A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Insubstituível

Vai fazer muita falta, sem dúvida, apesar da vida loca, era uma pessoa de alma incrível e deixava isso bem claro em suas músicas, maravilhosas by the way. Singela homenagem perto do que ela significa pra mim como naquela música dos Beatles cuja a própria fez uma versão To Know Her is to Love Her.  
Se as boas garotas vão para o céu e as más pra onde quiserem, qualquer que seja o destino, bon voyage Amy.

Hoje e sempre.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aprecie com moderação...

Dias atrás começou o remake de uma novela/minissérie O Astro, eu vi o comercial um pouco antes e teve uma cena de beijo lá que me deixou até com sede, pensei em assistir até porque coincide com meus horários e eu gosto bastante de minissérie (principalmente as que contam historia reais, mas não é o caso desta) por ser mais curta que uma novela as coisas acontecem mais rapidamente, os diálogos são melhores, mais sucintos enfim, enrola menos. Semana passada vi o primeiro e segundo capítulo e nada do beijo, o terceiro e o quarto eu perdi, ontem a noite consegui pegar o comecinho do episódio, engraçado que eu nem entendi direito começou com a Carolina Ferraz e o Raj de frente um para o outro, ele já tirando a roupa dela, e beijando (põe beijo nisso), e jogando na cama e mostrando as costas de um, pernas de outro,  um quarto lindo, uma cama enorme, lençol branco, vários travesseiros enfim um sonho, cenas bem fortes pra uma pacata noite de terça, e já estou sabendo que é só o começo rs. Lembrei dos comentários que ouvia da outra novela quando esse ator Rodrigo Lombardi era o Raj e "pegava" o elenco inteiro, deixava a mulherada viajando, se for ver, eu não acho ele tão bonito, o lance dele é a química que tem com todas, ele é tão bom, tão intenso nessas horas que não tem como não mexer com a libido feminina. Minissérie apelativa é assim aproveita o horário permissivo e é cena após cena, logo já mostrou o Marco Ricca deitado numa cama de cueca boxer preta, e ai simmmm... Esse ta com tudo em cima, que pernas, que corpo, que barba e a pinta de cafajeste, coroa lindo um je ne sais quoi de Empório Armani, meu numero, paguei pau. Achei interessante também a igualdade dos sexos, acho que o povão ta abrindo a mente agora os homens também estão aparecendo com muito pouca ou nenhuma roupa, está na média de um por episódio. E dalhe 23h. Agora a trilha sonora é um fiasco, a de abertura é o fim da picada, é tristeza pra vida toda ouvir aquilo, meu deus, fala de dentista, de vertigem, não sei o que é pior a letra ou a interpretação, dá vontade de por a TV no mudo até acabar. Tem a música tema do Raj com a Ferraz que é antiquíssima se bobear acha naqueles DVDs de flashback, mas é boa, só num lembro o nome agora. O professor Abobrinha de mordomo foi o pior da noite, não consegui ainda desassociar a imagem dele à do Castelo Ratimbum, to tentando. Se a inauguração do novo horário de novelas globais vai dar certo, se a minissérie vai render, não sei e pouco me importa, vou assistir enquanto puder, que estou me divertindo, isso eu to...

Só por hoje...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Absoluto...

Eu acho difícil um treinador ídolo ou não, arrumar/levantar um time como está o Inter, os garotos de confiança do treinador estavam todos de fora Juan, Oscar na seleção sub vinte, Tinga e Andrezinho machucados e nada de reforços, assim o Falcão não conseguiria ir muito longe mesmo, achei injusto só contratarem depois da demissão dele. Por que não contratou antes? Por que não trouxe os reforços prometidos? Anunciarem as contratações junto com a demissão dele não cheira à armação? O Sr. Luigi  que assina os cheques não contratou ninguém, fez o Falcão se virar com o que tinha e se tratando de Nei, Bolívar e jovens da base me admira não termos tomado de 5 ou 6. O Falcão não foi ruim como dizem, vejam que com o time completo e ainda sem grandes estrelas mandamos 2 goleadas e contra o líder do campeonato jogamos páreo a páreo, a vantagem deles foi a qualidade de um único jogador. Pra mim o Falcão com respaldo necessário poderia ter feito o Inter jogar bonito como o Barça que era a intenção inicial dele, mas com esse time nem o Muricy top of mind do Brasil no momento não duraria muito. E me dizem que não adianta chorar o leite derramado, então só nos resta esperar que venham os reforços, o novo treinador e que nosso INTER conquiste uma vaga pra libertadores 2012. Vamo Vamo INTER...

Só por hoje...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tarantino me entenderia...

Seria preciso mudar de estado/país para perder o vínculo com certos entes “queridos”? Caso fosse, minha avó seria a única da qual eu sentiria falta, os outros cada dia que passa, mais se fortalecem no titulo de persona non grata em minha vida, resolvi declarar meu ódio publicamente, escrever para não matar ninguém, pelo menos não esse semana, anos após meu nascimento minha mãe casou-se e teve um filho, na época eu adorei, pois era novidade um bebê em casa, mas esse animal que minha mãe pariu aos poucos foi tomando conta de tudo e todos, pra mim sobrava só a culpa, o moleque caía a culpa era minha, o moleque se machucava a culpa era minha, roubava meu dinheiro a culpa era minha, se perdeu uma vez no parque da festa mencionada no post anterior eu que apanhei por perdê-lo e o desgraçado era grudado em mim, lembro que eu não podia sair pra brincar sem que ele fosse atrás, eu fazia aula de natação quando tinha uns 14 anos, as amigas passavam em casa pra irmos juntas e o fidumaputa começava com as crises, chorava, esperneava, grudava na bicicleta, corria atrás berrando pela rua e minha mãe ridícula caía nas armações dele, resultado eu não sei nadar até hoje. Minha mãe prova viva do complexo edipiano que Freud já explicou idolatrava o aprendizducão e fez de mim a terrorista da família (até hoje), o colocava antes e acima de mim sempre, lembro até hoje dos gritos e olhares de desaprovação, mas eu já havia me conformado já que a única frase que eu ouvia era você é a mais velha tem que entender, tive uma irmã depois, mas com ela os problemas foram infinitas vezes menor talvez devido à idade ou personalidade sei lá. Como já era previsto ele dominou tudo sempre fez o que quis como quis com apoio/omissão de todos, penso que o problema era inveja, ele sempre teve tudo de bandeja, menos capacidade de me superar, quando não podia ter o que eu tinha quebrava minhas coisas, fez isso com minha televisão, meu radio e meu computador, todos comprados com meu dinheiro e o que eu ouvia da minha mãe quando isso acontecia? Não devia deixar a TV ligada. Sobre o computador? Deve ter sido um rato. E a inveja não se limitava a coisas materiais ele queria sim minha bicicleta, meus livros, queria meus amigos, meus cursos, desde criança a aptidão o abandonara, a burrice sempre o dominou, uma vez minha irmã veio me pedir ajuda para fazer um trabalho da escola sobre Carlos Drummond de Andrade, minha resposta foi a que ouvira a vida inteira “SE VIRA”. Ela, sem recursos pediu ajuda a Sua Excelência A Mula e eis que após rir e menosprezar a falta de informação da garota, expressou sua superioridade diante os demais da maneira mais honrosa possível dizendo “Menina o que você faz na escola que não sabe que ele inventou o avião?”. A frase entrou como um tiro na minha cabeça e mesmo que inclinada a calar-me e deixar o ambiente inundado de orgulho paterno mediante o ato de boa vontade e sabedoria do filho pródigo, pensei em me calar deixando o próprio Drummond ressuscitar só pra poder se matar de novo, não poderia permitir que a minha irmã entregasse tal asneira devido à burrice alheia. Pedi a ela que me acompanhasse até o quarto enquanto explicava em bom tom e de fronte aos pais orgulhosos que Carlos Drummond de Andrade o ilustre poeta e Alberto Santos Dumont o inventor do avião não eram a mesma pessoa, um silêncio perturbador paira até hoje naquele cômodo. O tempo passou meus planos de matá-lo também, até bati nele, mas por incrível que pareça não era pra valer, algo me impedia de me empenhar realmente, ARREPENDIMENTO mortal talvez se eu tivesse arrancado dentes, quebrado partes do corpo, mostrado na época como devia ser a convivência, hoje seriamos amigos, mas eu não fiz. Anos atrás a coisa ficou insuportável e eu chutei o balde, saí de casa, fui morar com minha avó temporariamente, hoje moro no meu AP e apesar das desvantagens financeiras de morar sozinha, há muitas vantagens, saber que ao chegar em casa tudo estará como eu deixei, nada quebrado, nada riscado e um pouco da paz que eu sempre busquei pra minha vida, um pouco pois aquele jumento em forma de gente não consegue sequer fazer uma recarga de telefone pelo celular, ai minha mãe me liga pra eu por créditos pra ele pelo meu celular, eu lógico não faria isso nem sob pena de esquartejamento, informei isso a ela e, como recusar algo ao god in earth dela é declarar guerra, eu o fiz. Ela como sempre me esculachou e o problema maior é que não volta só uma coisa, em poucos segundos minha cabeça traz um turbilhão de lembranças de toda injustiça e privação pelo qual passei e a raiva só aumenta. Pensei em falar as coisas que estão presas na minha garganta e mandar os dois para “um lugar bem divertido”, mas como eu estava no serviço não é de bom tom rasgar o verbo mostrando o meu vasto e adorável vocabulário, mais uma vez calei-me.

Só por hoje...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Semana de festa na Aldeia...


Domingo, acordei às 8h para assistir ao desfile de abertura da festa tão tradicional quanto ela mesma, tive a impressão de ter chegado tarde, pois o ambiente já estava lotado. Minha amiga “T” com quem marquei de ir, mora muito perto da avenida do desfile e disse que tinha pessoas acampadas nas praças ao redor para guardar lugar, fora os que já saíam da festa e lá ficavam bebendo “virados”, tiro o chapéu pra esse pessoal muito mais animado que eu, porém hoje já não dou conta de tal peripécia rs. Enfim cheguei passei protetor solar, sou consciente nesses casos, sei o quanto o sol maltrata a pele, como o resto num vale muito comi um kibe e já comecei a beber, “T” tirou duas latas da geladeira e fomos pra rua, praças e ruas lotadas de carros (verdadeiros trios elétricos), tendas armadas para esconder do sol, churrasqueiras fumegantes rapazes de chapéu e biscates de xadrez e bota (essa ultima segundo “J” outra amiga minha) detalhe, eu estava de xadrez e bota, mas fingi que não ouvi pra não causar conflito, eu não criaria caso a essa hora da manhã. Fomos encontrando um e outro conhecido, a mãe da “T” estava estralando um churras na casa dela com alguns amigos e parentes, ou seja, bebida e comida pro dia todo, as tropas passaram, os carros-propaganda e caminhões de empresas como já é de praxe fazendo o buzinaço, o desfile em si deve ter durado no máximo até as 14h, mas nós fomos até o talo, fui embora era umas 18h, a “T” disse que ficou até as 20h não agüentou e desmaiou em casa. No meu Ap. comi resto de macarrão, pois estava sem coragem de fazer outra coisa, cansada e ainda entorpecida, estendida no sofá não esperava nada além do Pânico na TV pro meu domingo e mudando de canais vi na TV local o povão chegando na festa e as entrevistas comédia lá dentro, comecei a me desesperar (literalmente) imaginando que algo muito importante  podia acontecer e se eu ficasse em casa perderia tudo, caí em tentação liguei para “N” e “L” minha dupla sertaneja de amigas que estão em todas rs, “N” pé de cana também não agüentou o batidão do desfile, desligou o celular e provavelmente morreu. Eu em 40 minutos já estava na “L” onde a irmã e outra amiga dela também me esperavam. Entramos na festa, de cara pensei que seria pisoteada, creio que todas as pessoas do mundo estavam naquele local era show do Victor e Léo, mas eu não estava lá para vê-los ainda bem, pois caso fosse, melhor seria ter levado minha cama, nunca senti tanto sono em um só show, mas as meninas queriam sim vê-los e me arrastaram com elas, as musicas são conhecidas e muito Muito MUITO românticas, casais se beijando e se declarando era só o que se via, um rapaz veio falar comigo cantadinhas óbvias e desinteressantes, disse que era gaúcho, mas morava em Sampa, pra não ser mal educada falei gaúcho de INTER ou grêmio, respondeu INTER (ponto dentro), falei que eu sou paulista e torço pro INTER também, ele não se conteve disse nossa então vamos dar um beijo Colorado (ponto fora), quase caí pra traz e fui saindo à francesa, ele não desistiu deve ter achado que eu falei aquilo pra pagar pau (ponto fora otravêis), quando falei um NÃO descaradamente, ele disse mas você não é Colorada então me dá um beijo, deixei ele falando sozinho e saí pensando que, pela lógica dele, imagina se eu torcesse pro Corinthians, tava no sal. Já que amar tava difícil o jeito era beber e assim fizemos, depois de umas latinhas e vários gritos de “Xuxa divide esse homem comigo”, fiquei sem voz, a poeira e o frio fdp contribuiram e eis que estou como se tivesse engolido um sabugo de milho, o  mantra show acabou o povão tomou o rumo de casa e nós também, duas das meninas ficaram lá, eu e mais duas paramos na saída para comer alguma coisa, amenizar o efeito do álcool e quando achei que nada mais fosse acontecer, enquanto esperávamos na barraquinha do lanche um senhorzinho muito bêbado puxou conversa, disse que estava comprando lanches para os cachorros dele, oito cães, eu lógico duvidei e devido a minha língua grande tomei um toco, ele disse e sabe que você parece uma cachorrinha minha, pequenininha mas lindinha Nem precisa falar que as meninas perderam o fôlego de rir né, mas a alegria delas durou pouquíssimo, ele logo falou que a “L” também parecia uma cachorra a maiorzinha zóiuda, ele não poderia ser mais específico bateu bem no ponto fraco dela, eu achei merecido. Como a terceira que estava conosco não se pronunciou puxei o assunto, perguntei se ela não parecia com nenhuma das cachorras, ele respondeu não, ela parece com uma namorada que eu tive na mocidade... Achei que pra uma só noite já estava de bom tamanho, um show depressivo, eu falando igual o pato Donald, uma cantada absurda e dois tocos de um bêbado. Voltei pro meu aconchego.

Só por hoje..


PS: Mesmo com tudo isso, minha cara seria a da foto se eu não tivesse ido...  =S

quarta-feira, 6 de julho de 2011

E por falar nele...




O frio me afeta, fico chorona e emotiva, esse frio romântico me incomoda, prefiro o verão com paixões avassaladoras e desajuizadas. Se bem que to querendo sossego ultimamente, querendo distância de amores loucos que chegam sorrateiros como um cavalo de tróia atiçam a curiosidade e dissimulados entram, iludem, manipulam, usam, prendem e quando menos se espera eles mostram as garras, acabam com tudo devastam, em meio a brigas ele vai e vêm por vezes incontáveis e até por não ter mais força para levá-los, deixo-os ir, doa a quem doer, serão dias de choro, noites sem sono, meses inconsoláveis em casa, é desolador eu sei, mas antes assim, vir e deixar sua marca pois pior são os insossos, amores que vem, vão e não causam reação alguma, o frio na barriga não dura muito, a vontade de estar por perto logo se finda, como já disse Zeca Baleiro “antes o atrito que o contrato”. 
Só pra reafirmar eu não quero nada just for while, mas se tiver que vir, venha com tudo pra marcar e arrasar.

Só hoje...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exatamente há um ano..

Todo ano nessa época temos na cidade uma festa muito importante pro pessoal daqui, algumas dessas pessoas guardam economias o ano todo pra torrar nessa festa, no ano passado fazia pouco tempo que eu ficava com o “A” e como ele não podia ir, pois a ex ainda estava distribuindo tapas e barracos gratuitos a quem estivesse perto dele, ele me chamou para ir a um churrasco em comemoração ao niver de um amigo, ficamos a tarde toda enchendo a cara e avisei que eu iria à festa com meu primo “D” que abandonou a Aldeia há alguns anos e só veio pra isso, meu primo coitado foi bem antes de mim com a parentaiada, minha tia, minha mãe, alguns priminhos, e o filho dele passearam, viram as vacas, andaram no parque de diversões e essas coisas de criança, marcamos que quando ele despachasse a turma me ligaria para a hora dos adultos rs. O lindo “A” fez questão de me levar em casa pra tomar banho e depois ainda me deixou na festa apesar de não entrar, pela amizade que tenho com meu primo eu sabia que valeria a pena mesmo sem ele, adentrei ao recinto encontrei meu primo demos umas voltas, quando acabou o show sei lá de quem fomos a melhor parte, a festa dentro da festa, é o camarote de um rancho muito tradicional aqui na Aldeia, onde a galera é mais jovem, as pessoas mais interessantes se bem que infelizmente oferece mais do mesmo sempre caras fortinhos metidos a  milionários e as meninas aspirantes a panicats, como fui pra beber e dar risada com meu primo nem dei moral pra esse povinho. Eu reforço que já tinha bebido muito durante a tarde e retornamos a ativa lá dentro, mas dessa vez no red-red (whisky com energético) foi um, dois, três, ai um de novo, dois de novo e eu já não sabia mais fazer conta, rolei de rir do “D” que contava que quando criança/adolescente não tinha dinheiro pra ir, ia a pé nos dias que não pagava entrada e que comia bastante em casa pra não sentir fome na festa, hoje ele vai no camarote come e bebe o quanto quiser, ficou até emocionado, e ele merece o lugar que está hoje. Como sertanejo é o que predomina no interior de São Paulo, não poderia dar outro ritmo, eu não gosto, and I swear of god que não tenho nenhum cd ou DVD disso em casa, mas não ligo quando rola isso nos lugares, afinal tá no inferno abraça o capeta e na balada eu não to nem vendo, visto a bota, chapéu, cinturão (metaforicamente) e caio na pista. Encontrava umas amigas minhas e logo me perdia delas novamente pois ao contrário de mim elas ficavam explorando o ambiente, em um desses encontros deixei meu primo conversando com uma pseudopanicat e dei uma volta com elas, em meio aos fortudos encontrávamos sempre um povim de fora, de cidades da região alguns até bem afeiçoados, assim, um ou outro chamava pra dançar eu já lançava que não sabia, mas eles sempre insistem e eu não me fazia de rogada, uma hora fiquei até com vergonha de tão bonito que era rapaz e pior, que poderia insistir tanto para dançar comigo, tava na cara que ele não era daqui enquanto conversamos percebi a fatídica iniciativa dele em me beijar, tive de recusar, chorando mas o fiz não poderia beijá-lo sabia que a culpa me perseguiria e o “A” não merecia tal adorno. Resolvi voltar à presença do meu primo que, primo ou não, espantava investidas masculinas, mas não durou muito, as meninas vieram ao meu encontro e junto delas os rapazes. Em partes foi bom, pois conversar não mata e não gera chifre, se bem que intenções sim e pensando nisso eu fiz uma besteira, to confessando agora no meu blog quase anônimo, pois já não tenho esperança alguma com o “A” e depois dessa não devia ter mesmo, mas tínhamos acabado de nos conhecer, a ex dele estava perturbando, não tínhamos assumido um namoro ou coisas do gênero e a festa é uma vez ao ano, muita gente de fora, não querendo me justificar mas já o fazendo, são bons motivos concordam? Não né? Eu sei, eu não presto, mas sou assim, impulsiva e como diria Vanessa da Matta, “não me deixe só”, by the way acho que essa música foi feita pra mim, mas voltemos ao assunto, encontrei novamente o rapaz bonito que dançou comigo ele disse que conversamos tanto e ele ainda não sabia meu nome, sem pensar duas vezes respondi Ana (mesmo não sendo, jamais falaria meu nome pra um estranho e de outra cidade) ele não questionou, eu perguntei o dele que prontamente respondeu Jason no inglês mesmo (dieison) eu rolei, falei você ta mentindo pra mim, ninguém pode chamar Jason, isso é nome de assassino de filme, você está me zuando não quer falar não precisa, mas eu não acredito que seja esse. Ele tirou a CNH me mostrou e era isso mesmo, me senti até mau, vejam só eu que não me chamo Ana duvidando do nome do rapaz, o tempo passou e mais um copo e outro e beijos e tal, me “lembrei” que até então não havia sequer perguntado o nome dele, e ainda disse isso assim super espantada na maior ingenuidade me fazendo de distraída, ele sem entender direito disse lógico que já, você me perguntou sim. Eu reafirmei, imagina só, não perguntei não, como eu não lembraria? Ele começou a rir, achou que eu estivesse brincando e falou meu nome é Jason. Eu olhei pra ele e juro falei, mentira ninguém chama Jason. Voltamos às discussões sobre o nome, por fim ele disse que tinha até me mostrado o documento e disfarçou, eu sorri e disfarcei também, achei que resolvera a situação mas o pior ainda estava por vir, minhas amigas me gritaram pra dizer que iam dar uma volta, elas gritaram o meu nome, o VERDADEIRO e eu atendi, imaginem a reação do moço ao saber que após tudo isso eu não era a Ana, ele acabou a bebida disse que ia procurar um amigo. Eu, com o copo e o coração na mão fiquei parada vendo ele se perder na multidão. Realmente esqueci que já havia perguntado o nome do rapaz e por duas vezes, só me lembrei quando ele disse que tinha me mostrado a identidade, mas já era tarde. Só pude temer pela minha alma.

Só por hoje.