Eu amo minha cidade, amo mesmo, mas acho triste permitirem que um jornalzinho ponta de vila seja um representante oficial das notícias da Aldeia, o “ponta de vila” perdoem-me a comparação, não é a localização do dito cujo, refiro-me às notícias que são veiculadas por ele.
Às vezes parece que os textos são feitos por crianças de dez anos, pois a minha irmã de treze consegue ser mais clara e concisa em suas redações escolares, ou quem sabe são feitos por uma daquelas pessoas que todos conhecemos cuja única atividade em sua amarga vida é ficar sentada, na porta de sua humilde residência criando/disseminando estórias da vida alheia.
Desconfio que a pessoal que escreve, não tenha feito sequer um cursinho de português, vejam uma das pérolas e façam suas apostas:
“No interior do local a dupla de veterinários encontraram grande quantidade de galinhas e um galo, (esses não foi possível capturá-los), galinhas correm muito, voam, fazem muito barulho, é pena para todo lado”.
A notícia falava que a vigilância sanitária encontrou porcos e galinhas num centro comunitário abandonado de um conjunto habitacional aqui na cidade. Creio que o dono dos animais deve tê-los comprado por aqueles dias e estava só aguardando o Natal pra passar os bichinhos na faca, pois o fato ocorreu no final do ano passado.
O problema não é o fato em si, eu também concordo que esses animais não deviam estar lá, mas a “matéria” completa é agressiva, preconceituosa e finaliza ofendendo os moradores com o ditado “quem se mistura aos porcos, farelo come”. Merecia um processo só por ter generalizado chamando os 300 moradores de porcos, fora que manifestou opinião própria sobre o assunto. Como assim??? Se eu quiser saber a opinião de alguém não vou ler jornal e sim blog, Orkut, twitter e derivados.
Um amigo meu tentou emprego nesse jornal um tempo atrás (se é que podemos chamar de jornal), mas desistiu do cargo ainda na entrevista, pois ao conhecer a política da “empresa” rs, a redação, os redatores, e os donos, percebeu que as tais notícias não merecem os papéis onde são impressas.
Esse é só mais um jornal que aproveita da humildade e falta de informação da população para falar e fazer o que bem entende com suas matérias, falando mal, usando termos que dão margem a interpretações propositalmente, não é nada imparcial, tem como única finalidade ofender, apoiando se na liberdade de imprensa.
Acho feio uma cidade ter somente dois jornais e ambos serem tão depreciativos, poderiamos ter um só, mas que fosse sério, bem feito e, se possível condizente com as funções de um jornal. Tenho a seguinte opinião, se não sabe transmitir a notícia, pague alguém que saiba ou, simplesmente não o faça. E os leitores desses jornais ridículos (aproveitando a páscoa, fica a dica) merecem um livro de presente. Vamos ler gibi, bula de remédio, manual de instruções, mas não gastem dinheiro e tempo com esse povo, pra se interar das noticias, se for algo que valha a pena, existem na internet ou mesmo nas bancas de jornais, veículos mais confiáveis, que não precisam ofender nem explorar ninguém pra vender. Assim, quem sabe eles se disponibilizarão a fazer matérias da maneira como devem ser feitas e tratar o povo dessa terra com mais respeito.
É sempre complicado nomear alguma coisa, um animal de estimação, uma criança e também um blog, mas após horas de mente livre sem desconsiderar qualquer absurdo, surgiu este que se apresenta, devido ao amor e ódio que sinto por essa minha cidade, nada mais digno que fazer uma sarcástica homenagem. Falar um pouco da vida no dia e na noite, dos poucos porém conhecidos "points", e de todo tipo de diversão que uma pessoa daqui consegue encontrar... Um blog dedicado aos amigos e amigas que tanto amo.
A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita. Mário Quintana
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Nos lugares mais pequenos, como é o caso de Porto Velho, apesar dos 400 mil habitantes, as gafes tanto quanto à gramática quanto à (falta de)qualidade no que se escreve são mais fáceis de se detectar. Quanto menor o lugar, pior é, infelizmente é assim. E às vezes não é por falta de gente competente, isso é fato, como no caso do seu amigo, muitos jornais têm práticas viciadas e são submissos a algum tipo de poder político/empresarial.
Quanto ao colunista/jornalista sei lá quem escreveu a matéria, precisa URGENTEMENTE estudar Concordância nominal, verbal, verbo-nominal... Não que eu seja perfeita em minhas concordâncias, mas PELO AMOR DE DEUS, o sujeito matou as aulas de Concordância e está humilhando a língua portuguesa. Seria perdoável uma pessoa sem estudos e tal, mas é inadmissível para uma pessoa que escreve para um jornal!
Exatamente, eu por exemplo não me atreveria a escrever para um jornal sem um vasto conhecimento das regras da lingua portuguesa, escrevo em trabalhos de escola e quando tenho um "tempim" aqui no blog, nada que me cobre perfeição linguistica, e se eu precisasse arrasar no portuga com certeza estudaria para isso, sinto vergonha pelos que trabalham com a escrita e não tem essa ambição.
Postar um comentário