A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

sábado, 13 de agosto de 2011

Diga não às Drogas

Oi meu nome é Aldeia e já faz 2h que estou longe do vício.
Minha história não é diferente da de outras viciadas, eu comecei por intermédio de uma pessoa com quem eu fiquei por um tempo, ele me contou coisas que me deixaram curiosa, ele comparou com drogas que eu já conhecia, explicou as principais diferenças, e a meu ver, foi a euforia, a ansiedade na voz dele que me conduziu a esse vício, sem saber eu já estava lidando com um viciado. Conforme ele contava, eu imaginava quão magnífico seria conhecer esse outro universo, assim despretensiosamente fui me interessando. Um dia me rendi à curiosidade e pedi que ele levasse pra eu experimentar. Isso ocorreu pouco antes das férias, ele pegou em algum lugar, levou para curtirmos juntos e no começo, como toda droga, não era nada de mais. A quantidade era mínima, ele sempre ia à minha casa e levava mais, e assim às vezes com ele às vezes sozinha, fui pegando gosto pela coisa, fui procurando informações, descobrindo quem mais já conhecia. O affair passou, mas não levou com ele a minha vontade de mais. Fiquei sem nada por um tempo pois não tinha com quem pegar, mas a vontade nos impulsiona a superar nossos meios e eu descobri alguns fornecedores, de início peguei uma grande quantidade para poder passar a semana, consumi tudo em três dias, peguei novamente e eu já não conseguia controlar a quantidade, era um atrás do outro, só parava quando a cabeça não conseguia mais ficar ligada. As últimas semanas me preocuparam, não consigo parar de pensar , quero sempre mais, no trabalho me pego ansiosa buscando informações na internet, as aulas voltaram eu não tenho vontade de ir à escola e embora tenha ido, quando estou na sala só quero estar em casa, recusei 90% dos convites para sair e beber, e outras coisas que eu adoro fazer pra ficar em casa totalmente imersa. Devido a estimulante e viciante sensação que sinto, acabei induzindo outras pessoas da mesma maneira com que fui induzida e eu até tenho bastante em casa mas ainda não apadrinhei ninguém, quero tudo só pra mim.
Cheguei ao ponto de perceber que eu preciso parar e voltar a minha vida antisocial, já procurei ajuda e estou me tratando, em breve I’ll be back. Não tenho postado no blog acho que está claro o motivo e solicito encarecidamente que desculpem a minha ausência.
Aprendi que quem quer se livrar da bebida frequenta o A.A., quem quer se livras das drogas em geral frequenta o N.A., pra minha droga o tratamento ainda não conheço, mas uso a técnica deles que costuma ser eficiente.
Se para eles um dos lemas é: Evite o primeiro copo. O adaptado pro meu caso é: Evite a primeira temporada.

Só por hoje...