A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana

quinta-feira, 7 de abril de 2011

E ta só piorando!!!

A educação no Brasil sempre foi tratada de acordo com a necessidade, inicialmente os jesuítas chegavam ao Brasil com o intuito de evangelizar, firmar o idioma e essa foi a única forma de educação por muitos anos, pessoas que tinham dinheiro se quisessem que seus filhos estudassem teriam que mandá-los para o exterior. Na época da revolução industrial o país sentiu necessidade de formar mão de obra especializada para lidar com os aparelhos das indústrias, assim foram criadas escolas técnicas (como SENAI, SENAC) para preparar esses funcionários. No período militar o governo vendo (lê-se sendo cobrado) que o numero de vagas para universidade era insuficiente, elaborou um critério de seleção que limitou o ingresso dos alunos à universidade federal (o vestibular) e incentivou a iniciativa privada o que fez surgir e se firmar varias faculdades particulares.
Hoje em dia o Brasil é um país emergente e a ação educacional do governo para alavancar de vez esse processo (pelo menos no papel) é erradicar o analfabetismo e incluir o máximo de pessoas no ensino superior, fato esse que o EAD contribuiu e muito, passamos por descentralização (municipalização do ensino) e centralização (todas as escolas devem seguir os parâmetros curriculares nacionais PCN, uma forma de regulamentar o que deve ser ensinado).
Os índices de inclusão e frequência nas escolas vêm aumentando desde então, graças à progressão continuada, mas visando somente esses números, o ensino atualmente é considerado crítico, escolas destruídas, sem professores, falta de segurança e ensino pífio. Os papéis se invertem, as vagas em universidades públicas que são mantidas com recursos federais e teoricamente seriam para quem não pode pagar, são disputadas por alunos que estudaram em escola particular e, as faculdades particulares são sustentadas em sua maioria por pessoas que trabalham para pagar os estudos, pois não tiveram ensino de qualidade nas escolas públicas ou sequer o mínimo exigido nos vestibulares.
Acho que o principal passo agora é equiparar os ensinos públicos e particulares, já que o acesso as escolas é comum a tantas pessoas, o certo seria elevar a qualidade desse ensino, lógico levando em consideração, melhores condições de trabalho aos professores, mais incentivos aos alunos e segurança a todos. 

Segurança, minha gente. O resto a gente corre atrás.

Um comentário:

Índia disse...

Uma crítica pertinente, apesar de o acesso a escola ficou mais fácil, a qualidade do ensino tem se mostrado péssima. Há alunos que saem do ensino médio sem saber resolver uma expressão numérica e interpretar um texto. O resultado de um aprendizado ruim, são cidadãos alienados e despreparados para a vida.

Uma dica, se puder deixar o texto com uma cor mais forte, facilita a leitura, esse cinza força um pouco a vista.

Um beijo.