver como estava o mundo, as baladas em geral, matar a saudade de sair com minhas amigas, literalmente cair na gandaia, adorei ter te conhecido e já te falei isso, você é exatamente o que eu quero, vi que suas intenções eram mais sérias que as minhas e achei melhor não te enganar, te falei que estava perdida e realmente estava, não tinha certeza sobre a faculdade que tinha acabado de começar, não tinha certeza sobre meu emprego, religião e não tinha certeza sobre você que parecia muito bom pra ser verdade, o tempo que ficamos juntos foi ótimo, gostei do teu papo, tua idade, teu caráter, tua voz, teu corpo, mas tive que abrir o jogo e contar tudo que estava na minha cabeça, assumo a culpa por não ter me esforçado um pouco mais pra dar certo com você, mas nunca te descartei, inclusive aquelas vezes em que te ligava chamando pra churrascos e aniversários, era pra mantermos o vínculo e pra não te perder de vez, em alguns você foi em outros nem me atendeu, a verdade é que te queria no meu guarda-roupas, pra usar quando bem entendesse, essa é uma atitude bem característica da minha personalidade que você até já conhece, não nego que sou possessiva e perfeccionista, e essa semana minha amiga “C” disse que o mundo não gira em torno de mim, na hora pensei como assim??? Lógico que gira. Depois pensei um pouco e percebi que ela tinha razão, que por você eu deveria deixar meu egoísmo de lado, aceitar você por completo, entrar de cabeça num namoro, onde os dois têm que ceder (principalmente EU), assumir os riscos e deixar que você se exiba, trabalhe e tenha vida social nessa Aldeia, eu o veria depois da aula e fins de semana como qualquer casal tradicional. E depois dessa reflexão pra provar que estou disposta a abrir mão do meu profundo egoísmo, se você ainda estiver namorando ouça:
- Eu juro solenemente que divido o prato, não te incomodarei enquanto estiver com ela, você pode deixá-la em casa antes de me ver, sairemos em alguma Aldeia vizinha para não te comprometer e inicialmente não vou exigir muito de você, te deixarei nessa boa vida por um mês ou dois pra dar tempo de terminar com ela e a gente se acertar. Eis a minha mais sincera proposta, sem mais para o momento, beijos.

sábado, 26 de março de 2011

O perigo da história unica...

Pesquisando sobre literatura africana encontrei um vídeo chamado O Perigo da Historia Única, achei muito interessante pelo fato de eu ter sido por muito tempo exatamente como ela descreve, uma pessoa que se liga ao que sabe e ouve sobre algo ou alguém, lembro que uma vez vi uma reportagem feita pela Regina Casé no programa Central da Periferia, uns seis anos atrás, onde eu já tinha uma imagem da Europa, imagem passada pela televisão de que lá todos eram ricos, brancos e com porte de atletas e modelos, tudo bem que eu era bem jovem e não tinha muita consciência do mundo, mas foi uma das vezes em que percebi que me deixara levar pela historia única de uma região, o programa mostrava a periferia da França, como as pessoas viviam em meio a violência e o tráfico de drogas, nesse momento me dei conta de que a Europa verdadeira não é como eu achei que fosse, não é composta só do povo ariano e que todo país por mais desenvolvido que seja, ainda convive com pobreza e favelas. A Regina Casé falar francês então, foi o choque da semana pra mim, eu via nela uma pessoa brega, ignorante e chula antes daquele dia e ela falou tão bem com os moradores, pareceu que morava lá desde criancinha, foi tão natural que até me assustou, mais tarde descobri que ela fala até outras línguas além do francês e que é cultíssima, sempre envolvida no meio artístico, conhece e é querida por vários ícones do Brasil. Eu via nela uma artista pobre, feia e provavelmente curta como a maioria das atrizes e atores da TV, uma pessoa que só queria fama e não tinha nada em retribuição, essa era a “história única” que eu conhecia dela, e a vida é assim mesmo cheia de pessoas como eu que, mesmo vivendo num mundo imenso, cheio de possibilidades, se prende só ao que viu ou ouviu, hoje eu mudei (graças a mim), mas ainda falta muito pra ficar do jeito que eu me vejo no futuro, hoje já tento não julgar e até abrir os olhos de quem é como eu fui, mas mexer com a opinião alheia é difícil, e os argumentos devem ser bem escolhidos, pois podem machucar dependendo de como são expostos, podendo até ser confundidos como provocação. Deixo aqui o vídeo que explica bem o quanto nós nos firmamos ao que queremos e deixamos de nos interar da realidade. Será que a ignorancia não é exatamente isso? Ter nos abstido da verdade por orgulho ou preguiça, nós nunca conseguimos saber tudo, mas não dá também pra formar uma opinião sem saber o mínimo sobre o assunto em questão. Espero que gostem..

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

sábado, 19 de março de 2011

Viu porque acredita ou acredita por que viu?

Estava vendo uma reportagem sobre Varginha - MG e rachei o bico, é muito engraçada a força que tem nossos vizinhos interplanetários naquela cidade, desde o dia em que alguém com a imaginação fantástica, espalhou a inesperada visita do homenzinho verde, a piada foi tão abrangente que o governo de lá resolveu tirar uma casquinha e tematizar toda a cidade, agora tem orelhão, ponto de ônibus, restaurante, tudo em forma de nave, tem até um elevador com uma nave estacionada no topo de onde pode se ver toda a região, tem ETs espalhados por todas as praças e em épocas festivas, adivinha a fantasia predominante? Bingo.
A “grande” idéia surgiu do departamento turístico mesmo, pra atrair ufólogos e curiosos de todo Brasil quiçá do mundo e deu certo, a prefeitura se diz satisfeita com o investimento e os lucros gerados com ele.
A questão é quem acredita na existência de extraterrestres? Minha amiga "T" acredita. rs
Eu penso que é realmente ignorância achar que somos os únicos seres vivos em um universo ainda imensurado, com tantas galáxias e planetas que o integram, mas, se nós (modéstia à parte) seres pensantes que somos chegamos no máximo até a lua, eles vindos de tão longe, sendo tão avançados, capazes nos superar na exploração do universo, não viriam ao menos vestidos?? Ser verde já é o “ó” ainda vir sem roupa? Aff
Na minha ilusória conjectura pode sim existir vida em outros planetas, pelo menos em torno do nosso grande astro “Soleil”, mas vida de inteligência inferior ou nula, como bactérias, fungos e etc. Se houvesse um tipinho assim mais evoluído em algum lugar dessa imensidão, creio que, assim como nós, não teriam ido também muito longe de seus planetas. Já meu lado crítico e descrente entende e defende que quem acredita em ET, vê ET; quem acredita em duende, vê duende, quem acredita em fantasma, vê fantasma. Nunca vi nada e só ouvi falar que viu quem acreditava que existia. Por exemplo, quem acredita em ET não vê duende ou fantasma e assim por diante, se viu, foi por que acreditava, assim como a Alice, que acreditava que o país das maravilhas pudesse existir, tudo depende da droga que você usou de sua capacidade de imaginar e compor uma idéia.
Ou não.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O outro Brasil que vem ai. (Gilberto Freyre)

Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse brasil que vem ai.

sábado, 12 de março de 2011

Essa tal vida virtual!!! fail...

Essa semana eu dei muita risada, tava conversando com uma amiga minha “C” pelo skype ela perguntou o que eu tinha feito no fim de semana, eu respondi:
- Assisti um filme meloso, pensei no meu ex, me deu saudade e liguei pra ele.
Ela na hora mandou um:
- Hummm que super, sabe que eu pensei mesmo que você devia voltar com ele, vocês combinam, era um casal muito divertido, que legal de verdade, mas e ai me conta tudooo, o que vocês fizeram?
Eu respondi:
- Nada ele não atendeu, não retornou e provavelmente quer que eu morra.
Seria cômico se não fosse trágico, mas como vergonha na cara é opcional, nós rimos muito, ela disse que eu dei margem à interpretação, eu acho que ela se adiantou, mas quem nunca fez isso né.
Não sei o que acontece, quando estou nesses papos online (skype, MSN) as idéias vão fluindo e já vou digitando, a gente não vê a reação do outro, e o tom da voz diz muito, mesmo que a gente nem se dê conta, uma conversa cara a cara é rodeada de mensagens e significados, é a linguagem corporal que automaticamente interpretamos, são coisas que estão além da fala, além da comunicação que nós conhecemos hoje, da época em que não nos comunicávamos por palavras, quiçá das cavernas mesmo.
Não tiro o mérito da internet adoro o meio online em que vivo, onde tudo é muito rápido, onde conhecemos pessoas que na verdade não conhecemos, um exemplo é aquele amigo “virtual” cheio de afinidades que todos temos e de frente com ele ficamos sem assunto torcendo pra alguém chegar e nos salvar do infortúnio. 
Agora se tem algo que eu amo é email, principalmente quando eu posso “marcar como não lido” nada mais prático que um email pra se dispensar alguém , você leu o recado e não pode ou não quer dar uma resposta? Fala que não recebeu, que faz tempo que não entra, A-DO-RO.
E as gafes? Pelamordedeus quanta gafe!!!  Já cometi varias a última memorável foi nos últimos dias pelo MSN, mas foi bem chato, estava conversando com uma outra amiga que não vejo há meses ela tava grávida, o bebê já nasceu e nem fui ver ainda devido a minha falta de apreço por essa faze pueril, na conversa ela perguntava se eu ainda estava estudando, em que ano estava, pois ela já se formou, foi linda a formatura, uma super festa a sala em suma formada por meninas muito companheiras, todas também animadíssimas e graças a deus ela tinha acabado pois uma aluna nova com quem andava esbarrando nos corredores estava tocando o terror na vida dela, e para agravar a situação essa tal aluna tinha ficado com o pai da “Gabi”, nessa hora eu imaginei uma cena do filme Beleza Americana e mandei:
- Olha só a menina pegando o coroa, kkkkkkk pegar o pai dos outros é foda não pode, mesmo que seja gato, eu também ficaria brava se fosse meu pai.
Ela respondeu:
- Gabi é a minha filha (a criança que eu não conheci).
Não tenho palavras para expressar a vergonha que eu senti naquela hora, pensei em bloqueá-la, fingir que caiu a internet e desligar o computador, mas fui forte e sincera, expliquei o que eu havia entendido e o assunto acabou rs. Resultado... tão cedo num entro online no skype, msn e afins.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eles precisam de esporte ou comida?

Um dia desses, eu acordei e liguei a TV, estava vendo um programa que normalmente gosto muito, quando uma reportagem me chamou atenção, foi a coisa mais absurda que poderia ter feito e parece que só eu vi essa palhaçada, talvez eu não tenha entendido o “espírito da coisa” mas eu sou assim, vejo por outra ótica e ao meu ver foi uma atitude deplorável.

Era sobre o Haiti e um ato de “solidariedade” de soldados e atletas brasileiros enfim, a historia era mais ou menos assim, a proposta era uma corrida de 6km pela paz onde eles correriam junto com os haitianos para mostrar a importância e a esperança no esporte, agora olha o absurdo os haitianos não comem direito, não bebem direito correndo junto com esportistas e soldados bem alimentados, até ai ainda foi suportável, participa quem quer, certo? Errado, participa quem tem com fome, isso mesmo, estavam distribuindo lanche na chegada, no meio da corrida começaram a filmar um garotinho “Maurice” que corria entre os adultos, questionado sobre o empenho com que corria ele respondeu que estava correndo porque estavam distribuindo saquinhos de água limpa e lanche na chegada, quase chorei. Uma criança magricela, subnutrida correndo 6km por comida e água, e ele correu, chamou as crianças durante o percurso espalhou a noticia do lanche, na chegada foi dado uma medalha e duas bananas, a corrida começou com muita gente, lógico, imaginem vocês morando na Cozinha do Inferno onde é jogado todo alimento que não serve pra mais ninguém, disputando comida com porcos e lhe oferecem um lanche no final de uma corrida, até eu correria, mas sabendo que isso é desumano, quem quer fazer o bem não põe obstáculos, não exige grandes superações.

Eu queria ver um atleta depois de uma corrida ganhar uma medalha e duas bananas, quer dá banana? Ótimo, nada mais original vindo de brasileiros, mas dê pra quem tem fome, não só pra quem consegue correr, tinha também umas senhoras caídas na sarjeta doentes, rodeadas de mosquitos e foram mostradas na reportagem, fico me perguntando se essas receberam também o tal lanchinho. Fail....

Pelos soldados, atletas e repórteres que acham que o esporte cura tudo, sinto vergonha alheia, COMIDA é o começo, é impossível praticar esporte sem ser alimentado, solidariedade pra mim é dar comida de verdade pro menino que sonha em ir pra escola, que perdeu a mãe, o pai e quase a vida no terremoto, já que dizem que de boas intenções o inverno ta cheio, o que fizeram lá no Haiti pra mim foi a mais linda demonstração de filho-da-putismo, uma ótima reportagem pra ser mostrada na Globo numa manhã de domingo, mas sem nada a agregar na vida daqueles que ainda passam fome pois todo aquele dinheiro arrecadado para ajudar as vitimas do terremoto mandado pela ONU foi desviado pelos poderosos, autoridades e o corrupto governo Haitiano.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Luis Fernando Veríssimo


Dar é dar.
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.

Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante, e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que
qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar
o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.

Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Mas... experimente ser amada."