A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

sábado, 15 de setembro de 2012

Divag(ando)...


Um tempo atrás vi um filme impressionante que sempre ouvi falar mas sequer sabia do que se tratava, chama Vicky Cristina Barcelona do famosíssimo Woody Allen. Apesar de adorar filmes, não sou de pagar pau pra diretor, já vi outros dele que em nada me inspiraram, porém não sei se pela fase da vida ou a vibe do dia, esse me cativou.  Sobre o filme eu falo outros dia (talvez) achei tão mágico que a rasgação de seda poderá enjoar. E a Penélope Cruz que eu sempre achei uma água de salsicha, estava (me falta adjetivos) foi de longe o melhor papel da vida dela, merecia um Oscar rs.
Em algum momento no filme ouvi uma frase em especial, na hora anotei mas perdi sei lá. É meio que um conselho que a tia de uma das meninas dá, claro que não em forma de conselho, ela simplesmente cita a frase em uma conversa mas a câmera fecha na cara da Vicky e obriga a gente a perceber a grandeza da poesia.
A frase é mais ou menos assim: Só o amor não correspondido é romântico. Na hora me veio a mente uma musica interpretada por uma tal de Elis Regina que diz: Pergunte ao seu orixá, amor só é bom se doer. Depois ainda lembrei de outra frase que dizia algo semelhante, não vou citá-la pois não tenho memória pra tanto. Enfim já me peguei pensando no assunto por vezes incontáveis e, contrariando algumas das ideias que tinha sobre relacionamento, achei que tanta gente grande falando a mesma coisa, até que podiam ter razão. Deve ser a sabedoria dos antigos, a experiência que só o tempo nos traz.
A emoção de um relacionamento está na incerteza, na busca por sinais de reciprocidade, o ser humano é carente e possessivo. A espera é o martírio de quem ama, esperar uma palavra, uma mensagem ou uma ligação, enquanto luta consigo pra não dar o primeiro passo. A cobrança e o atrito são inevitáveis, discussões onde a gente sempre perde quando ganha, ou, sempre ganha quando perde. Muitas vezes entregamos uma peça pra vencer o jogo, e nesses casos o vitorioso demora um tempo pra ser definido.
Eu quero a sorte de um amor tranquilo, dizia Cazuza. Imagino o porre que deve ser esse tal amor tranquilo que ele pedia, pode ser bom pela segurança que se tem, pela certeza de que o outro ama e que quer ficar ao seu lado pra sempre apesar de que pra mim, esse não era o estilo Cazuza de amar (talvez por isso ele o pedia), mas amor tranquilo não vira filme, não dá ibope e principalmente não é lembrado. Duvido que alguém alcança esse tipo de tranquilidade sem enfrentar antes uma guerra.
E pode ser isso mesmo, com os amores loucos a gente quebra a cara, perde todas as fichas, derruba convicções e princípios pra aprender a entender e valorizar os tranquilos, mas não sei, ainda não cheguei lá.
Engraçado é perder horas do dia filosofando acerca da vida e seus sentidos, não chegar a lugar algum e saber, é claro, que nem vai chegar. Serão somente pensamentos e considerações a respeito. E é frustrante não encontrar respostas, não por falta de procura mas por saber que tantos já procuraram e falaram sobre o assunto e também não chegaram a lugar nenhum. Eu quero ter no que acreditar, não pode ser em vão, não faz sentido. Minha esperança em meio a tudo isso é de que um dia (viva ou morta) tudo seja esclarecido e faça o maior sentido do universo, mesmo que hoje eu não tenha a capacidade de compreendê-lo. Tô Socrática, só sei que nada sei.

Eternamente...

sábado, 21 de julho de 2012

A primeira desmascarada...


Em meados do ano passado era época de vacas gordas aqui na aldeia tanto eu como as principais amigas estávamos com nossos respectivos “rolos”, digo rolos por que nenhum deles vingou, aos poucos todas fomos nos desiludindo e restaram só histórias. Algumas ainda mantêm o contato como é o caso da Ana (agora com nomes) que apesar de ter sido enrolada por dez anos ainda tem o rolo na agenda do celular, aliás considera ele um grande “amigo” fato que seria normal se ele não tivesse passado por três namoros enquanto ficava com ela e se eles realmente tivessem parado de se encontrar. Ele faz faculdade no mesmo lugar que eu, costumo vê-lo e informá-la da situação. Já saí com eles algumas vezes nas antigas e ele é mesmo gente boa, tirando essa “enrolação” que acompanho de perto e acho triste. Dias atrás uma amiga nossa Mônica que agora mora na capital veio à Aldeia pra visitar a família e quando ela vem, faz questão de nos reunir pra atualizar as conversas e pegar uma baladinha por ai pra matar a saudade. A gente se conhece há muitos anos, ela acompanhou a saga A e H desde o início, foi até uma espécie de cupido pois é muito amiga deles. Eu acompanhei também mas de um outro ângulo, na época eu era amiga da ex-namorada dele, coisas de adolescentes rs mas nunca tivemos problemas com isso, sempre evitei tomar partido.
Quando ele soube que a Mônica estava na cidade, ligou pra Ana supostamente pra pegar o telefone da Mônica e acabou se incluindo no passeio, marcaram tudo para as 22h. Até ai tudo bem. Passível de acontecer com qualquer um, a não ser pelo fato de que uns meses antes, do nada, ele ligou pra ela dizendo que ia casar, que era pra ela esquecê-lo e sem dar tempo de resposta desligou o telefone. Ela chorou, xingou, amaldiçoou cada descendente que ele venha a ter e enfim se conformou, não se falaram desde então. Ela dizia que não pensava mais nele, que já tinha perdido a graça e que ao contrário de todas que se deixam pisar, ela quando não é bem tratada perde o encanto pela pessoa, achei palavras muito sensatas, acreditei em cada uma e até tive um pouco de inveja pensando que eu poderia também esquecer tão rápido, poder controlar o semi-infarto, o rubor facial, a sudorese ou ao menos formular uma frase completa e com algum sentido quando estou perto do “meu” rolo.
Após combinar com ele, ela ligou pra mim e pra Mônica, contou que teríamos companhia mas que seria algo rápido, daríamos uma volta pra beber alguma coisa e o deixaríamos aqui pra então fazer o planejado que era sair da Aldeia em busca de aventuras longínquas kkkk. Como ela já tinha aceitado o auto-convite, não cabia a mim alertá-la do perigo, só perguntei se teria mesmo essa coragem, como a resposta foi firme e confiante pensei só em gritar TRUCO mas acho que não falei mais nada, desliguei o telefone e me veio à mente uma frase clássica do HIMYM: it’s gonna be legen... wait for... dary. 
Sábado, 22h, a Monica buscou a Ana, que buscaram a mim, que buscamos o H. Ao pararmos em frente a casa dele a cena que presenciamos foi tipo mastercard não tem preço. O escândalo que ela fez ao vê-lo foi impagável. Juro. É de praxe preferir os bancos da frente do carro e como a Ana foi a primeira a ser pega, sobrou o banco de trás pra mim, assim o H iria atrás comigo, teoricamente, pois quando ele saiu da casa, ela pulou do carro como uma criança que ganha um presente e disse: Eu vou atrás com o “Hzinho”... Pensei, Hzinho?? Como assim?? Não dá pra descrever o tanto que eu ri (por dentro) ao ver aquilo. Ela que estava tão equilibrada, conformada, que teve uma atitude tão adulta após o fim do quase relacionamento de 10 anos, disse que não tinha nada a ver sair com ele, que apesar de tudo eles ainda eram amigos e só amigos, após todo esse sermão, ela estava ali, se comportando daquele jeito, como uma adolescente ou sei lá o quê.  Pra mim foi glorioso, até um alivio posso dizer. Eu não entendo bem como certas pessoas conseguem agir com tanta frieza enquanto eu estou “morrendo” pelo outro ainda. Descemos os quatro num posto de gasolina lotado pra comprar umas cevas e decidir o que fazer com ele que agora é noivo, logo, não poderíamos dar bandeira. Nós três num medo iminente fomos a um lugar bem afastado da população, tomamos as cervejas e quando íamos deixá-lo em casa, ele disse: Não. Eu vou com vocês uai.
A gente se entreolhou, sabendo do combinado que era deixá-lo em casa e sair só em meninas (solteiras), diante do olhar de por favor que a Ana fez, foi lamentável, levamos ele também. Chegamos num barzinho underground que costumamos ir nessa outra cidade e meu dia clareou, finalmente algo poderia dar certo, estava tocando uma banda cover do System of a Down e a gente nem sabia, foi surpresa total, eram uns meninos novinhos deviam ter no máximo 18 anos, mas tocam igual gente grande. Fiquei boquiaberta, juntamente com o resto do público. Como o H é enorme e tem cara de mau, ninguém se aproximou da gente sequer pra pedir um isqueiro, já que não íamos conhecer ninguém mesmo, o jeito era beber e isso eu fiz/faço com gosto. Cerveja gelada, calorão, maior sonzera, um pessoal diferente, fui animando aos poucos e quando me dei conta estávamos eu e a Mônica bem longe do casal, paramos ao lado do balcão do bar, onde a vista era nítida e dávamos um certo espaço pro casal conversar e se acertar. Quando voltamos, a Ana parecia o próprio sol de tanto que brilhava e me vi no lugar dela, se fosse eu, estaria radiante também. Pensei em tudo que a gente passa com uma pessoa, o tanto que essa pessoa pode nos fazer chorar, mas só de estar perto, só de conversar já muda o dia, se pedir desculpas então, instantaneamente a gente apaga um caminhão de mágoas, mesmo que um dia elas voltem e a gente sabe que voltarão mas ainda assim, é melhor estar perto. Inevitável pensar e se... E se eu voltasse atrás, e se eu não tivesse parado com tudo? Efeito do álcool? Talvez rs, bem provável, junto com as musicas do System que, entre outras, eram nossa trilha sonora. Alcoolizada e com esses pensamentos na cabeça, minha noite não durou muito, apesar das risadas e conversas atualizadas, a noite não foi um terço do que eu esperava, em parte my fault, eu mesma estava com a cabeça em outro lugar, em outro assunto. O show acabou, tomamos umas quatro saideiras em outro bar e voltamos pra Aldeia, deixamos o H surpreendentemente sozinho na casa dele, ela que não quis ficar com ele, ninguém falou nada até ele descer do carro, fomos embora tentando entender o motivo, ela disse que o convidou pra ficar na casa dela mas ele não quis e nem ela quis ficar na dele. Fiquei com cara de “hã” né, vai entender esses dois. Ninguém questionou.
Só por hoje...


* texto antigo, uns 3 meses ou mais, porém atual pois nada mudou rs.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Let it go...


Faz um tempo que eu acabei com tudo, uns cinco meses mais ou menos. Excluí todos nossos contatos, principais fontes de conversas e encontros, sem satisfação alguma, eu simplesmente excluí. Ele ligou, quis saber o motivo, eu tinha motivo e expliquei. Deixei a decisão na mão dele, ele foi lindo como sempre me entendeu, pediu desculpas e jogou a decisão de volta pra mim e eu tomei, apesar de tudo eu tomei. Resolvi parar, foi difícil e eu tremo só de lembrar, não tive coragem de apagar o numero do telefone (e as mensagens), não tive coragem, não tenho coragem e já tentei, juro, mas não consegui, estão lá, o numero e as mensagens, na letra N de “ não ligar =x ” e não liguei, nunca mais. Vi que deixei ir longe demais, foi culpa minha mesmo, era o melhor amigo, ele quis, eu quis e aconteceu, e durou mas eu parei, parei pra não ficar como uma amiga que já vai pra 10 anos numa situação parecida, o cara já trocou de namorada três vezes e ela sempre ficando como a outra. Eu concordo que existem casos e casos, no dela, tem alguns motivos financeiros eu acho, que inviabilizam o relacionamento. No começo ela nem se importava, era só um cara que ela pegava, mas 10 anos é muita coisa e surgiu daí um caso sério onde ela é a principal prejudicada, e ser a outra não é mais o suficiente. Confesso que nunca dei muita bola pra historia deles, sempre preferi não opinar por achar que ela estava sendo enrolada e que devia tomar uma atitude, e olha onde eu fui parar, palmas pro destino. But... eu tomei minha decisão, pulei fora e embora ainda sinta falta, não me arrependo. Não mais. Entendi que se não tá legal, se não tá certo, EU tenho que pular fora, a mudança deve começar por mim, conformismo nunca foi minha praia. Espero que as amigas que passam por casos  assim (parecidos ou não) também entendam que quando a gente faz acontecer, o universo conspira pra dar certo. E vai dar... Beijocas suas lokas!!!

Só por hoje...


Texto antigo, mas atual!!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Qualquer balaco ilegal ou proibido...


O Forró da Lua Cheia é uma das festas mais tradicionais na região, acontece uma vez ao ano no Vale das Grutas um hotel fazenda da cidade vizinha. O nome da festa deve se à imensidão da lua nessa época, o show é num campo aberto e muito muito alto, dá pra ver umas duas cidades lá de cima. O palco é estrategicamente posicionado contra a lua, que faz com que vejamos o show e a lua ao mesmo tempo. A música, o ambiente e aquela fumacinha no ar dão um aspecto místico que emociona muita gente. Eu vou nesse Forró desde que comecei a sair de casa, e antes mesmo de sair eu já morria de vontade de ir. Esse ano será a 22ª edição. Dizem que nas primeiras edições o palco era menor a festa era só pra conhecidos, clientes, amigos do dono e o ritmo era só forró mesmo, com o passar dos anos os estilos foram mudando, a popularidade da festa foi crescendo e hoje ela é bem mais abrangente, tem blues, reggae, músicas regionais mas o último show do sábado lá pelas 4h da madruga é sempre forró. Os shows principais são MPB, já vi lá Nando Reis, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença, Jorge Ben teve até o Grande Encontro, que eu não vi porque era muito nova minha mãe não deixou eu ir, esse ano tem Lenine. Espero um dia, quem sabe, ver Vanessa da Mata ou Seu Jorge naquele palco. S2
A festa funciona assim: Você pode comprar o ingresso para os três dias e acampar a beira de um lago lindo, muitas pessoas acampam, teve vez em que as barracas invadiram o estacionamento pois não cabiam no camping. Também tem os chalés, são mais caros mas pra quem não abre mão do conforto é a melhor opção. Pra comer tem as feirinhas de salgados e comidas diversas, pra almoço e janta tem o restaurante self-service ou quem preferir pode levar a própria comida e/ou fazer churrasco que pra mim é a melhor opção. Pela manhã, quem não está desmaiado na barraca pode curtir o som no camping mesmo, a galera leva violão, canta e faz festa nas tendas, pro som não parar tem postes de energia espalhados pelo camping, o povo sempre leva um radinho pra garantir a barulheira (boa) não vale sertanejo, funk, rap nem pagode. À tarde começam os showzinhos num palco menor perto da piscina, normalmente são bandas regionais de forró, blues e rock anos 70. No começo da noite, o povo corre pra pegar a fila do banho, tem uns cinco banheiros imensos com duchas de fora a fora, mas o contingente também é grande então dá pra perder um bom tempo na fila, vale lembrar que o frio nessa época não perdoa e a água é só morninha, pra curar qualquer ressaca.  Como já sou acostumada, tenho uma lista de itens necessários no forró, já passei apuros lá algumas vezes e hoje tenho meu quite sobrevivência, lógico que pra tudo damos um jeito mas sem duvida o primeiro item indispensável é o dinheiro, e bastante, pra poder aproveitar tudo não só a festa, dá pra fazer  trilhas, conhecer a gruta e as cachoeiras, andar a cavalo (pra quem gosta e não está de ressaca). Convenhamos, depois de uns goles a vontade de cozinhar se esvai. Outra, com a festa bombando o negócio é pegar um lanche, uma pizza e comer no meio do povão vendo os shows. E o principal, por mais que levemos bebida ela sempre acaba antes da festa, não sei como, já levei o suficiente pra semanas e tive de comprar mais lá dentro, isso quando não acaba no primeiro dia. Deve ser a fada das bebidas ou os duendes do forró que limpam as barracas enquanto dormimos. Importante... Lá tudo é muito caro, não passa cartão, não tem caixa eletrônico e em hipótese alguma deixe a carteira na barraca, nunca me roubaram uma moeda sequer mas a probabilidade de você encontrar sua barraca de madrugada entre tantas outras tão parecidas é 10 em 100 (isso se não tiver bebido nada rs) e caso você esteja dividindo barraca com amigas a probabilidade de pegar a barraca vazia é de 1 em 1000, invariavelmente. O segundo item e não menos importante é o remédio, se possível levo uma farmacinha, nunca se sabe né, mas engov e neusaldina  já tá de bom tamanho, não podemos deixar que a ressaca estrague a festa, e a fazenda é no meio do nada, não dá pra ir à cidade pra buscar um remédio, perderia uma tarde inteira. Quem não pode ou não quer passar o fim de semana afastada do mundo, e quando digo afastada é afastada mesmo, pois lá não pega celular, não tem internet, o único meio de comunicação é um orelhão, pode ir só no sábado pra ver o show, o ingresso é metade do valor do camping e não dá acesso a ele, mas sempre tem uns que entram afinal balada, bebida e barraca juntos é o crime. A padroeira do Forró é a Cissa, ser mitológico habitante do Vale, reza a lenda que nos primórdios do Forró um casal estava curtindo a festa em meio à musica, álcool e bruma canabiana, Cissa se “perdeu” do namorado que desesperado entrou no camping de madrugada gritando o nome da amada, acordou todo mundo com os gritos, o pessoal acampado resolveu ajudá-lo e todos puseram-se a chamá-la pelo Vale, logo os ânimos foram se exaltando diante da busca em vão, surgiram rumores de que ela estava escondida na barraca de algum marmanjo por lá. Começaram a acoplar palavrões como Cissa vadia, Cissa vagabunda ou piores, sempre inovando, mas a Cissa mesmo nunca mais apareceu. E até hoje durante a madrugada e início da manhã o pessoal chama por ela, incansavelmente, algumas vezes (eu presenciei), uns filhos da "Cissa" chamavam-na com megafones, ou seja, ninguém dorme. Esse ano combinei comigo mesma de não ir, até agora estou firme na minha decisão. Se eu faltar, será a primeira vez em 10 anos. A festa começa dia 29 e tenho tantas histórias e boas lembranças que estou coçando de vontade de ir. Mas se irei ou não, god knows. 
Só por hoje...
















segunda-feira, 18 de junho de 2012

Hibernada


Sempre fui apaixonada por TV e musica, já falei 50x mas esse é pro povo entender que apesar do isolamento eu to bem, to cuidando do corpo, da mente, da casa, enfim to dando um tempo de balada, não estou em depressão (viu M) e nem penso em me matar kkkkk. Quando era menor, assistia muita minisserie e novelas, seriados não eram tão acessíveis, mas os que tinham na época eu vi todos. Tenho 20 e poucos anos e estive pensando nunca foi tão fácil encontrar as coisas como está agora. Antes da Sky, já fazia uns seis meses que eu não ligava a TV, acho inclusive que isso foi um presente do universo pra testar meu empenho em não sair de casa, porque agora começam as principais festas na região, sábado que vem tem João Rock, no próximo Forró da Lua Cheia, e depois a principal festa da Aldeia, fora os arraias que são tão fortes no interior, e as AMIGAS não se conformam com meu isolamento, ainda chamam pra todas as festas, mas aos poucos elas se acostumarão (assim espero). Uma amiga até me alertou que posso estar suprindo a falta de algo vendo tanta série.
Ah vá, serio???
Eu que já supri essa falta com muito álcool, baladas e bocas alheias, dessa vez mergulhando em séries, considero uma puta evolução. Como esse “algo” tem nome, endereço, um numero de celular que não sai da minha cabeça e uma forte tendência a me desviar do caminho das virtudes, to evitando pensar nele, e seriado é o principal remédio. Acabei Game of Thrones, Spartacus (benzadels viu), Fringe, Weeds, Walking Dead, How I met Your Mother, Dexter, até o Lost que já acabou há tanto tempo e que eu não tinha visto tudo, agora estou na 6ª temporada do Grey’s Anatomy, já baixando Friends que não tenho completo e Big Bang Theory que vi só a primeira. Os principais beneficiados nesse caso são: meu fígado que está privado do álcool e meu inglês que está só melhorando (I’m rocking).
É difícil falar qual é a melhor, pois depende muito do gênero e da fase da vida em que eu assisti, cada uma tem seus méritos. Já amei o Dawson’s Creek, o O.C, o Gossip Girl, Smallville, One Tree Hill e passou. Pra mim, no topo de todas as séries está o Sex and the City, não sei dizer se é a melhor (acredito que seja) pois foi a única que eu COMPREI o box com todas as temporadas e nunca me cansei de ver, foram as melhores risadas da minha vida.
Eu baixo cerca de 10 episódios de seriados por dia e assisto com a mesma gula, o que atrapalha um pouco é a faculdade. Já passei séries pra algumas amigas, viciei algumas também, mas nenhuma como eu. Uma delas, a “O” nem assiste, a nóia dela é baixar, baixa pra mim, pra ela, pro pai dela enfim, é minha principal fornecedora.
Um tempo atrás entrei no twitter e ri muito de uma postagem dela, tava assim: SOPA?? Deixa eu checar se a Aldeia já foi presa!!! (Pensei: Eu né!? Se ela não foi, eu jamais serei).
Graças a Alá ninguém do FBI nos procurou ainda rs. Meu HD ta implorando pra eu parar, compro umas 20 mídias de DVD por mês pra aliviá-lo, tenho consciência de que já virou um vício, mas não posso evitar, qualquer tempinho que eu fico em casa já quero ver alguma coisa. Quando fiquei sabendo do sopa confesso que entrei em pânico e baixei desesperadamente tudo que eu consegui. Por sorte alguns sites resistiram, tá mais complicado encontrar as séries ou temporadas mais antigas mas nada que um pouco de esforço não resolva. Creio que ficará cada vez mais difícil postar no blog mas difícil não é impossível, alguma coisa eu postarei rs. E como isso pode ser só uma fase (amém), um dia eu volto com tudo. Tenho uns textos antigos quase prontos, fui adiando e acabei esquecendo mas conforme for terminando vou postando, alguns inclusive poderão estar sem final, pois certamente não lembrarei dos detalhes.
Só por hoje.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Festa à fantasia...




No começo do mês fui a uma festa muito tradicional aqui na região, rola uma vez por ano e é organizada pelo pessoal da Medicina e Enfermagem da USP. Apesar de ser aberta a todos, o publico é quase que exclusivamente universitário, decidi ir de última hora e não tive tempo pra planejar uma boa fantasia, fui de policial/Lara-croft, estava muito MUITO frio e esse foi o mínimo de roupa que eu consegui suportar, o open bar cuidou do resto. 
Caso eu tivesse mais tempo pra me preparar queria ir de Amy Winehouse mesmo que também não fosse ganhar o premio pois a onda Amy já passou. Até tinha umas lá, tinha Amy traveco, Amy porra louca fim de vida e a que eu achei mais legal, a Amy luxo. Ela estava incrível, o cabelo era original muito bem penteado e preso, a maquiagem parecidíssima, as tatuagens bem desenhadas e o vestido impecável, o tamanho e magreza da menina ajudaram. Eu paguei muito pau, fiquei emocionada de vê-la e pelo tempo que pude ficar perto observei minuciosamente o figurino, estava caprichado, o problema foi a cara da menina, uma cara de patricinha, enjoada sei lá, perdeu o encanto na hora mas como o intuito era a fantasia, ela foi nota dez, já no quesito performance só não foi nota zero porque assim como a Amy verdadeira, ela não soltava o copo rs. Eu queria de ir de Amy, primeiro porque ela era autentica, tem um cabelo único, as tatuagens nos braços são fáceis de imitar e os trajes hiper marcantes. Segundo porque eu sou MUITO fã dela, seria uma honra poder ir ao menos parecida, mas não foi dessa vez.
Sei de pessoas que prepararam a fantasia com semanas de antecedência, tem gente que aluga, tem quem compra em sex shop algo compatível (ou não) com o evento, e vale a pena mesmo a festa é bem feita, é open bar, não é na Aldeia e só dá universitários.

O Back to Black, segundo cd é o mais famoso acho ele óteeemo, adoro as musicas considero perfeito e minha preferida, se é que tenho uma preferida é a homônima, acho linda, intensa, a letra é incrível, tem muito “a ver” comigo.  Mas hoje em homenagem a ela, vou postar aqui uma das músicas mais lindas que eu já ouvi. Uma música que me faz parar de fazer qualquer coisa pra prestar atenção, aumentar o volume, fechar os olhos e viajar, é uma do primeiro cd o Frank chamada In my Bed o toque, a voz dela nessa música em especial é pra chorar mesmo, foi o ápice da Amy. Eu já garimpei em todos os CDs, todos os singles, tenho musicas raras dela e sem duvida no Frank ela estava em sua melhor forma, ainda não tinha as tatuagens cadeieiras, aparentava ter mais saúde e cuidado consigo, o clipe também é fantástico é quase uma outra pessoa e musicalmente ela já tinha experiência e potencia na voz, só não tinha muita liberdade pra ousar como fez no segundo álbum quando começaram os escândalos, envolvimentos em polemicas e drogas pesadas. Eu não estudei música, não sei tocar nada, sou mera apreciadora mas gosto muito, muito mesmo. In my Bed (pra mim) foi a música que mostrou quem era a Amy e abriu as portas pra ela ser o que é, o exemplo perfeito do new jazz, estilo que eu torcia tanto pra pegar seu rumo e mudar ou ao menos mexer com a indústria musical que está cada vez mais patética. Enfim, pra mim, uma música perfeita.


Da festa eu falo outro dia, essa merece rs.

Só por hoje...

A melhor notícia do ano...



Tô tipo a Gisele nessa foto, esticada no sofá com o controle na mão. Acordei cedo sábado (cof cof meio dia vai) estava saindo de casa, meu vizinho novo me chamou e me ofereceu o melhor presente que poderia ganhar no ano. Ele é professor de teologia/filosofia/historia tem uma biblioteca imensa em casa e até já me deu alguns livros perfects, entre eles A Menina que Roubava Livros que estou lendo atualmente. Ele estava no apartamento da vizinha de frente e me chamou pra perguntar se eu gostaria de ter Sky. Precisa explicar que pra uma pessoa apaixonada por TV, filmes, séries esse é o sonho de uma vida? Não né. Respondi que sim, ele me mostrou uns aparelhos que estavam no sofá, e enquanto dois rapazes instalavam um dos aparelhos na TV da vizinha, ele me contou que havia mudado de pacote, aumentado pra um melhor (bem melhor), um completo onde tudo é liberado Warner, Fox, Fx, MGM, AXN, todos os HBOs e todos os TeleCines, vários canais em HD (meus olhos brilharam) e mais... contou que como brinde ele ganhara 3 pontos (acho que é esse o nome) adicionais gratuitos. Ele disse que só tem uma tv, não precisava de todos os pontos e que devido à proximidade dos apartamentos, estava instalando um na vizinha e perguntou se eu queria um dos pontos pra por na minha tv também. Fiquei animadíssima, pensei um pacote desses dividido em 3 pessoas ficaria muito viável, falei que gostaria muitissississimo rs e ele disse que aumentou o pacote pra ele mesmo, pelos canais que ele quer ver e estava cedendo os outros pontos pra gente, que não precisávamos nos preocupar com nada, e que se eu não estivesse com pressa de sair eles já instalariam pra mim naquela hora. Que pressa uma pessoa pode ter diante de tal oferta? Eu esperaria o dia todo se fosse preciso mas em menos de 30 minutos já estava pegando Sky na minha tela *.* Apesar de gostar tanto de tv, filmes, séries e derivados nunca tive TV por assinatura, primeiro porque os melhores pacotes são os mais caros, segundo que eu mal paro em casa o trabalho e faculdade consomem todo meu tempo não compensa pagar tanto pra usar tão pouco, e terceiro com a pirataria em alta eu posso muito bem baixar os filmes e séries que queira e ver quando puder. Mas como já dizia meu tio: "de graça... até ônibus errado" rs nesse caso farei um esforço pra sobrar tempo pra usufruir todas essas vantagens. Eu tenho medo  de deixar de fazer certas coisas por causa de tv, tipo deixar de ler os livros que me interessam, deixar de escrever, de estudar, medo de nunca mais sair de casa, de nunca mais dormir na vida e da vida sedentária que me aguarda, mas eu sou forte, eu aguento rs e ainda assim estou indescritivelmente feliz s2 s2 mil corações s2 s2.

Pra todo o sempre, amém.