A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

sábado, 15 de setembro de 2012

Divag(ando)...


Um tempo atrás vi um filme impressionante que sempre ouvi falar mas sequer sabia do que se tratava, chama Vicky Cristina Barcelona do famosíssimo Woody Allen. Apesar de adorar filmes, não sou de pagar pau pra diretor, já vi outros dele que em nada me inspiraram, porém não sei se pela fase da vida ou a vibe do dia, esse me cativou.  Sobre o filme eu falo outros dia (talvez) achei tão mágico que a rasgação de seda poderá enjoar. E a Penélope Cruz que eu sempre achei uma água de salsicha, estava (me falta adjetivos) foi de longe o melhor papel da vida dela, merecia um Oscar rs.
Em algum momento no filme ouvi uma frase em especial, na hora anotei mas perdi sei lá. É meio que um conselho que a tia de uma das meninas dá, claro que não em forma de conselho, ela simplesmente cita a frase em uma conversa mas a câmera fecha na cara da Vicky e obriga a gente a perceber a grandeza da poesia.
A frase é mais ou menos assim: Só o amor não correspondido é romântico. Na hora me veio a mente uma musica interpretada por uma tal de Elis Regina que diz: Pergunte ao seu orixá, amor só é bom se doer. Depois ainda lembrei de outra frase que dizia algo semelhante, não vou citá-la pois não tenho memória pra tanto. Enfim já me peguei pensando no assunto por vezes incontáveis e, contrariando algumas das ideias que tinha sobre relacionamento, achei que tanta gente grande falando a mesma coisa, até que podiam ter razão. Deve ser a sabedoria dos antigos, a experiência que só o tempo nos traz.
A emoção de um relacionamento está na incerteza, na busca por sinais de reciprocidade, o ser humano é carente e possessivo. A espera é o martírio de quem ama, esperar uma palavra, uma mensagem ou uma ligação, enquanto luta consigo pra não dar o primeiro passo. A cobrança e o atrito são inevitáveis, discussões onde a gente sempre perde quando ganha, ou, sempre ganha quando perde. Muitas vezes entregamos uma peça pra vencer o jogo, e nesses casos o vitorioso demora um tempo pra ser definido.
Eu quero a sorte de um amor tranquilo, dizia Cazuza. Imagino o porre que deve ser esse tal amor tranquilo que ele pedia, pode ser bom pela segurança que se tem, pela certeza de que o outro ama e que quer ficar ao seu lado pra sempre apesar de que pra mim, esse não era o estilo Cazuza de amar (talvez por isso ele o pedia), mas amor tranquilo não vira filme, não dá ibope e principalmente não é lembrado. Duvido que alguém alcança esse tipo de tranquilidade sem enfrentar antes uma guerra.
E pode ser isso mesmo, com os amores loucos a gente quebra a cara, perde todas as fichas, derruba convicções e princípios pra aprender a entender e valorizar os tranquilos, mas não sei, ainda não cheguei lá.
Engraçado é perder horas do dia filosofando acerca da vida e seus sentidos, não chegar a lugar algum e saber, é claro, que nem vai chegar. Serão somente pensamentos e considerações a respeito. E é frustrante não encontrar respostas, não por falta de procura mas por saber que tantos já procuraram e falaram sobre o assunto e também não chegaram a lugar nenhum. Eu quero ter no que acreditar, não pode ser em vão, não faz sentido. Minha esperança em meio a tudo isso é de que um dia (viva ou morta) tudo seja esclarecido e faça o maior sentido do universo, mesmo que hoje eu não tenha a capacidade de compreendê-lo. Tô Socrática, só sei que nada sei.

Eternamente...

sábado, 21 de julho de 2012

A primeira desmascarada...


Em meados do ano passado era época de vacas gordas aqui na aldeia tanto eu como as principais amigas estávamos com nossos respectivos “rolos”, digo rolos por que nenhum deles vingou, aos poucos todas fomos nos desiludindo e restaram só histórias. Algumas ainda mantêm o contato como é o caso da Ana (agora com nomes) que apesar de ter sido enrolada por dez anos ainda tem o rolo na agenda do celular, aliás considera ele um grande “amigo” fato que seria normal se ele não tivesse passado por três namoros enquanto ficava com ela e se eles realmente tivessem parado de se encontrar. Ele faz faculdade no mesmo lugar que eu, costumo vê-lo e informá-la da situação. Já saí com eles algumas vezes nas antigas e ele é mesmo gente boa, tirando essa “enrolação” que acompanho de perto e acho triste. Dias atrás uma amiga nossa Mônica que agora mora na capital veio à Aldeia pra visitar a família e quando ela vem, faz questão de nos reunir pra atualizar as conversas e pegar uma baladinha por ai pra matar a saudade. A gente se conhece há muitos anos, ela acompanhou a saga A e H desde o início, foi até uma espécie de cupido pois é muito amiga deles. Eu acompanhei também mas de um outro ângulo, na época eu era amiga da ex-namorada dele, coisas de adolescentes rs mas nunca tivemos problemas com isso, sempre evitei tomar partido.
Quando ele soube que a Mônica estava na cidade, ligou pra Ana supostamente pra pegar o telefone da Mônica e acabou se incluindo no passeio, marcaram tudo para as 22h. Até ai tudo bem. Passível de acontecer com qualquer um, a não ser pelo fato de que uns meses antes, do nada, ele ligou pra ela dizendo que ia casar, que era pra ela esquecê-lo e sem dar tempo de resposta desligou o telefone. Ela chorou, xingou, amaldiçoou cada descendente que ele venha a ter e enfim se conformou, não se falaram desde então. Ela dizia que não pensava mais nele, que já tinha perdido a graça e que ao contrário de todas que se deixam pisar, ela quando não é bem tratada perde o encanto pela pessoa, achei palavras muito sensatas, acreditei em cada uma e até tive um pouco de inveja pensando que eu poderia também esquecer tão rápido, poder controlar o semi-infarto, o rubor facial, a sudorese ou ao menos formular uma frase completa e com algum sentido quando estou perto do “meu” rolo.
Após combinar com ele, ela ligou pra mim e pra Mônica, contou que teríamos companhia mas que seria algo rápido, daríamos uma volta pra beber alguma coisa e o deixaríamos aqui pra então fazer o planejado que era sair da Aldeia em busca de aventuras longínquas kkkk. Como ela já tinha aceitado o auto-convite, não cabia a mim alertá-la do perigo, só perguntei se teria mesmo essa coragem, como a resposta foi firme e confiante pensei só em gritar TRUCO mas acho que não falei mais nada, desliguei o telefone e me veio à mente uma frase clássica do HIMYM: it’s gonna be legen... wait for... dary. 
Sábado, 22h, a Monica buscou a Ana, que buscaram a mim, que buscamos o H. Ao pararmos em frente a casa dele a cena que presenciamos foi tipo mastercard não tem preço. O escândalo que ela fez ao vê-lo foi impagável. Juro. É de praxe preferir os bancos da frente do carro e como a Ana foi a primeira a ser pega, sobrou o banco de trás pra mim, assim o H iria atrás comigo, teoricamente, pois quando ele saiu da casa, ela pulou do carro como uma criança que ganha um presente e disse: Eu vou atrás com o “Hzinho”... Pensei, Hzinho?? Como assim?? Não dá pra descrever o tanto que eu ri (por dentro) ao ver aquilo. Ela que estava tão equilibrada, conformada, que teve uma atitude tão adulta após o fim do quase relacionamento de 10 anos, disse que não tinha nada a ver sair com ele, que apesar de tudo eles ainda eram amigos e só amigos, após todo esse sermão, ela estava ali, se comportando daquele jeito, como uma adolescente ou sei lá o quê.  Pra mim foi glorioso, até um alivio posso dizer. Eu não entendo bem como certas pessoas conseguem agir com tanta frieza enquanto eu estou “morrendo” pelo outro ainda. Descemos os quatro num posto de gasolina lotado pra comprar umas cevas e decidir o que fazer com ele que agora é noivo, logo, não poderíamos dar bandeira. Nós três num medo iminente fomos a um lugar bem afastado da população, tomamos as cervejas e quando íamos deixá-lo em casa, ele disse: Não. Eu vou com vocês uai.
A gente se entreolhou, sabendo do combinado que era deixá-lo em casa e sair só em meninas (solteiras), diante do olhar de por favor que a Ana fez, foi lamentável, levamos ele também. Chegamos num barzinho underground que costumamos ir nessa outra cidade e meu dia clareou, finalmente algo poderia dar certo, estava tocando uma banda cover do System of a Down e a gente nem sabia, foi surpresa total, eram uns meninos novinhos deviam ter no máximo 18 anos, mas tocam igual gente grande. Fiquei boquiaberta, juntamente com o resto do público. Como o H é enorme e tem cara de mau, ninguém se aproximou da gente sequer pra pedir um isqueiro, já que não íamos conhecer ninguém mesmo, o jeito era beber e isso eu fiz/faço com gosto. Cerveja gelada, calorão, maior sonzera, um pessoal diferente, fui animando aos poucos e quando me dei conta estávamos eu e a Mônica bem longe do casal, paramos ao lado do balcão do bar, onde a vista era nítida e dávamos um certo espaço pro casal conversar e se acertar. Quando voltamos, a Ana parecia o próprio sol de tanto que brilhava e me vi no lugar dela, se fosse eu, estaria radiante também. Pensei em tudo que a gente passa com uma pessoa, o tanto que essa pessoa pode nos fazer chorar, mas só de estar perto, só de conversar já muda o dia, se pedir desculpas então, instantaneamente a gente apaga um caminhão de mágoas, mesmo que um dia elas voltem e a gente sabe que voltarão mas ainda assim, é melhor estar perto. Inevitável pensar e se... E se eu voltasse atrás, e se eu não tivesse parado com tudo? Efeito do álcool? Talvez rs, bem provável, junto com as musicas do System que, entre outras, eram nossa trilha sonora. Alcoolizada e com esses pensamentos na cabeça, minha noite não durou muito, apesar das risadas e conversas atualizadas, a noite não foi um terço do que eu esperava, em parte my fault, eu mesma estava com a cabeça em outro lugar, em outro assunto. O show acabou, tomamos umas quatro saideiras em outro bar e voltamos pra Aldeia, deixamos o H surpreendentemente sozinho na casa dele, ela que não quis ficar com ele, ninguém falou nada até ele descer do carro, fomos embora tentando entender o motivo, ela disse que o convidou pra ficar na casa dela mas ele não quis e nem ela quis ficar na dele. Fiquei com cara de “hã” né, vai entender esses dois. Ninguém questionou.
Só por hoje...


* texto antigo, uns 3 meses ou mais, porém atual pois nada mudou rs.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Let it go...


Faz um tempo que eu acabei com tudo, uns cinco meses mais ou menos. Excluí todos nossos contatos, principais fontes de conversas e encontros, sem satisfação alguma, eu simplesmente excluí. Ele ligou, quis saber o motivo, eu tinha motivo e expliquei. Deixei a decisão na mão dele, ele foi lindo como sempre me entendeu, pediu desculpas e jogou a decisão de volta pra mim e eu tomei, apesar de tudo eu tomei. Resolvi parar, foi difícil e eu tremo só de lembrar, não tive coragem de apagar o numero do telefone (e as mensagens), não tive coragem, não tenho coragem e já tentei, juro, mas não consegui, estão lá, o numero e as mensagens, na letra N de “ não ligar =x ” e não liguei, nunca mais. Vi que deixei ir longe demais, foi culpa minha mesmo, era o melhor amigo, ele quis, eu quis e aconteceu, e durou mas eu parei, parei pra não ficar como uma amiga que já vai pra 10 anos numa situação parecida, o cara já trocou de namorada três vezes e ela sempre ficando como a outra. Eu concordo que existem casos e casos, no dela, tem alguns motivos financeiros eu acho, que inviabilizam o relacionamento. No começo ela nem se importava, era só um cara que ela pegava, mas 10 anos é muita coisa e surgiu daí um caso sério onde ela é a principal prejudicada, e ser a outra não é mais o suficiente. Confesso que nunca dei muita bola pra historia deles, sempre preferi não opinar por achar que ela estava sendo enrolada e que devia tomar uma atitude, e olha onde eu fui parar, palmas pro destino. But... eu tomei minha decisão, pulei fora e embora ainda sinta falta, não me arrependo. Não mais. Entendi que se não tá legal, se não tá certo, EU tenho que pular fora, a mudança deve começar por mim, conformismo nunca foi minha praia. Espero que as amigas que passam por casos  assim (parecidos ou não) também entendam que quando a gente faz acontecer, o universo conspira pra dar certo. E vai dar... Beijocas suas lokas!!!

Só por hoje...


Texto antigo, mas atual!!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Qualquer balaco ilegal ou proibido...


O Forró da Lua Cheia é uma das festas mais tradicionais na região, acontece uma vez ao ano no Vale das Grutas um hotel fazenda da cidade vizinha. O nome da festa deve se à imensidão da lua nessa época, o show é num campo aberto e muito muito alto, dá pra ver umas duas cidades lá de cima. O palco é estrategicamente posicionado contra a lua, que faz com que vejamos o show e a lua ao mesmo tempo. A música, o ambiente e aquela fumacinha no ar dão um aspecto místico que emociona muita gente. Eu vou nesse Forró desde que comecei a sair de casa, e antes mesmo de sair eu já morria de vontade de ir. Esse ano será a 22ª edição. Dizem que nas primeiras edições o palco era menor a festa era só pra conhecidos, clientes, amigos do dono e o ritmo era só forró mesmo, com o passar dos anos os estilos foram mudando, a popularidade da festa foi crescendo e hoje ela é bem mais abrangente, tem blues, reggae, músicas regionais mas o último show do sábado lá pelas 4h da madruga é sempre forró. Os shows principais são MPB, já vi lá Nando Reis, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença, Jorge Ben teve até o Grande Encontro, que eu não vi porque era muito nova minha mãe não deixou eu ir, esse ano tem Lenine. Espero um dia, quem sabe, ver Vanessa da Mata ou Seu Jorge naquele palco. S2
A festa funciona assim: Você pode comprar o ingresso para os três dias e acampar a beira de um lago lindo, muitas pessoas acampam, teve vez em que as barracas invadiram o estacionamento pois não cabiam no camping. Também tem os chalés, são mais caros mas pra quem não abre mão do conforto é a melhor opção. Pra comer tem as feirinhas de salgados e comidas diversas, pra almoço e janta tem o restaurante self-service ou quem preferir pode levar a própria comida e/ou fazer churrasco que pra mim é a melhor opção. Pela manhã, quem não está desmaiado na barraca pode curtir o som no camping mesmo, a galera leva violão, canta e faz festa nas tendas, pro som não parar tem postes de energia espalhados pelo camping, o povo sempre leva um radinho pra garantir a barulheira (boa) não vale sertanejo, funk, rap nem pagode. À tarde começam os showzinhos num palco menor perto da piscina, normalmente são bandas regionais de forró, blues e rock anos 70. No começo da noite, o povo corre pra pegar a fila do banho, tem uns cinco banheiros imensos com duchas de fora a fora, mas o contingente também é grande então dá pra perder um bom tempo na fila, vale lembrar que o frio nessa época não perdoa e a água é só morninha, pra curar qualquer ressaca.  Como já sou acostumada, tenho uma lista de itens necessários no forró, já passei apuros lá algumas vezes e hoje tenho meu quite sobrevivência, lógico que pra tudo damos um jeito mas sem duvida o primeiro item indispensável é o dinheiro, e bastante, pra poder aproveitar tudo não só a festa, dá pra fazer  trilhas, conhecer a gruta e as cachoeiras, andar a cavalo (pra quem gosta e não está de ressaca). Convenhamos, depois de uns goles a vontade de cozinhar se esvai. Outra, com a festa bombando o negócio é pegar um lanche, uma pizza e comer no meio do povão vendo os shows. E o principal, por mais que levemos bebida ela sempre acaba antes da festa, não sei como, já levei o suficiente pra semanas e tive de comprar mais lá dentro, isso quando não acaba no primeiro dia. Deve ser a fada das bebidas ou os duendes do forró que limpam as barracas enquanto dormimos. Importante... Lá tudo é muito caro, não passa cartão, não tem caixa eletrônico e em hipótese alguma deixe a carteira na barraca, nunca me roubaram uma moeda sequer mas a probabilidade de você encontrar sua barraca de madrugada entre tantas outras tão parecidas é 10 em 100 (isso se não tiver bebido nada rs) e caso você esteja dividindo barraca com amigas a probabilidade de pegar a barraca vazia é de 1 em 1000, invariavelmente. O segundo item e não menos importante é o remédio, se possível levo uma farmacinha, nunca se sabe né, mas engov e neusaldina  já tá de bom tamanho, não podemos deixar que a ressaca estrague a festa, e a fazenda é no meio do nada, não dá pra ir à cidade pra buscar um remédio, perderia uma tarde inteira. Quem não pode ou não quer passar o fim de semana afastada do mundo, e quando digo afastada é afastada mesmo, pois lá não pega celular, não tem internet, o único meio de comunicação é um orelhão, pode ir só no sábado pra ver o show, o ingresso é metade do valor do camping e não dá acesso a ele, mas sempre tem uns que entram afinal balada, bebida e barraca juntos é o crime. A padroeira do Forró é a Cissa, ser mitológico habitante do Vale, reza a lenda que nos primórdios do Forró um casal estava curtindo a festa em meio à musica, álcool e bruma canabiana, Cissa se “perdeu” do namorado que desesperado entrou no camping de madrugada gritando o nome da amada, acordou todo mundo com os gritos, o pessoal acampado resolveu ajudá-lo e todos puseram-se a chamá-la pelo Vale, logo os ânimos foram se exaltando diante da busca em vão, surgiram rumores de que ela estava escondida na barraca de algum marmanjo por lá. Começaram a acoplar palavrões como Cissa vadia, Cissa vagabunda ou piores, sempre inovando, mas a Cissa mesmo nunca mais apareceu. E até hoje durante a madrugada e início da manhã o pessoal chama por ela, incansavelmente, algumas vezes (eu presenciei), uns filhos da "Cissa" chamavam-na com megafones, ou seja, ninguém dorme. Esse ano combinei comigo mesma de não ir, até agora estou firme na minha decisão. Se eu faltar, será a primeira vez em 10 anos. A festa começa dia 29 e tenho tantas histórias e boas lembranças que estou coçando de vontade de ir. Mas se irei ou não, god knows. 
Só por hoje...
















segunda-feira, 18 de junho de 2012

Hibernada


Sempre fui apaixonada por TV e musica, já falei 50x mas esse é pro povo entender que apesar do isolamento eu to bem, to cuidando do corpo, da mente, da casa, enfim to dando um tempo de balada, não estou em depressão (viu M) e nem penso em me matar kkkkk. Quando era menor, assistia muita minisserie e novelas, seriados não eram tão acessíveis, mas os que tinham na época eu vi todos. Tenho 20 e poucos anos e estive pensando nunca foi tão fácil encontrar as coisas como está agora. Antes da Sky, já fazia uns seis meses que eu não ligava a TV, acho inclusive que isso foi um presente do universo pra testar meu empenho em não sair de casa, porque agora começam as principais festas na região, sábado que vem tem João Rock, no próximo Forró da Lua Cheia, e depois a principal festa da Aldeia, fora os arraias que são tão fortes no interior, e as AMIGAS não se conformam com meu isolamento, ainda chamam pra todas as festas, mas aos poucos elas se acostumarão (assim espero). Uma amiga até me alertou que posso estar suprindo a falta de algo vendo tanta série.
Ah vá, serio???
Eu que já supri essa falta com muito álcool, baladas e bocas alheias, dessa vez mergulhando em séries, considero uma puta evolução. Como esse “algo” tem nome, endereço, um numero de celular que não sai da minha cabeça e uma forte tendência a me desviar do caminho das virtudes, to evitando pensar nele, e seriado é o principal remédio. Acabei Game of Thrones, Spartacus (benzadels viu), Fringe, Weeds, Walking Dead, How I met Your Mother, Dexter, até o Lost que já acabou há tanto tempo e que eu não tinha visto tudo, agora estou na 6ª temporada do Grey’s Anatomy, já baixando Friends que não tenho completo e Big Bang Theory que vi só a primeira. Os principais beneficiados nesse caso são: meu fígado que está privado do álcool e meu inglês que está só melhorando (I’m rocking).
É difícil falar qual é a melhor, pois depende muito do gênero e da fase da vida em que eu assisti, cada uma tem seus méritos. Já amei o Dawson’s Creek, o O.C, o Gossip Girl, Smallville, One Tree Hill e passou. Pra mim, no topo de todas as séries está o Sex and the City, não sei dizer se é a melhor (acredito que seja) pois foi a única que eu COMPREI o box com todas as temporadas e nunca me cansei de ver, foram as melhores risadas da minha vida.
Eu baixo cerca de 10 episódios de seriados por dia e assisto com a mesma gula, o que atrapalha um pouco é a faculdade. Já passei séries pra algumas amigas, viciei algumas também, mas nenhuma como eu. Uma delas, a “O” nem assiste, a nóia dela é baixar, baixa pra mim, pra ela, pro pai dela enfim, é minha principal fornecedora.
Um tempo atrás entrei no twitter e ri muito de uma postagem dela, tava assim: SOPA?? Deixa eu checar se a Aldeia já foi presa!!! (Pensei: Eu né!? Se ela não foi, eu jamais serei).
Graças a Alá ninguém do FBI nos procurou ainda rs. Meu HD ta implorando pra eu parar, compro umas 20 mídias de DVD por mês pra aliviá-lo, tenho consciência de que já virou um vício, mas não posso evitar, qualquer tempinho que eu fico em casa já quero ver alguma coisa. Quando fiquei sabendo do sopa confesso que entrei em pânico e baixei desesperadamente tudo que eu consegui. Por sorte alguns sites resistiram, tá mais complicado encontrar as séries ou temporadas mais antigas mas nada que um pouco de esforço não resolva. Creio que ficará cada vez mais difícil postar no blog mas difícil não é impossível, alguma coisa eu postarei rs. E como isso pode ser só uma fase (amém), um dia eu volto com tudo. Tenho uns textos antigos quase prontos, fui adiando e acabei esquecendo mas conforme for terminando vou postando, alguns inclusive poderão estar sem final, pois certamente não lembrarei dos detalhes.
Só por hoje.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Festa à fantasia...




No começo do mês fui a uma festa muito tradicional aqui na região, rola uma vez por ano e é organizada pelo pessoal da Medicina e Enfermagem da USP. Apesar de ser aberta a todos, o publico é quase que exclusivamente universitário, decidi ir de última hora e não tive tempo pra planejar uma boa fantasia, fui de policial/Lara-croft, estava muito MUITO frio e esse foi o mínimo de roupa que eu consegui suportar, o open bar cuidou do resto. 
Caso eu tivesse mais tempo pra me preparar queria ir de Amy Winehouse mesmo que também não fosse ganhar o premio pois a onda Amy já passou. Até tinha umas lá, tinha Amy traveco, Amy porra louca fim de vida e a que eu achei mais legal, a Amy luxo. Ela estava incrível, o cabelo era original muito bem penteado e preso, a maquiagem parecidíssima, as tatuagens bem desenhadas e o vestido impecável, o tamanho e magreza da menina ajudaram. Eu paguei muito pau, fiquei emocionada de vê-la e pelo tempo que pude ficar perto observei minuciosamente o figurino, estava caprichado, o problema foi a cara da menina, uma cara de patricinha, enjoada sei lá, perdeu o encanto na hora mas como o intuito era a fantasia, ela foi nota dez, já no quesito performance só não foi nota zero porque assim como a Amy verdadeira, ela não soltava o copo rs. Eu queria de ir de Amy, primeiro porque ela era autentica, tem um cabelo único, as tatuagens nos braços são fáceis de imitar e os trajes hiper marcantes. Segundo porque eu sou MUITO fã dela, seria uma honra poder ir ao menos parecida, mas não foi dessa vez.
Sei de pessoas que prepararam a fantasia com semanas de antecedência, tem gente que aluga, tem quem compra em sex shop algo compatível (ou não) com o evento, e vale a pena mesmo a festa é bem feita, é open bar, não é na Aldeia e só dá universitários.

O Back to Black, segundo cd é o mais famoso acho ele óteeemo, adoro as musicas considero perfeito e minha preferida, se é que tenho uma preferida é a homônima, acho linda, intensa, a letra é incrível, tem muito “a ver” comigo.  Mas hoje em homenagem a ela, vou postar aqui uma das músicas mais lindas que eu já ouvi. Uma música que me faz parar de fazer qualquer coisa pra prestar atenção, aumentar o volume, fechar os olhos e viajar, é uma do primeiro cd o Frank chamada In my Bed o toque, a voz dela nessa música em especial é pra chorar mesmo, foi o ápice da Amy. Eu já garimpei em todos os CDs, todos os singles, tenho musicas raras dela e sem duvida no Frank ela estava em sua melhor forma, ainda não tinha as tatuagens cadeieiras, aparentava ter mais saúde e cuidado consigo, o clipe também é fantástico é quase uma outra pessoa e musicalmente ela já tinha experiência e potencia na voz, só não tinha muita liberdade pra ousar como fez no segundo álbum quando começaram os escândalos, envolvimentos em polemicas e drogas pesadas. Eu não estudei música, não sei tocar nada, sou mera apreciadora mas gosto muito, muito mesmo. In my Bed (pra mim) foi a música que mostrou quem era a Amy e abriu as portas pra ela ser o que é, o exemplo perfeito do new jazz, estilo que eu torcia tanto pra pegar seu rumo e mudar ou ao menos mexer com a indústria musical que está cada vez mais patética. Enfim, pra mim, uma música perfeita.


Da festa eu falo outro dia, essa merece rs.

Só por hoje...

A melhor notícia do ano...



Tô tipo a Gisele nessa foto, esticada no sofá com o controle na mão. Acordei cedo sábado (cof cof meio dia vai) estava saindo de casa, meu vizinho novo me chamou e me ofereceu o melhor presente que poderia ganhar no ano. Ele é professor de teologia/filosofia/historia tem uma biblioteca imensa em casa e até já me deu alguns livros perfects, entre eles A Menina que Roubava Livros que estou lendo atualmente. Ele estava no apartamento da vizinha de frente e me chamou pra perguntar se eu gostaria de ter Sky. Precisa explicar que pra uma pessoa apaixonada por TV, filmes, séries esse é o sonho de uma vida? Não né. Respondi que sim, ele me mostrou uns aparelhos que estavam no sofá, e enquanto dois rapazes instalavam um dos aparelhos na TV da vizinha, ele me contou que havia mudado de pacote, aumentado pra um melhor (bem melhor), um completo onde tudo é liberado Warner, Fox, Fx, MGM, AXN, todos os HBOs e todos os TeleCines, vários canais em HD (meus olhos brilharam) e mais... contou que como brinde ele ganhara 3 pontos (acho que é esse o nome) adicionais gratuitos. Ele disse que só tem uma tv, não precisava de todos os pontos e que devido à proximidade dos apartamentos, estava instalando um na vizinha e perguntou se eu queria um dos pontos pra por na minha tv também. Fiquei animadíssima, pensei um pacote desses dividido em 3 pessoas ficaria muito viável, falei que gostaria muitissississimo rs e ele disse que aumentou o pacote pra ele mesmo, pelos canais que ele quer ver e estava cedendo os outros pontos pra gente, que não precisávamos nos preocupar com nada, e que se eu não estivesse com pressa de sair eles já instalariam pra mim naquela hora. Que pressa uma pessoa pode ter diante de tal oferta? Eu esperaria o dia todo se fosse preciso mas em menos de 30 minutos já estava pegando Sky na minha tela *.* Apesar de gostar tanto de tv, filmes, séries e derivados nunca tive TV por assinatura, primeiro porque os melhores pacotes são os mais caros, segundo que eu mal paro em casa o trabalho e faculdade consomem todo meu tempo não compensa pagar tanto pra usar tão pouco, e terceiro com a pirataria em alta eu posso muito bem baixar os filmes e séries que queira e ver quando puder. Mas como já dizia meu tio: "de graça... até ônibus errado" rs nesse caso farei um esforço pra sobrar tempo pra usufruir todas essas vantagens. Eu tenho medo  de deixar de fazer certas coisas por causa de tv, tipo deixar de ler os livros que me interessam, deixar de escrever, de estudar, medo de nunca mais sair de casa, de nunca mais dormir na vida e da vida sedentária que me aguarda, mas eu sou forte, eu aguento rs e ainda assim estou indescritivelmente feliz s2 s2 mil corações s2 s2.

Pra todo o sempre, amém.  

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Natal em pizza...



Todo mundo gosta de pizza, não acredito que exista quem não goste e se existe eu não confiaria nessa pessoa. Ouso dizer que essa é minha comida preferida. Gosto de todo jeito, borda recheada, pizza de cone, pizza fechada, o importante é o sabor e a satisfação proporcionada. Cada um tem um gosto, e cada um tem seu preferido, com cebola, sem cebola, azeitona preta ou sem, são várias opções, infinitas combinações e sabores mas quem gosta de pizza, gosta mesmo. 
Quando me disponho ao ato (de comer pizza) normalmente quero tudo, satisfação total, comer  até fartar, até não caber mais. É comum pizza meio a meio, meio pra mim e meio pro outro, não reclamo, pelo contrário, é uma chance de provar do preferido e ainda conhecer outros.  Acho super válido. Tem gente que divide, tem gente que pega dos outros, mas todo mundo pega, às vezes com pressa come só uma fatia rapidinha, às vezes com mais tempo come uma ai e come de novo, o convencional é comer em casa, ou numa pizzaria, um lugar próprio né rs mas tem gente que come no serviço, na balada, no carro, enfim um kama sutra de possibilidades. 
Sabe quando faz um tempo que você não come pizza e você quer comer uma inteira, sozinha, sem culpa ou restrições, comer até saciar, aquela favorita? Então... Já tinham me falado sobre esse sabor, é um sabor conhecido aqui na Aldeia, e recentemente esse sabor ficou disponível, sendo frequentemente encontrado. Assim passei o olho umas vezes, vi que era apetitoso, recheado, tinha um cheiro bom, uma ótima aparência e uma boa indicação.
Não era exatamente aquele que eu queria, mas como o preferido estava me fazendo mal achei que era hora de provar um novo.  Eu sabia também que não devia esperar muito de um novo sabor já que eu estava muito mal acostumada com o rotineiro, mas a vontade era grande e pizza é pizza, independente do sabor, era a que tinha no momento. Quase um presente de Deus. Já fazia um tempo que eu ficava cobiçando-o já rolava um clima, trocava olhares e sorrisos. Estava tão certo esse encontro que fiz até um charme, adiando algumas vezes na intenção de aumentar a fome.
Eis que o dia chegou, foi no Natal. Não é comum comer pizza no natal mas não sou religiosa, pra mim todo dia é dia e me preparei toda, pra devorar. Saí com as amigas, dei umas voltas pela Aldeia e nada de novo as always fomos pra casa da M pra beber algo, papear e a oportunidade surgiu, meu telefone tocou como era o combinado e eu finalmente provaria o tal sabor. Não sou muito de frescura, a menos que precise, há casos e casos, esse não era um deles. Pra mim o que vale é a vontade e a disponibilidade, tive as duas.  Fomos à pizzaria e após muita conversa, álcool e musicas, eu estava de frente com o tal prato, lindo de se ver, recheado, muito bem decorado e cheiroso, praticamente um príncipe das pizzas, agradava aos olhos e dava água na boca. Mas... como nada acaba antes do fim. O que faria uma pizza perder a graça ?? Pra mim, a massa passada ou queimada, pouco recheio ou recheio muito seco e a de muçarela se tiver fria, não rola, diminui consideravelmente minha fome, mas não foi nada disso. Digamos que a massa não estava FIRME o suficiente, tava assim mais ou menos, nunca tinha presenciado tal peripécia, até pensei que não estava NO PONTO ainda, ahh ledo engano, “estava”. Fiquei meio perdida, sem reação e quando surgiu um fio de esperança, quando pensei aaagora vai, acabou. Juro nunca vi nada tão rápido, a pizza que eu esperava comer em, sei lá, umas duas horas, NÃO durou cinco minutos. Fiquei imensamente decepcionada, tanto tempo de espera pra nada, resolvi tentar de novo e assim foram os dois pedaços seguintes. Resultado... Acordei junto com o sol e como eu amo pizza amanhecida, confesso que tentei uma última vez, mas não era pra ser MESMO e antes que o sol iluminasse todo o céu, eu já estava no conforto da minha casa. O resto da semana foi de reflexões e pesares. Pensei tanto, tanto nisso que a única alternativa viável foi dar o braço à torcer, ligar pro disk pizza e pedir meu sabor  preferido e... garantido.



Só por hoje e nunca mais...


terça-feira, 24 de abril de 2012

Praticamente um espelho...



Centauros são figuras míticas, metade cavalo e metade humanas, que estão sempre atirando suas flechas em algum alvo distante no horizonte e galopando atrás. Às vezes eles encontram a flecha e às vezes, eles ficam completamente distraídos pela paisagem interessante do caminho.
Você mira as flechas de sua visão intuitiva em direção a algum alvo futuro e distante e gasta a maioria do tempo correndo atrás de uma flecha ou de outra. A grande questão é se você almejou ou não as coisas verdadeiras. A próxima questão é se você conseguiu encontrar alguma flecha. O que realmente lhe interessa é o entusiasmo da visão e a fascinação da viagem. No final, o objetivo torna-se insignificante.
Para você, a vida é uma aventura e uma busca. O verdadeiro sentido da vida é tornar a jornada tão interessante, variada e informativa quanto possível. A chegada não é o principal. Você pode ser digna e majestosa, quando esse papel é necessário. Mas como é uma atriz consumada, você pode assumir qualquer papel para chegar ao próximo estágio da jornada.
As idéias são sua motivação, além da possibilidade de algo novo e interessante a cada esquina: o tesouro a ser descoberto, o objetivo impossível de alcançar, o mistério inexplorado, o amor que escapou. Você tem medo de perder alguma coisa se ficar estacionada no presente.
Sagitarianas extrovertidas podem sempre ser encontradas quando uma nova boate é aberta, um novo filme é lançado e um curso ou grupo interessante é criado. Sagitarianas introvertidas podem sempre ser encontradas abraçando alguma nova filosofia, uma nova visão política e um novo projeto criativo. É como se, de alguma forma, você sentisse essas coisas mesmo antes de qualquer um falar sobre elas. E você tem a capacidade incrível de fazer os contatos certos no momento certo. Isso não é sorte, embora os outros possam pensar assim; é seu olho preciso para as oportunidades repentinas, seu "faro" intuitivo que é capaz de identificar um potencial ou uma possibilidade a trinta quilômetros de distância.
O tédio é seu grande inimigo e você realmente fica entediada facilmente. Bastará fazer alguma coisa duas vezes, da mesma maneira, que um tipo inquieto de centauro partirá atrás da próxima flecha. Afinal de contas, ele já foi atrás daquela. Porque ir outra vez? Não se preocupe com aquele bando de capricornianos e virginianos falando sobre as vantagens do esforço disciplinado. Para você, o que vale a pena colocar no cofre é o entusiasmo da corrida e não o prêmio. E se você obtiver um prêmio valioso irá, de qualquer maneira e sem dúvida, gastá-lo em cinco minutos.
Limites deixam você louca. Ultimatos são uma garantia de provocação à resistência armada. Sua mente inquieta está sempre buscando horizontes inexplorados. Frustrações podem gerar um temperamento bastante explosivo, mas quando o ar fica limpo outra vez, você não reclama mais. No entanto, às vezes, você não entende como os outros se sentem magoados com aqueles comentários horrorosamente rudes e honestos. Mesmo com toda sua generosidade e conhecimento, você poderá ser incrivelmente insensível e ingênua e se alguém a elogiar da forma certa, você poderá ficar convencida. Isso não a torna uma boa candidata para aquele tipo de relacionamento estável e envolvente que algumas pessoas buscam.
Seu coração é verdadeiro, mas você precisa de um parceiro que lhe dê uma amizade genuína e muito espaço para respirar. Se ganhar esse tipo de liberdade, você provavelmente não irá abusar dela. Você tem também capacidade de aguentar grandes cenas dramáticas em um relacionamento - de contas, muitas delas são geradas por você mesma - não suporta dramas e choro. O mundo da segurança doméstica imutável tampouco é sua idéia de diversão.
Então qual é essa questão tão grande que estimula seu espírito? É uma vontade de entender a vida, de compreender onde estamos todos indo e o porquê. Você procura o grande significado por trás das coisas, correndo atrás das pistas de um grande quebra-cabeças que nunca será solucionado porque as peças estão sempre se multiplicando. Essa é uma tarefa enorme que dura por toda uma vida. Felizmente você tem um forte senso irônico e uma visão um tanto quanto aguda. Toda sagitariana possui a capacidade maravilhosa de unir o ridículo ao sublime.

Esse texto eu mesma achei. Todos os anos da minha vida descritos em 20 linhas, to boba.
A fonte aqui.

Não sei se acredito realmente em horóscopo, apesar de toda a semelhança descrita. Descobri meu signo assistindo Cavaleiros do Zodíaco quando tinha uns 7 anos de idade e nunca segui nada religiosamente, nem procuro informações sobre isso ou "a sorte do dia", sei que o ser humano tem de acreditar em algo, tem de ter fé em alguma coisa, qualquer uma. Então não condeno. Ter esperança de que vai melhorar, de que o futuro será glorioso é um direito de todos, amém. Esperança eu tenho independente de signo, tarô ou qualquer meio de prever a vida. Eu que não sou boba, vou aceitar e usar o perfil do meu signo como escudo, sou assim, sou Sagitariana. E com orgulho, afinal vai que... =)

Sagitário...


Sagitário:


Uma mulher muito da danada, da independente, da aventureira.


Vai na balada sozinha, ama atividade física, não gosta de se amarrar em compromissos amorosos, só se estiver muito, mas muito apaixonada.


Adora lutar pelas causas, pelos animais, adora discursos filosóficos e são meio místicas \religiosas.


Trabalha, mora sozinha e desde cedo, mora longe da família.


A louca baladeira de HUNG UP, que vai sozinha em uma danceteria e dança horrores, lembra muito nossa sagitariana;




*Uma amiga muito ligada em horóscopo encontrou isso no blog do Evandro do Pânico e me mandou. Ele relaciona cada signo com uma música da Madonna, a minha foi Hung Up, não sou fã da Madonna mas conheço as músicas mais famosas. Achei muito legal o perfil da Sagitariana, achei que combinou também. 


Tá aqui a fonte: http://contigo.abril.com.br/blog/espia-so/

quarta-feira, 18 de abril de 2012

E viva a Internet... \a/


Percebi que estou apaixonada pelo Youtube, perco horas e horas vasculhando músicas, clipes, filmes e toda a variedade que vocês sabem, o youtube nos proporciona.
Esses dias enquanto curtia um som que descobri na net, pensei em como devia ser difícil antigamente o acesso às musicas uns 20, 30 anos atrás, por exemplo, o povo do rock n’ roll sofria pra ser fã de alguma banda, demandava tempo e dinheiro pra conhecer as letras, ter a discografia completa, ir aos shows. Numa época em que não existia cartão de crédito pra dividir cd, DVD e ingresso de show em 10x, a alternativa mais viável era combinar com os amigos, um comprava um disco, outro comprava outro e assim por diante e a noite e/ou fins de semana reuniam-se todos com seus respectivos discos novos pra apreciá-los bebendo cerveja. Cifra de musica era ouro, instrumentos, amplificadores quem tinha era o dono da bola e tinha que dividir, não vivi essa época rs tenho vinte e poucos anos, mas convivi com pessoas da cena underground por um tempo e não lhes faltavam historias. Sei que era difícil ser artista, só a nata tinha acesso à aulas de música e quem tinha realmente muita vontade de ser músico, batalhava horrores pra investir na carreira e o retorno era mínimo. Imaginei quantos talentos foram perdidos, os que nasciam com o dom e não podiam aperfeiçoá-lo por falta de grana ou tempo, sei lá.
Graças às facilidades do mundo moderno, hoje as pessoas podem treinar uma voz promissora ou comprar um instrumento pra aprender tocar de ouvido ou pagar aulas. Eu mesma tenho um violão que só me serviu de assessório em várias fotos exibidas inclusive no finado Orkut, teve foto em churrasco, foto em praça, em lual na praia, ele só não fez musica, não na minha mão rs.
Indo mais longe, quem eram os inventores, os pensadores, artistas da antiguidade? Queria ver Santos Dumont inventar avião tendo que trabalhar o dia todo na roça, Tarsila do Amaral pintar Abaporu, Urutu etc. se cuidasse de sete filhos, da roupa e da comida do marido que eventualmente era o destino das moças pobres na época. Longe de mim desmerecê-los, muito pelo contrario, admiro infinitamente o trabalho dos brasileiros que alcançaram reconhecimento mundial com sua arte, mas penso que o destino seria outro se não fossem agraciados pela fortuna de seus pais, estudando no velho continente.
Se for ver, o download não é assim tão livre, mas é relativamente fácil e perto do acesso de anos atrás nem se compara. Pelo 4shared (aquele lindo) dá pra baixar de tudo, faz minha alegria no serviço, tem o Youtube que mesmo sem baixar (eu baixo cof, cof) se você tiver uma banda larga pra carregar com velocidade razoável que não te faça arrancar cabelos, dá pra se divertir horas, vejo por ele programas óteeemos que não veria se dependesse da TV, o Adorável Psicose, o Furo MTV, Tapas e Beijos (adoro comédias, adoro a Fernanda Torres) e ficaria eternamente citando.
Entre os vídeos zuados e super acessados disponíveis no Youtube, é preciso garimpar e o  campo “vídeos relacionados” facilita um bocado, encontrei cantores incríveis, músicas que arrepiam, escuto algumas de determinado cantor, se eu gostar, baixo e parto pro tráfico, passo primeiro pra duas amigas do trabalho pelo Skype mesmo, elas servem de “termômetro” pra eu ter certeza de que é bom, ai eu posto no facebook, coloco de toc do celular (adoro inovar) enfim minha parte eu faço, não pago pela musica, mas DIVULGO e gosto de acreditar que isso aumenta as chances desses cantores tão bons e as vezes desconhecidos, alcançarem a fama  e lotarem shows que, ao meu ver, é de onde saem os lucros, porque lucro de cd e dvd fica com a gravadora invariavelmente. To numa onda blues-reggae-mpb e frequentemente vou a shows, famosos ou desconhecidos, pra mim não tem tempo ruim. Como não tenho talento algum, só aprecio e sem moderação.

Só por hoje...

Abaixo, uma das pérolas encontradas: Bruna Caram - Um blues. 
(O clipe é um show à parte).


Ouvi também Roberta Campos e Bárbara Eugênia. Talvez esses artistas já sejam famosos, eu conheci faz pouco tempo.  Não sei de onde são, não sei a quanto tempo cantam, não sei nada sobre eles, nem preciso,  gostei das músicas e  recomendo. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

WTF?? Ai, ai, aiaiaiai, assim você mata o papai...

Ando me perguntando o que fiz aos céus pra merecer os últimos acontecimentos, algumas respostas já me foram dadas e após meses horas refletindo sobre, acabei concordando que o preço pago está sendo justo, algumas coisas eu procurei e fiz por onde, mesmo sabendo que haveria (sempre há) consequências, também não pensei que fossem me afetar tanto mas tudo bem, bola pra frente, eu to vivendo.
Dias atrás, depois de oito meses no setor em que trabalho atualmente, resolveram que ligariam o rádio pra dar uma “animada” na galera. Até ai tudo bem, acredito que musica faz bem e não sei se é só comigo, mas certas musicas tem a capacidade de mudar meu ânimo e meu humor pra melhor e pra PIOR, esse ultimo é o motivo do meu descontentamento.
Trabalhamos em sei lá, 10 pessoas numa sala grande e só um computador tem caixinhas de som, acho justo, caso contrario imaginem a quermesse que seria cada um com sua caixinha.
Não sei se eu sou muito radical musicalmente, até sou sim, mas já aprendi a ouvir/aceitar sertanejo muita musica que eu não gostava, só que essas não ta dando.
A rádio escolhida toca um misto de flash back (bem back mesmo) com pagode-funk-sertanejo-axé universitário. Fico pensando, como pode né ter tanta musica lixo nesse mundo? Tem gosto pra tudo?? Concordo, mas eu não sou obrigada, até porque minha mente é fluente e meu estomago é fraco. Asco é a palavra que me vem à cabeça quando ouço “é no pelo do macaco que o bicho vai pegar”, não prestei atenção nela toda, recuso me a apreciar “poesia” que não me convém, minha opinião foi construída baseada nesse único... Seria refrão, verso? Não sei. Frase tá de bom tamanho. Não consigo nem quero mencionar outras musicas, mas garanto que pode piorar!
Assim, invejei o Otto dos Simpsons, sempre com fones de ouvido e musica no talo como tem que ser. Agradeci, from the bottom of my broken heart ao inventor desse acessório tão político e democrático que, de hoje em diante me salvará do mau da musica ruim que assola meus dias. Com fones fico meio alienada, mas meu espirito está em paz. E que Apolo* tenha piedade do resto, amém. 

Só por hoje...
Apolo: Deus da música.
Sorry pelo título,  essa musica é pior que droga gruda na mente. =(

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Apologias à parte...

Umas semanas atrás acabei de ver a sétima temporada do Weeds, gostei demais desse seriado, acredito que foi um tapa na cara dos mais caretas, a proposta a meu ver foi inovadora. Um tema batido, mas nunca tratado com tantos detalhes. A showtime, canal responsável pela serie é famosa inclusive por causar polemicas na maioria delas, ex: Dexter, The L world, The Tudors.
Weeds retrata a vida de Nancy, uma mulher de classe média alta que começa a vender maconha na vizinhança pra manter o estilo de vida após a morte do marido. O empreendimento como era de se esperar, cresce de maneira meteórica e com ele os problemas com a fama de traficante e a grande concorrência. Os ditos “problemas” são para nossa alegria hilários, e as pessoas a quem ela recorre para solucioná-los conseguem ser ainda piores, sempre chapados só fazem torná-los mais complicados a cada episódio.
A primeira temporada com humor negro sutil, mostrou que para manter a aparência de felizes e saudáveis, as pessoas apontam os vícios alheios, condenam o uso de maconha, mas são omissos aos próprios dramas. Tem gente que se entope de psicotrópicos (que também é droga) pra se manter numa vida infeliz, tem gente que não aceita a obesidade da filha e obriga a criança a tomar remédios pra emagrecer, tem quem esconde traição, corrupção, homossexualismo, alcoolismo enfim, tudo como em qualquer bairro ou cidade do mundo.
Como se não bastasse cuidar do próprio trabalho que já é uma grande missão, Nancy também cumpre (não muito bem) o papel de mãe e dona de casa. Os dois filhos e um cunhado muito arteiro descobrem como ela sustenta a casa e na intenção de ajudar acabam aumentando as preocupações dela que pra continuar no trafico, faz alianças não muito inteligentes. Um consultor, um advogado, uma família de fornecedores da droga e uma amiga que de tanto que atrapalha acaba sendo inimiga, são os personagens coadjuvantes.
Nas temporadas seguintes a série perde um pouco o teor crítico e passa a focar na comedia pastelão mesmo, mostrando de tudo um pouco, desde o cultivo da droga até o alto patrocínio, passa por extorsão e suborno de policiais, lavagem de dinheiro, imigração, disputa por território, perseguição, morte, internação e cadeia.
Difícil imaginar que com todo esse enredo estamos falando de comédia né? Pois é, com inteligência e criatividade Jenji Kohan, a criadora da série conseguiu reunir esses quesitos, e eles renderam alguns prêmios ao elenco.
A música “Little boxes” tema de abertura foi escolhida a dedo, tem tudo a ver com a historia e é muito bem interpretada por vários artistas ao longo da série. No Brasil a música também ficou pop, tocava no Pânico na TV era tema de um quadro deles que zuava a Fazenda.
Pra durar sete temporadas (a oitava estreia no meio do ano) a série tem que cativar o telespectador e essa é a receita, tudo vai virando uma bola de neve de onde Nancy não pode/consegue escapar, sua vida sexual suuuuuper ativa, muita maconha e a trilha sonora impecável complementam as histórias dessa que é uma das mais engraçadas e rentáveis séries da atualidade. Mal posso esperar a próxima temporada.

Só por hoje...


terça-feira, 3 de abril de 2012

Oops... My mistake

Tenho uma péssima memória e quem me conhece sabe bem isso, na verdade, acredito que sofro de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), ou que minha memória é seletiva (bem seletiva). Fato esse que já me causou danos e micos em certas ocasiões. Esse perfil meio desligado rendeu um apelido na época da escola, de tão forte e conciso ele me segue até hoje quase como um sobrenome. 
Entre os micos que já paguei devido a “boa” memória tem uns mais memoráveis como uma vez que comprei um pen drive pela internet e o longo prazo de entrega me fez esquecer a compra e receber o produto com certa surpresa.
Minha irmã menor logo que identificou meu leve problema de memória ou de falta dela, começou a se aproveitar disso. Foram vários danones que eu esquecia na geladeira, ela tomava e eu só dava falta dias depois. Brincos, maquiagem e dinheiro emprestados que nunca foram devolvidos ou pagos. Talvez por nos acostumarmos a ver as crianças como seres frágeis que necessitam de cuidados, deixamos de perceber o quão lisas astutas elas são.
Uns dias atrás, passando em frente uma loja, arrumei um tempinho pra comprar roupas de cama, após 40 minutos perdida entre marcas e cores de lençóis encarei a longa fila do caixa, tinha umas 8 pessoas na minha frente, mas fiquei firme pois minha cama merecia aqueles lençóis. Na fila fui me organizando com as peças, peguei o cartão de créditos, cartão que na verdade é da minha mãe, mas está comigo forever já que eu o subtraí sem pretensões de entrega.
Chegou enfim, minha vez no caixa, passei os produtos e entreguei o cartão pra atendente. Ela me pediu o RG, eu entreguei. Perguntou se eu era a titular. Respondi que não, que minha mãe era. Ela foi me devolvendo o cartão e o RG e alertando que só poderia finalizar a compra para a titular do cartão.
Inicialmente fiquei decepcionada, raramente tenho tempo e paciência pra esse tipo de compra, já havia perdido muito tempo na loja decidindo entre lençol pêssego ou vinho e que minha mãe poderia não encontrá-los na próxima semana. Foi quando lembrei, a última vez que me disponibilizei a comprar nessa mesma loja (e nem fazia muito tempo) o resultado foi igualmente frustrante, não consegui levar os produtos pelo mesmo motivo, o cartão não era meu. Não tive outra saída senão fingir que ignorava a informação, deixei tudo sobre o balcão, fui embora refletindo e o assunto adormeceu.
Já fiz muita coisa louca, paguei muito mico, dei muita risada por esquecer das coisas, mas ontem foi o pior de todos. Combinamos na faculdade de fazer um amigo invisível de chocolate pra páscoa não passar em branco e também porque a sala faz de tudo pra matar uma aula. Definimos os tipos de presentes, a faixa de preço, os comes e bebes, e por ultimo sorteamos os nomes. Eu saí com meu melhor amigo na sala, ou seja, tudo perfeito pra eu zuar arrasar no presente. Era só comparecer com o chocolate no dia 02/04 e foi "só" isso que eu não fiz.
Já esqueci data de prova, entrega de trabalho, palestras, apostilas, esqueci várias coisas ao longo do curso, mas festa acho que foi a primeira vez, talvez por ter sido a primeira festa numa segunda-feira e eu não ter visto ninguém que me lembrasse dela no domingo. Comentaram que uma das meninas postou no nosso mural da classe no facebook, mas postou 10 minutos antes do início da aula, era tarde demais, eu já estava a caminho da escola.
Cheguei na sala uns minutos atrasada as always, sentei, arrumei a bolsa, a apostila e olhei pros lados pra perguntar a página, vi refrigerantes, copos de plástico, pratinhos, colheres e uma torta na mesa do fundo. Passei os olhos pela sala, vários embrulhos de presentes, minha vontade foi de ir embora, isso por que eu decidi ir à aula na última hora. Quinta ou sexta (não sei) é feriado e a faculdade tem um ritmo diferente em semanas assim, juro que pensei em ficar em casa vendo o novo episódio do Fringe entre outras séries, mas não. Fui à aula, afinal já tinha faltado na segunda-feira anterior e é de segunda que eu tenho aulas com aquele professor que me olha com cara de "eu sei o que você fez no verão passado".
Enquanto pensava se ia embora ou ficava na sala lembrei de um lema que me ajuda a tomar uma atitude em casos assim e eles tem sido recorrentes esses dias. O lema profundo e extremamente eficiente “Tá no inferno, abraça o capeta” e foi justamente isso que eu fiz, esperei começar o amigo invisível, esperei me chamarem, recebi meu chocolate e usei de toda minha sinceridade, sem rodeios falei que tinha esquecido mesmo, pedi desculpas à classe e prometi o presente do “R” meu amigo, pra hoje. Liguei pra minha mãe ontem mesmo, contei tudo e pedi que providenciasse algo memorável pra eu presenteá-lo, ela esta cuidando do presente e se tudo der certo, hoje me redimo dessa mancada.

Só por hoje...

sábado, 10 de março de 2012

Metáforas...


Ontem como a aula estava muito chata fui pro bar no intervalo tomar uma ceva pra ajudar na concentração rs não funcionou, pelo contrario só me alienou mais, como eu já não estava com muita vontade de prestar atenção resolvi isolar as palavras da professora e focar na minha construção de idéias paralelas, vulgarmente conhecida como “viajar”. E pra explicar exatamente minha divagação terei que contar uma pequena historia de amor. 

Nunca fui aficionada por carros, nunca comprei revistas sobre o assunto, não sei nome de peças, nem preços, sequer tenho carro, sou apenas uma observadora com bom gosto e tem uma marca que eu pagopaupracaralho, a Land Rover e um carro que me faria cometer uma loucura é o Evoque. Sou adepta dos modelos SUV (acho a minha cara). O Sorento, o Captiva, o Duster, o Troller e derivados desses off-road classudos me atraem muito, não financeiramente mas quando me imagino com um carro, é nesse estilo.
Um dia, em algum site, descobri esse Evoque novo modelo da Land, e eu, que não tenho humildade alguma no meu coração, me imaginei passando em cima das pessoas e até dos carros da Aldeia com ele, não posso negar, foi amor a primeira vista S2 e desde então sempre que pensava em um carro era esse meu escolhido, fiz inclusive um slogan só nosso: Range Rover Evoque, passe em cima de tudo.
Minha mãe que sequer sabia pronunciar o nome já o chama de Range ou Evoque assim como eu. As amigas também não conheciam, pesquisaram na internet e já sabem qual é, enfim no meu meio social todos percebem e entendem nossa afinidade.
No carnaval pegamos a estrada rumo à praia e eu mal dormi na esperança de ver uma Evoque descendo a serra e nada. Lembro que comentei com uma galera na praia que eu gostaria de ter ou mesmo ver uma dessas, mas foi só um comentário distraído e caipira de alguém que mora numa Aldeia de no máximo 10 postos de gasolina. Por ser um carro importado e relativamente caro, é normal não vê-lo em cidades muito pequenas, mas sábado passado ou retrasado cheguei na edícula duma amiga pra tomar sol, beber e fazer essas coisas de verão, o irmão dela que foi conosco à praia e sabia da minha paixão, disse que havia visto horas antes e aqui mesmo na Aldeia a tão cobiçada Evoque dos meus sonhos. Eu logico duvidei, fiz o rapaz jurar que era verdade, informando a cor e o local onde tinha visto. Só não fui ao encalço do meu santo graal porque não sou louca e não quis perder aquele sol lindo. Restou eu acalmar meu coraçãozinho e esperar, pois se realmente existia uma dessas aqui, eu não tardaria a vê-la.
Dito e feito, ontem na hora do almoço a caminho de casa, eu estava numa esquina onde o PARE era meu, meio que já calculado pelo destino, fiquei esperando os carros passarem e adivinha qual o carro que passou vagarosamente se exibindo pra mim? Ele o mais lindo, o mais luxuoso dos SUVs o Range Rover Evoque branco, meu sonho quase realizado (já que no sonho completo ele seria meu e de outra cor) chorei de emoção e tristeza, de emoção só em vê-lo mesmo, imponente, poderoso e de tristeza, pois eu não serei mais a primeira a ter uma Evoque na Aldeia. Em casa ainda muito emocionada mal almocei fui contar à minha mãe o ocorrido. Ela, muito irônica perguntou como eu me sentia já que a minha Land não seria mais a primeira da Aldeia. Expliquei que a minha será vermelha com o teto branco e não inteira branca como a outra. Ela riu do meu bom humor diante dessas situações catastróficas e voltei ao trabalho, lá umas quatro horas se passaram e fui com uma amiga a “C” comprar salgado na padaria do outro lado da rua, retomei o assunto da Evoque e ao atravessar a rua, juro por Alá que uma Range Rover Branca quase me atropelou estacionando num 45 na minha frente. Se eu não tivesse alguém de prova, ninguém acreditaria, eu que nunca tinha visto nenhuma, vi logo duas e no mesmo dia. Segurei o braço da “C” e falei (rindo dessa vez) pelamordomeudeusduceu é ela “C”, é a land que eu vi no almoço. Olhando de frente eu jurava que era a mesma, mas ao vê-la inteira percebi que não, esse era outro modelo da Land, uma Freelander 2, acho que é uma antecessora mas não sei dar detalhes. “C” a amiga, riu comigo do susto e da situação comentamos que engraçado seria se fosse a mesma e o assunto adormeceu.

Voltando a teoria interessante criada durante delírios em sala de aula. Se o mais robusto, exótico e apaixonável dos carros apareceu em dobro pra mim ontem, não seria isso um sinal pra eu perceber que... (entra a trilha sonora com PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES ou MAIS DO MESMO) o individuo dos últimos posts não é a ultima bolacha do pacote? A Aldeia é sim escassa de opções, cidade de gente chata, hipócrita, que vive de aparência. Mas se eu, nessa cidade minúscula consegui ver 2 Land Rovers raríssimos no mesmo dia, não é possível que entre os 60 mil habitantes daqui não há um homem (livre dessa vez) que faça o que o outro fez com a minha cabeça. Que no meio desse monte de carros eu encontrei Evoque, Freelander, Troller vermelho, Sorento e até um Camaro que não tem a ver com a história, mas também já vi por aqui, eu vou encontrar um outro cara engraçado, inteligente e menos vadio que me dê a paz que o outro dava, e que esse talvez seja o meu Range Rover Evoque.

Só por hoje.

ps1: Acho que Land Rover é a marca e Range Rover são os modelos, não tenho certeza.
ps2: Achei meu pen drive dentro do cesto de roupa suja, nunca lavei roupa com tanto gosto na vida. Que dia lindo, a/...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mó vacilo, minha vontade era fugir...


Embora tenha excluído ele de todas as redes sociais, existem fatores que me façam vê-lo mais do que gostaria, já os considero engraçados por falta de alternativas. Ex:
Meu professor com quem tenho muito contato é um grande amigo dele, eles trabalham no mesmo corredor, assim sendo, é muito provável que ele saiba sobre a gente. Inevitável olhar pro prof. na sala e não pensar se ele sabe, o quê ele sabe e até onde ele sabe. Enfim não dá pra evitar meu professor porque... pasmem, eu trabalho com ele, isso mesmo, eu trabalho na mesma empresa que os dois, são setores diferentes, ufa, mas já foram bem próximos, loooogo, são incontáveis trombadas pelos corredores, relógios de ponto e estacionamento. 
Pra piorar, no ultimo sábado perdi meu pen drive em algum lugar entre o serviço e a casa da minha mãe, a lei de Murphy (aquela linda) com certeza vai me sacanear e alguém que não deveria vai ver as coisas que tem nele. Um misto de fotos do meu carnaval na praia, uns clipes calientes da Lana Del Rey, a música “peacock” da Katy Perry que eu achei muito comédia e baixei pra mostrar pra umas amigas, vários episódios do Weeds que eu estava passando pra uma galera da faculdade e pequenos textos que sobraram de postagens do blog, alguns quase finalizados, alguns sem edição ainda (muuuito comprometedores). Meu medo é pensar que alguém vai saber o que fiz no inverno, primavera eeee verão passados, e que pra ajudar, o cara trabalha comigo. Mesmo sem nomes, pelas fotos e características expostas nos textos, não precisará de muito pra saber de quem se trata. Já me conformei com a ideia de alguém ver e, esse alguém consequentemente investigar minha vida, formular opiniões a meu respeito.. A mim restou estudar uma desculpa ou mentira mais cabível e ainda definir quem menos deveria ver isso, os colegas de trabalho ou a minha descontrolada serena e compreensiva mãe. Não posso fingir inocência, pois eu sabia bem onde estava entrando e os riscos que eu corria, mas meu coração tem vida própria e é estúpido, não fiz por maldade, não fiz pra provar nada, fiz porque tava afim havia um tempo, não me arrependi e só pulei fora porque vi que esse tipo de relação não é pra mim. Vou ficar na minha torcendo pra que caso alguém encontre meu pen drive, essa pessoa seja sensata e simplesmente apague tudo o mais rápido possível ou então, se me conhecer, quem sabe, devolva rs. Oremos...

Só por hoje...