A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

terça-feira, 24 de abril de 2012

Praticamente um espelho...



Centauros são figuras míticas, metade cavalo e metade humanas, que estão sempre atirando suas flechas em algum alvo distante no horizonte e galopando atrás. Às vezes eles encontram a flecha e às vezes, eles ficam completamente distraídos pela paisagem interessante do caminho.
Você mira as flechas de sua visão intuitiva em direção a algum alvo futuro e distante e gasta a maioria do tempo correndo atrás de uma flecha ou de outra. A grande questão é se você almejou ou não as coisas verdadeiras. A próxima questão é se você conseguiu encontrar alguma flecha. O que realmente lhe interessa é o entusiasmo da visão e a fascinação da viagem. No final, o objetivo torna-se insignificante.
Para você, a vida é uma aventura e uma busca. O verdadeiro sentido da vida é tornar a jornada tão interessante, variada e informativa quanto possível. A chegada não é o principal. Você pode ser digna e majestosa, quando esse papel é necessário. Mas como é uma atriz consumada, você pode assumir qualquer papel para chegar ao próximo estágio da jornada.
As idéias são sua motivação, além da possibilidade de algo novo e interessante a cada esquina: o tesouro a ser descoberto, o objetivo impossível de alcançar, o mistério inexplorado, o amor que escapou. Você tem medo de perder alguma coisa se ficar estacionada no presente.
Sagitarianas extrovertidas podem sempre ser encontradas quando uma nova boate é aberta, um novo filme é lançado e um curso ou grupo interessante é criado. Sagitarianas introvertidas podem sempre ser encontradas abraçando alguma nova filosofia, uma nova visão política e um novo projeto criativo. É como se, de alguma forma, você sentisse essas coisas mesmo antes de qualquer um falar sobre elas. E você tem a capacidade incrível de fazer os contatos certos no momento certo. Isso não é sorte, embora os outros possam pensar assim; é seu olho preciso para as oportunidades repentinas, seu "faro" intuitivo que é capaz de identificar um potencial ou uma possibilidade a trinta quilômetros de distância.
O tédio é seu grande inimigo e você realmente fica entediada facilmente. Bastará fazer alguma coisa duas vezes, da mesma maneira, que um tipo inquieto de centauro partirá atrás da próxima flecha. Afinal de contas, ele já foi atrás daquela. Porque ir outra vez? Não se preocupe com aquele bando de capricornianos e virginianos falando sobre as vantagens do esforço disciplinado. Para você, o que vale a pena colocar no cofre é o entusiasmo da corrida e não o prêmio. E se você obtiver um prêmio valioso irá, de qualquer maneira e sem dúvida, gastá-lo em cinco minutos.
Limites deixam você louca. Ultimatos são uma garantia de provocação à resistência armada. Sua mente inquieta está sempre buscando horizontes inexplorados. Frustrações podem gerar um temperamento bastante explosivo, mas quando o ar fica limpo outra vez, você não reclama mais. No entanto, às vezes, você não entende como os outros se sentem magoados com aqueles comentários horrorosamente rudes e honestos. Mesmo com toda sua generosidade e conhecimento, você poderá ser incrivelmente insensível e ingênua e se alguém a elogiar da forma certa, você poderá ficar convencida. Isso não a torna uma boa candidata para aquele tipo de relacionamento estável e envolvente que algumas pessoas buscam.
Seu coração é verdadeiro, mas você precisa de um parceiro que lhe dê uma amizade genuína e muito espaço para respirar. Se ganhar esse tipo de liberdade, você provavelmente não irá abusar dela. Você tem também capacidade de aguentar grandes cenas dramáticas em um relacionamento - de contas, muitas delas são geradas por você mesma - não suporta dramas e choro. O mundo da segurança doméstica imutável tampouco é sua idéia de diversão.
Então qual é essa questão tão grande que estimula seu espírito? É uma vontade de entender a vida, de compreender onde estamos todos indo e o porquê. Você procura o grande significado por trás das coisas, correndo atrás das pistas de um grande quebra-cabeças que nunca será solucionado porque as peças estão sempre se multiplicando. Essa é uma tarefa enorme que dura por toda uma vida. Felizmente você tem um forte senso irônico e uma visão um tanto quanto aguda. Toda sagitariana possui a capacidade maravilhosa de unir o ridículo ao sublime.

Esse texto eu mesma achei. Todos os anos da minha vida descritos em 20 linhas, to boba.
A fonte aqui.

Não sei se acredito realmente em horóscopo, apesar de toda a semelhança descrita. Descobri meu signo assistindo Cavaleiros do Zodíaco quando tinha uns 7 anos de idade e nunca segui nada religiosamente, nem procuro informações sobre isso ou "a sorte do dia", sei que o ser humano tem de acreditar em algo, tem de ter fé em alguma coisa, qualquer uma. Então não condeno. Ter esperança de que vai melhorar, de que o futuro será glorioso é um direito de todos, amém. Esperança eu tenho independente de signo, tarô ou qualquer meio de prever a vida. Eu que não sou boba, vou aceitar e usar o perfil do meu signo como escudo, sou assim, sou Sagitariana. E com orgulho, afinal vai que... =)

Sagitário...


Sagitário:


Uma mulher muito da danada, da independente, da aventureira.


Vai na balada sozinha, ama atividade física, não gosta de se amarrar em compromissos amorosos, só se estiver muito, mas muito apaixonada.


Adora lutar pelas causas, pelos animais, adora discursos filosóficos e são meio místicas \religiosas.


Trabalha, mora sozinha e desde cedo, mora longe da família.


A louca baladeira de HUNG UP, que vai sozinha em uma danceteria e dança horrores, lembra muito nossa sagitariana;




*Uma amiga muito ligada em horóscopo encontrou isso no blog do Evandro do Pânico e me mandou. Ele relaciona cada signo com uma música da Madonna, a minha foi Hung Up, não sou fã da Madonna mas conheço as músicas mais famosas. Achei muito legal o perfil da Sagitariana, achei que combinou também. 


Tá aqui a fonte: http://contigo.abril.com.br/blog/espia-so/

quarta-feira, 18 de abril de 2012

E viva a Internet... \a/


Percebi que estou apaixonada pelo Youtube, perco horas e horas vasculhando músicas, clipes, filmes e toda a variedade que vocês sabem, o youtube nos proporciona.
Esses dias enquanto curtia um som que descobri na net, pensei em como devia ser difícil antigamente o acesso às musicas uns 20, 30 anos atrás, por exemplo, o povo do rock n’ roll sofria pra ser fã de alguma banda, demandava tempo e dinheiro pra conhecer as letras, ter a discografia completa, ir aos shows. Numa época em que não existia cartão de crédito pra dividir cd, DVD e ingresso de show em 10x, a alternativa mais viável era combinar com os amigos, um comprava um disco, outro comprava outro e assim por diante e a noite e/ou fins de semana reuniam-se todos com seus respectivos discos novos pra apreciá-los bebendo cerveja. Cifra de musica era ouro, instrumentos, amplificadores quem tinha era o dono da bola e tinha que dividir, não vivi essa época rs tenho vinte e poucos anos, mas convivi com pessoas da cena underground por um tempo e não lhes faltavam historias. Sei que era difícil ser artista, só a nata tinha acesso à aulas de música e quem tinha realmente muita vontade de ser músico, batalhava horrores pra investir na carreira e o retorno era mínimo. Imaginei quantos talentos foram perdidos, os que nasciam com o dom e não podiam aperfeiçoá-lo por falta de grana ou tempo, sei lá.
Graças às facilidades do mundo moderno, hoje as pessoas podem treinar uma voz promissora ou comprar um instrumento pra aprender tocar de ouvido ou pagar aulas. Eu mesma tenho um violão que só me serviu de assessório em várias fotos exibidas inclusive no finado Orkut, teve foto em churrasco, foto em praça, em lual na praia, ele só não fez musica, não na minha mão rs.
Indo mais longe, quem eram os inventores, os pensadores, artistas da antiguidade? Queria ver Santos Dumont inventar avião tendo que trabalhar o dia todo na roça, Tarsila do Amaral pintar Abaporu, Urutu etc. se cuidasse de sete filhos, da roupa e da comida do marido que eventualmente era o destino das moças pobres na época. Longe de mim desmerecê-los, muito pelo contrario, admiro infinitamente o trabalho dos brasileiros que alcançaram reconhecimento mundial com sua arte, mas penso que o destino seria outro se não fossem agraciados pela fortuna de seus pais, estudando no velho continente.
Se for ver, o download não é assim tão livre, mas é relativamente fácil e perto do acesso de anos atrás nem se compara. Pelo 4shared (aquele lindo) dá pra baixar de tudo, faz minha alegria no serviço, tem o Youtube que mesmo sem baixar (eu baixo cof, cof) se você tiver uma banda larga pra carregar com velocidade razoável que não te faça arrancar cabelos, dá pra se divertir horas, vejo por ele programas óteeemos que não veria se dependesse da TV, o Adorável Psicose, o Furo MTV, Tapas e Beijos (adoro comédias, adoro a Fernanda Torres) e ficaria eternamente citando.
Entre os vídeos zuados e super acessados disponíveis no Youtube, é preciso garimpar e o  campo “vídeos relacionados” facilita um bocado, encontrei cantores incríveis, músicas que arrepiam, escuto algumas de determinado cantor, se eu gostar, baixo e parto pro tráfico, passo primeiro pra duas amigas do trabalho pelo Skype mesmo, elas servem de “termômetro” pra eu ter certeza de que é bom, ai eu posto no facebook, coloco de toc do celular (adoro inovar) enfim minha parte eu faço, não pago pela musica, mas DIVULGO e gosto de acreditar que isso aumenta as chances desses cantores tão bons e as vezes desconhecidos, alcançarem a fama  e lotarem shows que, ao meu ver, é de onde saem os lucros, porque lucro de cd e dvd fica com a gravadora invariavelmente. To numa onda blues-reggae-mpb e frequentemente vou a shows, famosos ou desconhecidos, pra mim não tem tempo ruim. Como não tenho talento algum, só aprecio e sem moderação.

Só por hoje...

Abaixo, uma das pérolas encontradas: Bruna Caram - Um blues. 
(O clipe é um show à parte).


Ouvi também Roberta Campos e Bárbara Eugênia. Talvez esses artistas já sejam famosos, eu conheci faz pouco tempo.  Não sei de onde são, não sei a quanto tempo cantam, não sei nada sobre eles, nem preciso,  gostei das músicas e  recomendo. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

WTF?? Ai, ai, aiaiaiai, assim você mata o papai...

Ando me perguntando o que fiz aos céus pra merecer os últimos acontecimentos, algumas respostas já me foram dadas e após meses horas refletindo sobre, acabei concordando que o preço pago está sendo justo, algumas coisas eu procurei e fiz por onde, mesmo sabendo que haveria (sempre há) consequências, também não pensei que fossem me afetar tanto mas tudo bem, bola pra frente, eu to vivendo.
Dias atrás, depois de oito meses no setor em que trabalho atualmente, resolveram que ligariam o rádio pra dar uma “animada” na galera. Até ai tudo bem, acredito que musica faz bem e não sei se é só comigo, mas certas musicas tem a capacidade de mudar meu ânimo e meu humor pra melhor e pra PIOR, esse ultimo é o motivo do meu descontentamento.
Trabalhamos em sei lá, 10 pessoas numa sala grande e só um computador tem caixinhas de som, acho justo, caso contrario imaginem a quermesse que seria cada um com sua caixinha.
Não sei se eu sou muito radical musicalmente, até sou sim, mas já aprendi a ouvir/aceitar sertanejo muita musica que eu não gostava, só que essas não ta dando.
A rádio escolhida toca um misto de flash back (bem back mesmo) com pagode-funk-sertanejo-axé universitário. Fico pensando, como pode né ter tanta musica lixo nesse mundo? Tem gosto pra tudo?? Concordo, mas eu não sou obrigada, até porque minha mente é fluente e meu estomago é fraco. Asco é a palavra que me vem à cabeça quando ouço “é no pelo do macaco que o bicho vai pegar”, não prestei atenção nela toda, recuso me a apreciar “poesia” que não me convém, minha opinião foi construída baseada nesse único... Seria refrão, verso? Não sei. Frase tá de bom tamanho. Não consigo nem quero mencionar outras musicas, mas garanto que pode piorar!
Assim, invejei o Otto dos Simpsons, sempre com fones de ouvido e musica no talo como tem que ser. Agradeci, from the bottom of my broken heart ao inventor desse acessório tão político e democrático que, de hoje em diante me salvará do mau da musica ruim que assola meus dias. Com fones fico meio alienada, mas meu espirito está em paz. E que Apolo* tenha piedade do resto, amém. 

Só por hoje...
Apolo: Deus da música.
Sorry pelo título,  essa musica é pior que droga gruda na mente. =(

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Apologias à parte...

Umas semanas atrás acabei de ver a sétima temporada do Weeds, gostei demais desse seriado, acredito que foi um tapa na cara dos mais caretas, a proposta a meu ver foi inovadora. Um tema batido, mas nunca tratado com tantos detalhes. A showtime, canal responsável pela serie é famosa inclusive por causar polemicas na maioria delas, ex: Dexter, The L world, The Tudors.
Weeds retrata a vida de Nancy, uma mulher de classe média alta que começa a vender maconha na vizinhança pra manter o estilo de vida após a morte do marido. O empreendimento como era de se esperar, cresce de maneira meteórica e com ele os problemas com a fama de traficante e a grande concorrência. Os ditos “problemas” são para nossa alegria hilários, e as pessoas a quem ela recorre para solucioná-los conseguem ser ainda piores, sempre chapados só fazem torná-los mais complicados a cada episódio.
A primeira temporada com humor negro sutil, mostrou que para manter a aparência de felizes e saudáveis, as pessoas apontam os vícios alheios, condenam o uso de maconha, mas são omissos aos próprios dramas. Tem gente que se entope de psicotrópicos (que também é droga) pra se manter numa vida infeliz, tem gente que não aceita a obesidade da filha e obriga a criança a tomar remédios pra emagrecer, tem quem esconde traição, corrupção, homossexualismo, alcoolismo enfim, tudo como em qualquer bairro ou cidade do mundo.
Como se não bastasse cuidar do próprio trabalho que já é uma grande missão, Nancy também cumpre (não muito bem) o papel de mãe e dona de casa. Os dois filhos e um cunhado muito arteiro descobrem como ela sustenta a casa e na intenção de ajudar acabam aumentando as preocupações dela que pra continuar no trafico, faz alianças não muito inteligentes. Um consultor, um advogado, uma família de fornecedores da droga e uma amiga que de tanto que atrapalha acaba sendo inimiga, são os personagens coadjuvantes.
Nas temporadas seguintes a série perde um pouco o teor crítico e passa a focar na comedia pastelão mesmo, mostrando de tudo um pouco, desde o cultivo da droga até o alto patrocínio, passa por extorsão e suborno de policiais, lavagem de dinheiro, imigração, disputa por território, perseguição, morte, internação e cadeia.
Difícil imaginar que com todo esse enredo estamos falando de comédia né? Pois é, com inteligência e criatividade Jenji Kohan, a criadora da série conseguiu reunir esses quesitos, e eles renderam alguns prêmios ao elenco.
A música “Little boxes” tema de abertura foi escolhida a dedo, tem tudo a ver com a historia e é muito bem interpretada por vários artistas ao longo da série. No Brasil a música também ficou pop, tocava no Pânico na TV era tema de um quadro deles que zuava a Fazenda.
Pra durar sete temporadas (a oitava estreia no meio do ano) a série tem que cativar o telespectador e essa é a receita, tudo vai virando uma bola de neve de onde Nancy não pode/consegue escapar, sua vida sexual suuuuuper ativa, muita maconha e a trilha sonora impecável complementam as histórias dessa que é uma das mais engraçadas e rentáveis séries da atualidade. Mal posso esperar a próxima temporada.

Só por hoje...


terça-feira, 3 de abril de 2012

Oops... My mistake

Tenho uma péssima memória e quem me conhece sabe bem isso, na verdade, acredito que sofro de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), ou que minha memória é seletiva (bem seletiva). Fato esse que já me causou danos e micos em certas ocasiões. Esse perfil meio desligado rendeu um apelido na época da escola, de tão forte e conciso ele me segue até hoje quase como um sobrenome. 
Entre os micos que já paguei devido a “boa” memória tem uns mais memoráveis como uma vez que comprei um pen drive pela internet e o longo prazo de entrega me fez esquecer a compra e receber o produto com certa surpresa.
Minha irmã menor logo que identificou meu leve problema de memória ou de falta dela, começou a se aproveitar disso. Foram vários danones que eu esquecia na geladeira, ela tomava e eu só dava falta dias depois. Brincos, maquiagem e dinheiro emprestados que nunca foram devolvidos ou pagos. Talvez por nos acostumarmos a ver as crianças como seres frágeis que necessitam de cuidados, deixamos de perceber o quão lisas astutas elas são.
Uns dias atrás, passando em frente uma loja, arrumei um tempinho pra comprar roupas de cama, após 40 minutos perdida entre marcas e cores de lençóis encarei a longa fila do caixa, tinha umas 8 pessoas na minha frente, mas fiquei firme pois minha cama merecia aqueles lençóis. Na fila fui me organizando com as peças, peguei o cartão de créditos, cartão que na verdade é da minha mãe, mas está comigo forever já que eu o subtraí sem pretensões de entrega.
Chegou enfim, minha vez no caixa, passei os produtos e entreguei o cartão pra atendente. Ela me pediu o RG, eu entreguei. Perguntou se eu era a titular. Respondi que não, que minha mãe era. Ela foi me devolvendo o cartão e o RG e alertando que só poderia finalizar a compra para a titular do cartão.
Inicialmente fiquei decepcionada, raramente tenho tempo e paciência pra esse tipo de compra, já havia perdido muito tempo na loja decidindo entre lençol pêssego ou vinho e que minha mãe poderia não encontrá-los na próxima semana. Foi quando lembrei, a última vez que me disponibilizei a comprar nessa mesma loja (e nem fazia muito tempo) o resultado foi igualmente frustrante, não consegui levar os produtos pelo mesmo motivo, o cartão não era meu. Não tive outra saída senão fingir que ignorava a informação, deixei tudo sobre o balcão, fui embora refletindo e o assunto adormeceu.
Já fiz muita coisa louca, paguei muito mico, dei muita risada por esquecer das coisas, mas ontem foi o pior de todos. Combinamos na faculdade de fazer um amigo invisível de chocolate pra páscoa não passar em branco e também porque a sala faz de tudo pra matar uma aula. Definimos os tipos de presentes, a faixa de preço, os comes e bebes, e por ultimo sorteamos os nomes. Eu saí com meu melhor amigo na sala, ou seja, tudo perfeito pra eu zuar arrasar no presente. Era só comparecer com o chocolate no dia 02/04 e foi "só" isso que eu não fiz.
Já esqueci data de prova, entrega de trabalho, palestras, apostilas, esqueci várias coisas ao longo do curso, mas festa acho que foi a primeira vez, talvez por ter sido a primeira festa numa segunda-feira e eu não ter visto ninguém que me lembrasse dela no domingo. Comentaram que uma das meninas postou no nosso mural da classe no facebook, mas postou 10 minutos antes do início da aula, era tarde demais, eu já estava a caminho da escola.
Cheguei na sala uns minutos atrasada as always, sentei, arrumei a bolsa, a apostila e olhei pros lados pra perguntar a página, vi refrigerantes, copos de plástico, pratinhos, colheres e uma torta na mesa do fundo. Passei os olhos pela sala, vários embrulhos de presentes, minha vontade foi de ir embora, isso por que eu decidi ir à aula na última hora. Quinta ou sexta (não sei) é feriado e a faculdade tem um ritmo diferente em semanas assim, juro que pensei em ficar em casa vendo o novo episódio do Fringe entre outras séries, mas não. Fui à aula, afinal já tinha faltado na segunda-feira anterior e é de segunda que eu tenho aulas com aquele professor que me olha com cara de "eu sei o que você fez no verão passado".
Enquanto pensava se ia embora ou ficava na sala lembrei de um lema que me ajuda a tomar uma atitude em casos assim e eles tem sido recorrentes esses dias. O lema profundo e extremamente eficiente “Tá no inferno, abraça o capeta” e foi justamente isso que eu fiz, esperei começar o amigo invisível, esperei me chamarem, recebi meu chocolate e usei de toda minha sinceridade, sem rodeios falei que tinha esquecido mesmo, pedi desculpas à classe e prometi o presente do “R” meu amigo, pra hoje. Liguei pra minha mãe ontem mesmo, contei tudo e pedi que providenciasse algo memorável pra eu presenteá-lo, ela esta cuidando do presente e se tudo der certo, hoje me redimo dessa mancada.

Só por hoje...