A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

sábado, 10 de março de 2012

Metáforas...


Ontem como a aula estava muito chata fui pro bar no intervalo tomar uma ceva pra ajudar na concentração rs não funcionou, pelo contrario só me alienou mais, como eu já não estava com muita vontade de prestar atenção resolvi isolar as palavras da professora e focar na minha construção de idéias paralelas, vulgarmente conhecida como “viajar”. E pra explicar exatamente minha divagação terei que contar uma pequena historia de amor. 

Nunca fui aficionada por carros, nunca comprei revistas sobre o assunto, não sei nome de peças, nem preços, sequer tenho carro, sou apenas uma observadora com bom gosto e tem uma marca que eu pagopaupracaralho, a Land Rover e um carro que me faria cometer uma loucura é o Evoque. Sou adepta dos modelos SUV (acho a minha cara). O Sorento, o Captiva, o Duster, o Troller e derivados desses off-road classudos me atraem muito, não financeiramente mas quando me imagino com um carro, é nesse estilo.
Um dia, em algum site, descobri esse Evoque novo modelo da Land, e eu, que não tenho humildade alguma no meu coração, me imaginei passando em cima das pessoas e até dos carros da Aldeia com ele, não posso negar, foi amor a primeira vista S2 e desde então sempre que pensava em um carro era esse meu escolhido, fiz inclusive um slogan só nosso: Range Rover Evoque, passe em cima de tudo.
Minha mãe que sequer sabia pronunciar o nome já o chama de Range ou Evoque assim como eu. As amigas também não conheciam, pesquisaram na internet e já sabem qual é, enfim no meu meio social todos percebem e entendem nossa afinidade.
No carnaval pegamos a estrada rumo à praia e eu mal dormi na esperança de ver uma Evoque descendo a serra e nada. Lembro que comentei com uma galera na praia que eu gostaria de ter ou mesmo ver uma dessas, mas foi só um comentário distraído e caipira de alguém que mora numa Aldeia de no máximo 10 postos de gasolina. Por ser um carro importado e relativamente caro, é normal não vê-lo em cidades muito pequenas, mas sábado passado ou retrasado cheguei na edícula duma amiga pra tomar sol, beber e fazer essas coisas de verão, o irmão dela que foi conosco à praia e sabia da minha paixão, disse que havia visto horas antes e aqui mesmo na Aldeia a tão cobiçada Evoque dos meus sonhos. Eu logico duvidei, fiz o rapaz jurar que era verdade, informando a cor e o local onde tinha visto. Só não fui ao encalço do meu santo graal porque não sou louca e não quis perder aquele sol lindo. Restou eu acalmar meu coraçãozinho e esperar, pois se realmente existia uma dessas aqui, eu não tardaria a vê-la.
Dito e feito, ontem na hora do almoço a caminho de casa, eu estava numa esquina onde o PARE era meu, meio que já calculado pelo destino, fiquei esperando os carros passarem e adivinha qual o carro que passou vagarosamente se exibindo pra mim? Ele o mais lindo, o mais luxuoso dos SUVs o Range Rover Evoque branco, meu sonho quase realizado (já que no sonho completo ele seria meu e de outra cor) chorei de emoção e tristeza, de emoção só em vê-lo mesmo, imponente, poderoso e de tristeza, pois eu não serei mais a primeira a ter uma Evoque na Aldeia. Em casa ainda muito emocionada mal almocei fui contar à minha mãe o ocorrido. Ela, muito irônica perguntou como eu me sentia já que a minha Land não seria mais a primeira da Aldeia. Expliquei que a minha será vermelha com o teto branco e não inteira branca como a outra. Ela riu do meu bom humor diante dessas situações catastróficas e voltei ao trabalho, lá umas quatro horas se passaram e fui com uma amiga a “C” comprar salgado na padaria do outro lado da rua, retomei o assunto da Evoque e ao atravessar a rua, juro por Alá que uma Range Rover Branca quase me atropelou estacionando num 45 na minha frente. Se eu não tivesse alguém de prova, ninguém acreditaria, eu que nunca tinha visto nenhuma, vi logo duas e no mesmo dia. Segurei o braço da “C” e falei (rindo dessa vez) pelamordomeudeusduceu é ela “C”, é a land que eu vi no almoço. Olhando de frente eu jurava que era a mesma, mas ao vê-la inteira percebi que não, esse era outro modelo da Land, uma Freelander 2, acho que é uma antecessora mas não sei dar detalhes. “C” a amiga, riu comigo do susto e da situação comentamos que engraçado seria se fosse a mesma e o assunto adormeceu.

Voltando a teoria interessante criada durante delírios em sala de aula. Se o mais robusto, exótico e apaixonável dos carros apareceu em dobro pra mim ontem, não seria isso um sinal pra eu perceber que... (entra a trilha sonora com PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES ou MAIS DO MESMO) o individuo dos últimos posts não é a ultima bolacha do pacote? A Aldeia é sim escassa de opções, cidade de gente chata, hipócrita, que vive de aparência. Mas se eu, nessa cidade minúscula consegui ver 2 Land Rovers raríssimos no mesmo dia, não é possível que entre os 60 mil habitantes daqui não há um homem (livre dessa vez) que faça o que o outro fez com a minha cabeça. Que no meio desse monte de carros eu encontrei Evoque, Freelander, Troller vermelho, Sorento e até um Camaro que não tem a ver com a história, mas também já vi por aqui, eu vou encontrar um outro cara engraçado, inteligente e menos vadio que me dê a paz que o outro dava, e que esse talvez seja o meu Range Rover Evoque.

Só por hoje.

ps1: Acho que Land Rover é a marca e Range Rover são os modelos, não tenho certeza.
ps2: Achei meu pen drive dentro do cesto de roupa suja, nunca lavei roupa com tanto gosto na vida. Que dia lindo, a/...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mó vacilo, minha vontade era fugir...


Embora tenha excluído ele de todas as redes sociais, existem fatores que me façam vê-lo mais do que gostaria, já os considero engraçados por falta de alternativas. Ex:
Meu professor com quem tenho muito contato é um grande amigo dele, eles trabalham no mesmo corredor, assim sendo, é muito provável que ele saiba sobre a gente. Inevitável olhar pro prof. na sala e não pensar se ele sabe, o quê ele sabe e até onde ele sabe. Enfim não dá pra evitar meu professor porque... pasmem, eu trabalho com ele, isso mesmo, eu trabalho na mesma empresa que os dois, são setores diferentes, ufa, mas já foram bem próximos, loooogo, são incontáveis trombadas pelos corredores, relógios de ponto e estacionamento. 
Pra piorar, no ultimo sábado perdi meu pen drive em algum lugar entre o serviço e a casa da minha mãe, a lei de Murphy (aquela linda) com certeza vai me sacanear e alguém que não deveria vai ver as coisas que tem nele. Um misto de fotos do meu carnaval na praia, uns clipes calientes da Lana Del Rey, a música “peacock” da Katy Perry que eu achei muito comédia e baixei pra mostrar pra umas amigas, vários episódios do Weeds que eu estava passando pra uma galera da faculdade e pequenos textos que sobraram de postagens do blog, alguns quase finalizados, alguns sem edição ainda (muuuito comprometedores). Meu medo é pensar que alguém vai saber o que fiz no inverno, primavera eeee verão passados, e que pra ajudar, o cara trabalha comigo. Mesmo sem nomes, pelas fotos e características expostas nos textos, não precisará de muito pra saber de quem se trata. Já me conformei com a ideia de alguém ver e, esse alguém consequentemente investigar minha vida, formular opiniões a meu respeito.. A mim restou estudar uma desculpa ou mentira mais cabível e ainda definir quem menos deveria ver isso, os colegas de trabalho ou a minha descontrolada serena e compreensiva mãe. Não posso fingir inocência, pois eu sabia bem onde estava entrando e os riscos que eu corria, mas meu coração tem vida própria e é estúpido, não fiz por maldade, não fiz pra provar nada, fiz porque tava afim havia um tempo, não me arrependi e só pulei fora porque vi que esse tipo de relação não é pra mim. Vou ficar na minha torcendo pra que caso alguém encontre meu pen drive, essa pessoa seja sensata e simplesmente apague tudo o mais rápido possível ou então, se me conhecer, quem sabe, devolva rs. Oremos...

Só por hoje...

segunda-feira, 5 de março de 2012

It's always darkest before the dawn...

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Semana passada acabei de ver o Weeds e voltei a ver How I Met Your Mother, já tinha uns 5 episódios novos (gosto de deixar juntar um pouco senão me perco), apesar do seriado ser de comédia, inclusive é um dos melhores que já vi, os últimos episódios estão muito tristes, principalmente com meus preferidos Ted e Robin. Essa musica finalizou um desses episódios e não sei se foi pelo amor que eu tenho a essa série ou pelo momento em que eu estava, mas uma lágrima escapou do meu olho enquanto assistia... Pra quem não conhece recomendo muitoooo, e quem já conhece vai lembrar dessa musica, eu já ouvi falar da banda há um tempo mas vi um só clipe em algum blog por ai e, é absurdo, mas de tão marcante eu soube que era do Florence and the Machine no momento em que a ouvi. O nome é Shake it out... Enjoy it =)

Só por hoje...

sexta-feira, 2 de março de 2012

Reflexões sobre ele e eu - 1

Underneath your clothes there’s na endless story, there’s a man I choose thats my territory, and all the things I deserve. 

Escrevi isso no meu caderno da faculdade com uma pimenta desenhada ao lado e a inicial do nome dele embaixo há um tempo atrás. Ontem passando as folhas encontrei essa frase da musica da Shakira (cof.. rs é eu ouvia sim, e gosto dessa musica), não cheguei a enviar na época, mas era pra ser um SMS. Apesar de eu usar o mesmo caderno desde o inicio da faculdade, mesmo sem data não é difícil saber a quem era endereçada.
Uma vez ouvi e concordei com a seguinte frase: A gente fala do quê o coração está cheio. Ainda penso muito nele, e entre meus poucos assuntos ele é o mais visado e mais falado. Inicialmente achei por bem, me abster de textos e reflexões sobre isso até essa fase de analise pessoal passar, como só deus sabe quanto tempo durará, resolvi que vou escrever sim, por dois motivos.
       1- Daqui um tempo vou ler esse texto e pensar nossa como eu fui boba, ou nossa nada a ver isso que eu disse, ou então, que saudade dessa época. É assim que funciona, no futuro vou ler e rir da minha ingenuidade como já fiz outras vezes, I hope so.
       2- Acho que escrever é meio que uma terapia, e quando eu tiver outro assunto falarei sobre, mas até lá, esse é meu diário kkkkk é o meu registro dos acontecimentos da vida louca que levamos nessa Aldeia que mais parece a ilha do Lost, mas sem a praia e os homens bonitos.
Não defini ao certo ainda como me sinto em relação a ele e a isso. Às vezes estou muito bem, saindo, rindo e paquerando outros caras, e às vezes quero ligar e falar que apesar da minha decisão ainda sinto falta de falar e ficar com ele.
Tem também um argumento crucial, o fato de eu NÃO ter emagrecido a ponto de caber em roupas de três anos atrás e NÃO ter me afundado em lagrimas sozinha vendo como esse caso era furado e minha vida ridícula (já fiz os dois em ocasiões anteriores), só pode significar duas coisas:
1-     Que não é assim tão grave e eu não vou morrer por causa disso.
2-    Que meu coração morreu e ficou incapaz de reagir a pancadas.

Só por hoje.