A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Apologias à parte...

Umas semanas atrás acabei de ver a sétima temporada do Weeds, gostei demais desse seriado, acredito que foi um tapa na cara dos mais caretas, a proposta a meu ver foi inovadora. Um tema batido, mas nunca tratado com tantos detalhes. A showtime, canal responsável pela serie é famosa inclusive por causar polemicas na maioria delas, ex: Dexter, The L world, The Tudors.
Weeds retrata a vida de Nancy, uma mulher de classe média alta que começa a vender maconha na vizinhança pra manter o estilo de vida após a morte do marido. O empreendimento como era de se esperar, cresce de maneira meteórica e com ele os problemas com a fama de traficante e a grande concorrência. Os ditos “problemas” são para nossa alegria hilários, e as pessoas a quem ela recorre para solucioná-los conseguem ser ainda piores, sempre chapados só fazem torná-los mais complicados a cada episódio.
A primeira temporada com humor negro sutil, mostrou que para manter a aparência de felizes e saudáveis, as pessoas apontam os vícios alheios, condenam o uso de maconha, mas são omissos aos próprios dramas. Tem gente que se entope de psicotrópicos (que também é droga) pra se manter numa vida infeliz, tem gente que não aceita a obesidade da filha e obriga a criança a tomar remédios pra emagrecer, tem quem esconde traição, corrupção, homossexualismo, alcoolismo enfim, tudo como em qualquer bairro ou cidade do mundo.
Como se não bastasse cuidar do próprio trabalho que já é uma grande missão, Nancy também cumpre (não muito bem) o papel de mãe e dona de casa. Os dois filhos e um cunhado muito arteiro descobrem como ela sustenta a casa e na intenção de ajudar acabam aumentando as preocupações dela que pra continuar no trafico, faz alianças não muito inteligentes. Um consultor, um advogado, uma família de fornecedores da droga e uma amiga que de tanto que atrapalha acaba sendo inimiga, são os personagens coadjuvantes.
Nas temporadas seguintes a série perde um pouco o teor crítico e passa a focar na comedia pastelão mesmo, mostrando de tudo um pouco, desde o cultivo da droga até o alto patrocínio, passa por extorsão e suborno de policiais, lavagem de dinheiro, imigração, disputa por território, perseguição, morte, internação e cadeia.
Difícil imaginar que com todo esse enredo estamos falando de comédia né? Pois é, com inteligência e criatividade Jenji Kohan, a criadora da série conseguiu reunir esses quesitos, e eles renderam alguns prêmios ao elenco.
A música “Little boxes” tema de abertura foi escolhida a dedo, tem tudo a ver com a historia e é muito bem interpretada por vários artistas ao longo da série. No Brasil a música também ficou pop, tocava no Pânico na TV era tema de um quadro deles que zuava a Fazenda.
Pra durar sete temporadas (a oitava estreia no meio do ano) a série tem que cativar o telespectador e essa é a receita, tudo vai virando uma bola de neve de onde Nancy não pode/consegue escapar, sua vida sexual suuuuuper ativa, muita maconha e a trilha sonora impecável complementam as histórias dessa que é uma das mais engraçadas e rentáveis séries da atualidade. Mal posso esperar a próxima temporada.

Só por hoje...


3 comentários:

Índia disse...

Aldeia, tu já me convenceu a ver esta série que como você mesma falou é estranho imaginar comédia numa história dessas. Agora que terminei de ver a 6ª do lindo do Dexter vou começar a ver Weeds, salvo engano tenho 3 ou 4 temporadas que um amigo aficcionado por série deixou no meu PC. Pretendo começar essa semana.

Ah, tu viu Walking dead? Tô a fim de ver a segunda temporada e também a de Game of Thrones!

Aldeia disse...

Já vi as duas, O Walking Dead to até fazendo um texto pra falar que foi um dos, senão o melhor piloto que já vi na vida, mt bem produzido, me ganhou ali kkkkkkk.
O Game Of thrones eu acabei o ultimo episódio da primeira domingo passado, pelamordedeus, qse me deu um infarte... eu achando q a loira lá Kaleeshi acho q eh o nome, eu achando que ela era uma tonta... num vou dar spoilers mas, o segredo tá nela kkkkkkkkkkk boa sorte, recomendo todas... =D
Ps: vi hj o coment..

Aldeia disse...

Humm pensei aqui, vc tá Alone in the dark tb né? Então é Spartacus que vc tem que ver, já viu? Eu deliro vendo só homem gato, mt musculo, mt testosterona, coisa boa kkkkk, e o protagonista é um plebeu com ar príncipe sabe, dá vontade de chorar só de ver como ele trata aquela mulher. To apaixonada por ele, a série é tão "interessante" que eu e umas amigas fizemos até um Happy Hour pra ver uns episódios lá. Elas que não tem a disposição que eu tenho pra séries, amaram. =)